Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

Coligação não precisa de ser “atrevida”, basta apresentar ideias, diz Costa

09 out, 2015 - 19:10

"Ninguém dispõe de maioria e todos temos com humildade de fazer um esforço de procurar encontrar soluções", afirma o líder do PS.

A+ / A-

A coligação PSD/CDS (Portugal à Frente - PAF) não precisa de ser “atrevida”, basta apresentar ideias que serão analisadas com “boa-fé”, afirmou esta sexta-feira o líder do PS, António Costa.

"Ainda bem que a PAF percebeu que tem de propor alguma coisa e não é preciso ser muito atrevido, basta propor. E nós analisaremos [as propostas] com a mesma boa-fé com que temos estado a trabalhar e a fazer este diálogo com todos", frisou o secretário-geral socialista no final de uma reunião com o Partido Ecologista “Os Verdes”.

António Costa reagia às declarações desta manhã do presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, que depois de um encontro com o PS afirmou que esperava que fossem os socialistas a apresentar propostas concretas mas que, como isso não aconteceu, PSD e CDS-PP vão fazer "um exercício um bocadinho mais atrevido" de tentar "seleccionar propostas do PS" para debater num próximo encontro, marcado para terça-feira.

O líder do PS definiu-se como um "optimista por natureza", e mostrou esperança num "exercício mínimo" de PSD e CDS-PP na apresentação de ideias, acrescentando que estes partidos têm de compreender que o "quadro político parlamentar mudou substancialmente" desde as legislativas de domingo.

"Não vale a pena fazerem um esforço de fingir que nada de novo aconteceu porque algo de muito importante aconteceu", acrescentou o socialista, referindo-se à perda de maioria absoluta no parlamento de PSD e CDS-PP.

E acrescentou: "Ninguém dispõe de maioria e todos temos com humildade de fazer um esforço de procurar encontrar soluções".

Além do secretário-geral, António Costa, o PS esteve representado neste encontro com "Os Verdes" pelo seu presidente, Carlos César, pelo coordenador do cenário macroeconómico socialista, Mário Centeno, e pelos dirigentes nacionais Ana Catarina Mendes e Pedro Nuno Santos.

Segundo o líder socialista, o encontro foi "muito produtivo" e pela dirigente ecologista Heloísa Apolónia como "útil".

Questões como a "garantia da não privatização do sector das águas", e outras matérias em torno de áreas como a política energética, os transportes públicos e medidas de proteção da natureza foram afloradas no encontro, realçou António Costa, no final de mais de uma hora de conversa entre delegações de ambos os partidos.

