04 out, 2015 - 20:53
Todos os resultados eleitorais têm uma leitura política e as legislativas deste domingo não fugirão à regra, afirma o socialista Eurico Brilhante Dias, um dos braços direitos do antigo líder do PS António José Seguro.
“Todos os resultados eleitorais têm leitura política. As primárias tiveram uma leitura política, antes das primárias as europeias, as autárquicas. Esta não fugirá, naturalmente, à regra”, disse Eurico Brilhante Dias aos jornalistas na sede de campanha do PS.
As projecções das televisões apontam para uma vitória da coligação PSD/CDS, mas sem maioria absoluta. O PS fica em segundo lugar, a vários pontos de distância.
Eurico Brilhante Dias não avança explicações para esta possível derrota socialista e remete o diagnóstico para mais tarde.
“O porquê é uma análise que vamos ver depois dos votos contados e é uma análise mais profunda, que não será feita no rescaldo de hoje”, salientou o antigo dirigente do PS.
Álvaro Beleza, outro socialista próximo do antigo líder António José Seguro, considera que o partido tem de "reflectir bastante" após as eleições deste domingo, acrescentando que o debate que se deve seguir deve centrar-se no "confronto de ideias e não de pessoas".
"O debate e a reflexão que existir a seguir tem de ser primeiro um confronto de ideias e não de pessoas. Isto não pode ser um partido de vaidades, egoísmos e interesses pessoais", vincou Beleza aos jornalistas no Hotel Altis, onde o PS se concentra esta noite.
O ex-dirigente socialista José Junqueiro afirma que o líder do PS interrompeu um ciclo de "sucesso eleitoral continuado" e que deve ser António Costa o primeiro a apresentar a interpretação dos resultados das legislativas.
Esta posição foi transmitida à agência Lusa por José Junqueiro, vice-presidente da bancada socialista durante a liderança de António José Seguro e que não integra agora as listas de candidatos a deputados pelo círculo eleitoral de Viseu.
[notícia actualizada às 21h11]