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António Costa. PS e PCP podem dar expressão a "pontos de convergência"

07 out, 2015 - 19:49 • Carlos Calaveiras

Líder socialista esteve reunido com os dirigentes do PCP. Novas reuniões vão seguir-se. Jerónimo rejeita Governo PSD/CDS e acrescenta que o PS só não é Governo se não quiser.

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António Costa. PS e PCP podem dar expressão a "pontos de convergência"

O secretário-geral do PS diz que há condições para desenvolver com o PCP um "trabalho sério" no sentido de dar expressão institucional à "vontade de mudança" manifestada pelos portugueses nas legislativas.

Depois de uma reunião com a direcção dos comunistas, António Costa confirma que “foi um diálogo muito franco” e que “há condições para aprofundar pontos de convergência identificados nesta reunião, dando-lhes expressão institucional".

“Há condições para haver trabalho sério para concretizar esta ambição: a de haver alteração de políticas em Portugal”, disse Costa. As “reuniões de trabalho” entre os dois partidos vão continuar porque “há trabalho a desenvolver”.

"A viragem da política da austeridade é um ponto cimeiro da agenda económica do PS e também da do PCP. A concretização dessa viragem traduz-se num conjunto de medidas que é necessário trabalhar", acrescenta.

Costa acrescenta que, durante a reunião de cerca de duas horas, as duas direcções não trataram "das formas [de Governo], mas das políticas. Era preciso apurar o que, além da divergência, havia de convergência. Não estivemos a trabalhar sobre o que nos divide, mas a trabalhar em torno de perspetivas comuns e atuações prioritárias que correspondam à vontade dos cidadãos para que haja uma alteração de políticas em Portugal".

António Costa esteve acompanhado pelo presidente do PS, Carlos César, pelos dirigentes socialistas Pedro Nuno Santos e Ana Catarina Mendes e pelo coordenador do cenário macroeconómico deste partido, Mário Centeno.

“PS só não é Governo se não quiser”

O secretário-geral do PCP reafirma que estão “preparados e prontos para assumir todas as responsabilidades – incluindo governativas”.

Jerónimo de Sousa, depois da reunião com o PS na sede comunista, lembra que a maioria do povo português manifestou uma “clara condenação do Governo PSD/CDS” e que ficou provado que a “aspiração da maioria é a de que haja uma política alternativa”.

"Estando PSD e CDS em minoria e havendo uma maioria que pode viabilizar outras soluções de Governo, seria incompreensível que se desperdiçasse essa oportunidade”, acrescentou.

Por isso, o líder comunista garante que os deputados da CDU rejeitarão uma “moção de rejeição do governo PSD/CDS”, reafirmando que há uma “base para outra solução governativa”.

“O PS terá de escolher entre associar-se à viabilização e apoio a um Governo PSD/CDS ou tomar a iniciativa de formar um Governo que tem garantidas as condições para formação e entrada em funções”, acrescentou. E repetiu uma ideia que já tinha deixado na terça-feira: “O PS só não é Governo se não quiser."

Segundo Jerónimo, esta foi uma “reunião produtiva, mas é um processo inacabado”. Apesar disso, o líder comunista reafirma as propostas do seu partido, apresentadas em eleições.

Jerónimo de Sousa estava ladeado por Francisco Lopes, Jorge Cordeiro e João Oliveira.