Ninguém levou propostas. Reunião PS/PSD/CDS adiada para terça-feira
Ninguém levou propostas. Reunião PS/PSD/CDS adiada para terça-feira
Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • Caro Alberto
    10 out, 2015 Lx 09:52
    ...não se está a esquecer de nada? Por exemplo, que o CDS e o PSD sempre foram partidos individuais, e que só se juntaram em coligação por um interesse comum (alcançarem o tão desejado poder), porque caso contrário nem um nem outro teria ganho...e isto é fácil de verificar. Mesmo juntando o eleitorado fiel e acrescentando os recentemente convencidos, apenas alcançaram a vergonhosa percentagem de aproximadamente 37%. Divida agora os 37% por 2 e veja...Se a divisão for igualitária significa que 80% das pessoas votou contra cada um deles. Mesmo que a divisão não seja igualitária, ambos teriam perdido de qualquer forma. Ah pois é!
  • Ao Carlos
    10 out, 2015 Lx 09:40
    ..." Coligação, é a continuação do programa dos ultimos 4 anos com a diferenças de fazer desaparecer a austeridade"....(????) AHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAH ou melhor OHOHOHOHOHO Aí vem o pai Natal!!!
  • Observador
    10 out, 2015 Fnc 09:32
    A coligação nada apresenta porque aquilo que tem para apresentar resume-se a isto: austeridade, cortes e mais cortes, mais impostos, portanto apresentar o quê? Cortes nas pensões dos quais Bruxelas tem conhecimento, mais impostos até porque as instâncias internacionais já vieram a terreiro dizer que há margem para mais, manter a violenta carga fiscal nomeadamente através do irs sobre os contribuintes etc. Só que a coligação esbarrou num pequeno grande pormenor que parece ainda não ter interiorizado, agora não tem a maioria absoluta, o que significa dizer que terá de arrepiar caminho e muito ou então, simplesmente será arredada do poder se chegar a isso! Além do que, há uma maioria de esquerda que disse claramente não à coligação e às suas políticas!
  • carlos
    10 out, 2015 lisboa 00:01
    Já que existem muitas duvidas sobre os principais partidos, aqui vai: Coligação, é a continuação do programa dos ultimos 4 anos com a diferenças de fazer desaparecer a austeridade; PS, tinha um, esqueceu-se dele na ultima semana de campanha, agora tem tres, o seu, o bloco e o da CDU. Esquece Passos, O Costa depois de despachar o seguro o proximo es tu. Passos, tu foge, eles depois de gastar o dinheiro todo, eles voltam-te a achar.
  • Á Joana
    09 out, 2015 Lx 23:59
    Os Portugueses querem claramente um governo de esquerda, caso contrário não teriam votado no PS, CDU e BE, da forma como fizeram. O PSD teve que juntar-se ao CDS, numa manobra eleitoralista, para conseguir uns míseros 36%, caso contrário ficaria abaixo do PS, que concorreu sozinho...e nem precisa de ir buscar a maquina de calcular para perceber que o CDS deverá ter obtido um resultado eleitoral meramente residual. Em relação aos "nervos de aço, na solidez e na coerência de Passos Coelho", que refere... Bom, a não ser que haja em Portugal outro Passos Coelho, a este não lhe reconheço qualquer solidez e muito menos coerência (consulte o youtube, para avivar a memória)... E quando refere que a coligação vai tentar aproximar as suas posições de.....minha cara, só dela própria, como sempre fez, na minha opinião. E destruição, destruição...a meu ver, nunca houve tanta como agora - pobres mais paupérrimos e ricos mais ricos, assim dizem as estatísticas, contra as alegadas contas aldrabadas, o desemprego manipulado, etc, etc, etc. E repare, eu votei neles em 2011. Nunca mais.
  • Alberto
    09 out, 2015 Funchal 23:57
    Ideias é coisa que Costa não tem. Precisa que a Coligação DIGA para ele dizer que faz o contrário. A propósito: desde quando, em Portugal, se vota CONTRA? Não enganem. O Povo vota para PM. Até o Costa disse que era candidato a PM. Mas, mesmo assim pode dizer-se que 90% do Povo votou CONTRA o BE e mais de 90% votaram contra o PCP; quase 70% votaram contra o PS. porque não propõem repetir a votação?
  • À Joana
    09 out, 2015 Pt 22:23
    É muito feio e de nivel baixo fazerem-se insinuações quanto ao caracter do seu adversario, ou seja o Dr António Costa. Portanto nem vale a pena abordar mais o seu arrazoado comentário que segue de alto a baixo, a mesma linha provocatória e de insinuação. Permita no entanto que realce que os 2 partidos coligados "ganharam claramente" mas perderam claramente 700 mil votos e 26 deputados e repito, claramente, existindo na actual AR 3 milhões de eleitores representados que votaram contra aquele 2 partidos. É a democracia, minha cara! E contra factos não há argumentos. Bom fim de semana.
  • Joana
    09 out, 2015 Lisboa 20:46
    O Dr. Costa, relativamente à Coligação, está evidentemente de má-fé. Como teremos oportunidade de ver, na próxima reunião com Passos e Portas, voltará a dizer que foi "inconclusivo". Pelo contrário, com PCP e BE será sempre muito frutuoso e concordaram todos imensos. Será esta a postura DESTE PS, num cenário de "guerra de nervos". ONDE ESBARRARÁ A ESTRATÉGIA DO DR. COSTA? Em três pontos: 1. na percepção pelos Portugueses de que Costa não quer acordar verdadeiramente nada com PSD e CDS, mas pura e simplesmente impedir quem venceu as eleições de governar; 2. nos nervos de aço, na solidez e na coerência de Passos Coelho; 3. na percepção pelos Portugueses de que a Coligação vai procurar aproximar as suas posições do programa do Dr. Mário Centeno, sem no entanto fazer perigar o tratado orçamental e as metas do défice, mas que Costa continuará, de má-fé, a achar que nada serve. E os Portugueses perceberão que ESTE PS que deixou de ser democrático - e que tendo tido tudo para ganhar estas eleições com maioria absolutíssima, as perdeu ESTRONDOSAMENTE - não respeita a vontade dos Portugueses e está na disposição de arruinar Portugal. Inseridos que estamos num mundo global, sérios serão os danos que a irresponsabilidade DESTE PS nos causará. Mas nas próximas legislativas que não poderão deixar de se precipitar se a ala democrática e moderada do PS não "tomar as rédeas" e travar esta deriva à esquerda, os Portugueses dirão ao PS o que lhes parecem aqueles que sempre nos destroem.
  • Pedro
    09 out, 2015 Braga 20:28
    A mim o que me assusta é ver agora que neste país foi possível um partido puf ganhar umas eleições depois de afiambrar os portugueses à grande e sem programa nenhum nada zero que agora vê se que não há mesmo, mas que raio de treta é esta ?

Destaques V+