07 out, 2015 - 00:36 • Susana Madureira Martins
O líder do PS, António Costa, defendeu que o partido deve dialogar com os partidos da direita e da esquerda na sequência das eleições legislativas.
Na intervenção inicial na Comissão Política Nacional, que teve início esta terça-feira à noite, em Lisboa, António Costa disse que é preciso encetar conversações com a coligação PSD/CDS, mas também com o Bloco de Esquerda e com o PCP.
Desta reunião socialista deverá sair um comunicado em que o secretário-geral fica mandatado com todas as forças políticas com assento parlamentar.
O PS quer saber, por exemplo, quais as posições do Bloco de Esquerda e do PCP sobre temas como a relação de Portugal com a União Europeia e na Zona Euro.
Em relação à coligação, os socialistas vão defender que está fora de questão continuar com as políticas de austeridade dos últimos anos.
A disponibilidade do PS para dialogar à direita e à esquerda é conhecida depois de o Presidente da República ter convidado o líder do PSD, Pedro Passos Coelho, a "avaliar as possibilidades de constituir uma solução governativa".
Portugal precisa de um Governo "estável e duradouro" e “este é o tempo do compromisso”, apelou Cavaco Silva, num recado aos partidos da coligação PSD/CDS e ao PS.
A coligação Portugal à Frente (PSD/CDS-PP) venceu as eleições legislativas de domingo com 38,55% (104 deputados), mas perdeu a maioria absoluta.
O PS conseguiu 32,38% (85 deputados), o BE subiu a terceira força política com 10,22% (19 deputados) e a CDU (PCP/PEV) alcançou 8,27% (17 deputados). O PAN vai estrear-se no Parlamento, com um deputado (1,39% dos votos). Estão por atribuir ainda quatro mandatos, referentes aos círculos da emigração.