Comentários
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  • Ao Azedo
    09 out, 2015 Lx 23:19
    só para esclarecer - os partidos que tiveram menos de 20% dos votos, cada um, foram o PSD e o CDS, que mesmo coligados obtiveram apenas 36,83%
  • Jota
    09 out, 2015 Lisboa 18:44
    Aos que utilizam o cretino argumento de que nao encontraram no boletim de voto a opcao coligacao de esquerda para negarem eventuais entendimentos do PS a esquerda...lembro-lhes que em 2011 tambem nao vi no boletim de voto qualquer opcao de "coligacao de direita". Mas apanhamos com ela ditatorialment por 4 anos (e so tinha 50 e pouco por cento dos votos). Agora um entendimento a esquerda tera 60 por cento dos votos. Quem e mais representativo e tem mais legitimidade? Os 50 pc da direita em 2011 ou os 60 pc da esquerda em 2015.
  • José Palhais
    09 out, 2015 Lisboa 11:48
    Para quem afirma exaustivamente que os portugueses querem a coligação PAF no governo (na sua maioria) desenganem-se... Um governo PAF está condenadíssimo, é uma questão de fazer contas, e nem precisam de máquina (digo eu). Todas as medidas da treta que sugerirem serão chumbadas!! Creio que esta ideia do PS e PCP poderá dar frutos. E dos docinhos.
  • Fernando Branco Luca
    08 out, 2015 Povoa de Varzim 23:04
    O Partido Socialista passou a ser o centro das atenções dos portugueses! Está praticamente tudo na mão dos Socialistas, como diz o velho ditado, o P.S. tem o queijo e a faca na mão! Como Socialista na minha opinião e provavelmente também muito da opinião dos portugueses, o Partido Socialista não se aliava com a direita nem com a esquerda, seguia o seu próprio caminho e votava na Assembleia da Republica ou não as propostas que tivessem de acordo com o programa do partido! O Partido Socialista é o único partido de alternativa e tem que mostrar aos portugueses que tem força para um dia vir a ser Governo com a sua afirmação sem jogadas de bastidores como pretende a coligação de direita e do outro lado a extrema esquerda! Tanto uns como os outros, extrema esquerda e direita, não são gente de confiar, pensam é em toda a hora nas jogadas para tentarem atirar cascas de banana para o P.S. escorregar para depois virem para a Praça Pública com o discurso falso de condenação... Esta conversa da treta de virem a terreiro falar no interesse do país é uma autentica mistificação.. . É a hipocrisia das hipocrisias...
  • Azedo
    08 out, 2015 cascais 12:08
    Aqui fica uma lição para os socialistas menos radicais que acredito que é a maioria que votou no Costa, visto que os outros foram para o Bloco, o que pode acontecer...... Não entendo esta matemática de 2 partidos que tiveram 20% de votos acharem que os eleitores os elegeram O que eu e penso que qualquer um com o minimo de QI verifica é que os eleitores deram ao PAF o governo apoiado ou fiscalizado pelo PS.....simples
  • VICTOR MARQUES
    08 out, 2015 Matosinhos 09:57
    O "náufrago" Costa agarra-se agora a qualquer "bóia" para não se afundar completamente! Quem não sabe nadar até os braços estorvam!...
  • José Soares de Pinho
    08 out, 2015 Gafanha da Nazaré 09:17
    Não consegui descobrir no boletim de voto destas últimas eleições legislativas, nem nas anteriores, qualquer força política concorrente com a designação ou de esquerda. Tenho visto na composição dos diversos governos pessoas independentes, que não sendo de esquerda ou de direita, na mente destes democratas, devem ser proibidos de fazer parte de qualquer governo, por não serem de direita ou de esquerda. A democracia destes falsos e interesseiros politicos, o que o povo escolhe de nada vale. Não falam em estabilidade governativa nem no interesse nacional, apenas e só nos interesses pessoais. Quem votou na coligação que ganhou, ganhou e mais nada.
  • Petervlg
    08 out, 2015 Valongo 08:59
    Agora é que se esta a ver os partidos democratas, que defendem o direitos do povo, não aceitam o que o povo escolheu, o povo escolheu a coligação para governar sem maioria, qual é o vosso problema Só tem que aceitar o que os Portugueses escolheram, sejam democratas, não sedentos de poder. Lembram-se da Grecia
  • rosinda
    08 out, 2015 palmela 03:11
    o meu marido nao gostava de catarina martins eu e o meu filho estavamos sempre a por paninhos quentes !Mas agora basta!
  • rosinda
    08 out, 2015 palmela 03:05
    a catarina nao vai chegar a lado nenhum !

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