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Coligação faz acordo rápido e pressiona PS

06 out, 2015 - 07:18 • Eunice Lourenço

Conselhos nacionais de PSD e CDS aprovam, esta terça-feira, acordo de Governo negociado por Matos Correia e Mota Soares

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Um acordo simples e rápido é o que os conselhos nacionais de PSD e CDS - os dois partidos da Coligação Portugal à Frente (PàF), que venceu as legislativas de domingo - devem aprovar esta terça-feira, à noite. O acordo de governo negociado entre José Matos Correia, do PSD, e Pedro Mota Soares, do CDS, será “simples, dado que o programa da Coligação é conhecido”, disse à Renascença, um dirigente da PàF.

Estes foram os dois nomes mandatados pelas direcções dos respectivos partidos para negociar um acordo anunciado por Pedro Passos Coelho, logo na noite eleitoral. Esta terça-feira, o texto será apreciado pelas comissões políticas e, à noite, pelos conselhos nacionais, órgãos máximos dos partidos entre congresso.

A Renascença sabe que esse acordo reafirma explicitamente o propósito de PSD e CDS formarem governo em resultado das eleições legislativas. Em termos programáticos, será apenas o desenvolvimento político do acordo eleitoral que levou à formação da coligação para que os dois partidos do actual governo fossem juntos a eleições.

Está, assim, dado o sinal da rapidez com que Passos Coelho e Paulo Portas querem conduzir este processo. Também o Presidente da República deu esse sinal de rapidez ao convocar já para esta terça-feira um encontro com o líder do partido com mais deputados, o PSD.

Mas também está dado o sinal de que é para manter e, se possível, aumentar a pressão sobre o PS. Assim o faz a nota à imprensa do PSD enviada às redacções na segunda-feira à noite, depois da reunião da comissão permanente do partido. Nessa nota, a direcção do PSD anuncia que analisou os resultados eleitorais e que estes “conferiram uma vitória clara à coligação PaF e responsabilizam os maiores partidos portugueses numa cultura de compromisso”.

No mesmo sentido, foi a reunião da comissão executiva do CDS, que promete “levar muito a sério o discurso da noite eleitoral”. Fonte centrista disse à Renascença que é preciso saber ler os resultados e ver neles que “o povo quis dar governo à coligação, mas também quer mais sinais e práticas de compromisso”. O mesmo dirigente diz que o CDS tem o propósito de governar por mais quatro anos e procurará “os compromissos necessários para dar estabilidade ao mandato e confiança à economia”.

Esta terça-feira, também o PCP vai analisar os resultados eleitorais em reunião do Comité Central e o PS tem reunião da comissão política, para o mesmo efeito. Mas a reunião socialista servirá já também para marcar o congresso que, de acordo com os estatutos, têm de realizar-se depois de eleições legislativas.

Comentários
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  • Ó Antonio
    07 out, 2015 lx 16:56
    Deixe-se de tretas! Está tão preocupado com um programa eleitoral que foi apresentado às claras e não se preocupa com um que nem apresentado foi e está escondido?...Não brinque com a nossa inteligencia! Brinque apenas com a sua...e divirta-se! Quanto a demissões elas virão, a seu tempo, mas não é da parte que está a pensar!
  • Cuidado!
    07 out, 2015 lis 16:52
    com as curvas! Não vão tão rapidos porque se podem despistar...Continuam a dar-nos musica celestial!
  • Antonio
    06 out, 2015 Porto 12:08
    Os portugueses não querem saber dos adjectivos dos comentadores "pressiona....". O QUE OS PORTUGUESES QUEREM E EXPRESSARAM-NO NA VOTAÇÃO, É TER ESTABILIDADE" e isso é a unica saida para os srs da governação e do sr A Costa se redimir das falsas promessas que fez e dos erros que cometeu ao praticar uma politica de terra queimada "não aprovamos o orçamento" sem o ler??? "vamos cortar 1000 milhões ... não se sabe onde.." etc.O POVO PORTUGUÊS EXIGE AO SR A COSTA QUE DIALOGUE E CONTRIBUA PARA O PROGRESSO DE PORTUGAL não se opondo ao orçamento.... - senão se não tem capacidade de dialogo, só tem um caminho É DEMITIR-SE.
  • Manuel
    06 out, 2015 Lisboa 11:50
    Esta coligação vai agora sacrificar seja quem for para continuar a governar seja de que forma for.
  • Joaquim Alegria
    06 out, 2015 Fundão 11:46
    O Povo é soberano, como tal o que disse é claro. Quer 1 Governo de Esquerda. A austeridade como é entendida pelo Paf deixou de ter lugar e vai ter que ceder quer em Concertação Social, como também nas políticas a adotar. A pobreza tem que ser contrariada e os Trabalhadores receberem um Salário Condigno.
  • Oliveira
    06 out, 2015 Lisboa 11:46
    O apelo ao voto útil de António Costa vai-se ver agora na Assembleia da Republica.
  • anónimo
    06 out, 2015 braga 11:34
    sr.maria?se a senhora foi uma das que votou nesses dois senhores, a primeira medida que eles deveriam tomar,era precisamente,novos cortes a quem votou neles,e não em quem votou contra,porque quem votou contra não está de acordo,em ser penalizado por culpa de outros, então a senhora logo que está de acordo,deveria até mesmo oferecer-se para que lhe cortem mais,e não cortar aos que não tem nada com esse raciocinio.
  • Carlos Alberto
    06 out, 2015 Coimbra 11:09
    O compromisso que merecem por parte do PS ou seja lá de que outra força política for, é modelá-los, ou melhor domá-los, relativamente à selvajaria que cometeram nos últimos 4 anos. A esquerda junta tem todas as razões e, mais do que isso, todas as hipóteses de impor os seus programas. Seria a antítese do programa do da coligação? Claro que seria mas, este (des)governo não foi a antítese de si mesmo? Se não, basta consultar o seu programa eleitoral de 2011 e a trampa que eles acabaram por fazer na prática.
  • Maria
    06 out, 2015 Porto 11:06
    Tanto faz se é PSD ou CDS, uma coligação, como o nome indica, é «s.f. União de pessoas, partidos, nações, para um objetivo comum; liga, aliança», por isso os votos são para os dois em conjunto... e os dois em conjunto são os que têm mais votos. Simples assim :) E se o PS se juntar à coligação não é traição dos votos, desde que não aceite nada contra o que propunha. Isso é tentar fazer o melhor pelo país e quem acha o contrário é daqueles fanáticos pela política, que o que interessa é vencer e ver o seu partido a governar e não a fazer o melhor para o país...
  • Xuxa
    06 out, 2015 Rato 11:03
    É urgente o PS trocar o Costa por outro secretário geral, sim porque este Costa é muito próximo do PPD (eu acho) e tenho medo que se venda por "30 dinheiros"! O PS tem de definir-se de uma vez por todas, se quer ser de esquerda tem de unir todas as esquerdas e tentar formar um (des)governo!

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