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Cavaco convida Passos a procurar "solução governativa" estável

06 out, 2015 - 20:10

Portugal precisa de um Governo "estável" para os próximos anos e “este é o tempo do compromisso”, apelou o Presidente da República, num recado aos partidos da coligação PSD/CDS e ao PS.

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Cavaco convida Passos a procurar "solução governativa" estável

O Presidente da República convidou o líder do PSD, Pedro Passos Coelho, a "avaliar as possibilidades de constituir uma solução governativa" que assegure um executivo "estável e duradouro".

"Tendo em conta os resultados das eleições para a Assembleia da República, em que nenhuma força política obteve uma maioria de mandatos no Parlamento, encarreguei o Dr. Pedro Passos Coelho de desenvolver diligências com vista a avaliar as possibilidades de constituir uma solução governativa que assegure a estabilidade política e a governabilidade do país", afirmou o chefe de Estado, numa comunicação ao país.

A declaração de Cavaco Silva foi feita depois de uma reunião com o líder do PSD e ainda primeiro-ministro, Passos Coelho, com vista à formação do novo Governo, a sequência das eleições legislativas de domingo.

"Este é o tempo do compromisso"

O chefe de Estado referiu que “o pais tem à sua frente um novo ciclo político”, depois da vitória sem maioria absoluta da coligação PSD/CDS, “em que o diálogo deve estar sempre presente”, sublinhou.

“Cabe aos partidos políticos que elegeram deputados à Assembleia da República revelar abertura para um compromisso que, com sentido de responsabilidade, assegure uma solução governativa consistente. Que fique claro: nos termos da Constituição, o Presidente não se pode substituir-se aos partidos no processo de formação do Governo e eu não o farei”, disse Cavaco Silva.

O Governo a empossar pelo Presidente da República, salientou, "deve dar garantias formais de que respeitará os compromissos internacionais e as grandes opções estratégicas do país desde a instauração do regime democrático e sufragadas, nestas eleições, pela esmagadora maioria dos cidadãos", garantindo a manutenção na NATO, na União Europeia e na zona euro. Cavaco afasta assim a possibilidade de uma aliança PS com os partidos mais à esquerda.

Portugal precisa de um Governo "estável" para os próximos anos e “este é o tempo do compromisso”, apelou o Presidente da República, num recado aos partidos da coligação PSD/CDS e ao PS.

“Portugal necessita, neste momento da nossa história, de um Governo com solidez e estabilidade. Este é o tempo do compromisso. O país tem à sua frente um novo ciclo político em que a cultura do diálogo deve estar sempre presente. Confio que as forças partidárias vão colocar em primeiro lugar o superior interesse de Portugal.”

A coligação Portugal à Frente (PSD/CDS-PP) venceu as eleições legislativas de domingo com 38,55% (104 deputados), mas perdeu a maioria absoluta.

O PS conseguiu 32,38% (85 deputados), o BE subiu a terceira força política com 10,22% (19 deputados) e a CDU (PCP/PEV) alcançou 8,27% (17 deputados). O PAN vai estrear-se no Parlamento, com um deputado (1,39% dos votos). Estão por atribuir ainda quatro mandatos, referentes aos círculos da emigração.

Comentários
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  • João Marques
    08 out, 2015 São Pedro do Sul 08:46
    Com tanta política para ficar na mesma,ou ainda pior! Será que sobra alguma coisa para os pobres? ?
  • Socras
    08 out, 2015 porto 04:08
    Esquerda e direita são tudo teorias... Dizer que a esquerda tem a maioria e deve governar é inverter o resultado das eleições! Se queriam coligar-se era antes para as pessoas saberem em quem votavam. Dizer ser todos de esquerda mas nem entre eles se entendem... Uns querem reestruturação da dívida, outros querem sair do euro e os outros querem um aeroporto e um tgv novo...
  • Chiça!...
    08 out, 2015 Lx 00:30
    ...Nunca mais chega a Janeiro!
  • Ao Miguel
    08 out, 2015 Lx 00:24
    ...Curto e grosso! Nem mais!
  • Este PR
    07 out, 2015 Lx 09:28
    Não deixará quaisquer saudades a não ser apenas para os seus correligionários. Nunca houve em democracia um PR que fosse tão partidário e descaradamente. Nem no fim do seu mandato consegue promover qualquer diálogo politico imparcial. O que nos vale é que já não falta muito para Janeiro de 2016...
  • Miguel
    07 out, 2015 Melo 08:57
    Caro Pedro. Você pelos vistos também nao leu a constituiçao. O Presidente da Republica tem o dever de ouvir todos os partidos com assento parlamentar e as propostas de governo que deles advenham. Tendo em conta que o resultado das eleiçoes da 60e pico % mais que nao votaram neste governo, se os partidos da oposiçao se unissem poderiam legitimamente formar governo. Em suma, este presidente faz o trabalho que lhe convém, aos seus e à sua cor que é o dinheiro!
  • maria
    07 out, 2015 Lx 06:47
    Vamos lá ver uma coisa; quem foi a farça politica mais votada?, a PAF, ok. Quem foi que perdeu eleições?, a PAF: o PS subiu, a CDU subiu, o BE subiu, onde está a dúvida?, forma governo quem ganha, ou não?.
  • Pedro Rodrigues
    07 out, 2015 Lisboa 03:01
    O Presidente só fez o trabalho que lhe compete. Se a maioria dos comentadores de bancada perdessem uma hora a ler a Constituição da República Portuguesa percebiam que era melhor estarem estar a estudar do que escrever barbaridades e insultos a eles próprios.
  • rosinda
    07 out, 2015 palmela 02:59
    quando ze perdigao gravar um novo disco eu vou ofererecer a radio renascença ! estao a precisar de renovar o stock senhor bastos!
  • rosinda
    07 out, 2015 palmela 02:37
    o que seria desta gente se ninguem os escuta-se ! o carlos do carmo e outro que anda por ai a insultar quem se lembra ! maria de belem ficou magoada com ele eu escutei o que ela disse a um jornalista no dia 5 outubro e fiquei com pena da senhora!

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