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​Cavaco vai transmitir decisões políticas “directamente” aos portugueses

15 out, 2015 - 12:17

Alguns jornais desta quinta-feira avançam alegadas decisões tomadas pela Presidência sobre o cenário pós-eleitoral.

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A Presidência da República divulgou esta quinta-feira um comunicado para afirmar que o chefe de Estado transmitirá directamente aos portugueses, ou através da sua Casa Civil, as decisões políticas que vier a tomar.

"O Presidente da República reafirma que as decisões que vier a tomar transmiti-las-á directamente aos Portugueses ou através do Chefe da sua Casa Civil", acrescenta a nota, publicada no site da Presidência da República.

Sem se referir à situação política que levará à formação do Governo e aos processos negociais em curso após as eleições legislativas de 4 de Outubro, Aníbal Cavaco Silva refere apenas que "como costuma acontecer em épocas de decisões políticas de maior importância, os órgãos de comunicação social procuram antecipar as decisões do Presidente da República, invocando fontes da mais diversa ordem".

Vários jornais nacionais avançam esta quinta-feira eventuais decisões que Cavaco Silva poderá tomar na sequência dos resultados eleitorais.

Dois dias depois das eleições, o Presidente da República reiterou que não se substituirá aos partidos no processo de formação do Governo, mas sublinhou que este "é o tempo do compromisso", onde a cultura da negociação deverá estar sempre presente.

Na curta comunicação ao país, Cavaco Silva disse confiar que "as forças partidárias vão colocar em primeiro lugar o superior interesse de Portugal" e insistiu que é fundamental que, depois das escolhas feitas no domingo pelos portugueses nas eleições legislativas - que deram a vitória à coligação PSD/CDS-PP - "seja agora formado um governo estável e duradouro".

Lembrando que, nos termos da Constituição, o Presidente da República não pode substituir-se aos partidos no processo de formação do Governo, Cavaco Silva garantiu que não o fará.

"Como acontece em todas as democracias europeias, cabe aos partidos políticos que elegeram deputados à Assembleia da República revelar abertura para um compromisso que, com sentido de responsabilidade, assegure uma solução governativa consistente", frisou.

Cavaco Silva lembrou ainda que até Abril de 2016, o Presidente da República não poderá dissolver o parlamento, já que a Assembleia da República não pode ser dissolvida nos seis meses posteriores à sua eleição.

Por isso, enfatizou, deve "entretanto entrar em funções o novo Governo e ser aprovado o Orçamento de Estado para 2016, instrumento decisivo para a estabilidade financeira do país".

A coligação PSD/CDS-PP é a força política mais votada com 38,57% dos votos e com 107 mandatos nas eleições legislativas de 4 de Outubro, depois de apurados os resultados nos consulados, na quarta-feira.

O PS foi o segundo partido mais votado com 32,31% e 86 mandatos seguido do Bloco de Esquerda com 19 mandatos e 10,19% e da coligação CDU, que junta PCP e PEV com 17 mandatos e 8,25%.

Comentários
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  • Bem malta...
    15 out, 2015 Lx 15:13
    ...estamos tramados!!!! É que, para dizer ao Passos para se orientar com o Costa, teve que despender de um dia inteiro (é verdade INTEIRINHO) até que lhe ocorresse essa "brilhante" ideia, que deu nesta semana anedótica que Portugal está a viver.... Eu nem quero pensar o que é que ainda virá por aí....
  • Já agora!
    15 out, 2015 lx 14:56
    Para uma informação mais correcta e isenta, a noticia deveria terminar que, apesar da coligação de direita ter ganho, como no Parlamento há uma maioria de esquerda, se estes chegarem a um entendimento, estarão constitucionalmente, mais proximos de poderem formar um governo, com estabilidade! Cairia os parentes na lama, se informassem isto?...É por isso que, mais tarde ou mais cedo, os portugueses começam a raciocinar e a interrogarem-se porque têm uns media, tão apegados ao poder instalado!
  • rosinda
    15 out, 2015 palmela 13:40
    O jose cid ontem na cmtv disse que tambem nao tem nada a ver com isto porque nem e republicano entao e melhor entregarmos portugal aos espanhois porque eu ate gosto da rainha!!
  • rosinda
    15 out, 2015 palmela 13:21
    O presidente da republica nao se pode substituir aos partidos mas se eles nao se entendem quem e que poe mao nisto querem ver que que sou eu ??
  • Manel
    15 out, 2015 Porto 12:58
    Como os Portugueses não estão sempre a dormir (o que só terá acontecido no passado dia 4), não vale a pena o senhor Presidente vir à TV dar conselhos aos partidos políticos, como o fez no discurso anterior. O senhor Presidente acha que os portugueses em geral, mas sobretudo os partidos políticos, não sabem qual o cenário que se lhes põe depois dos resultados do dia 4?. Em meu entender deveria continuar a ouvir os partidos e deixar o povo em paz que é o que lhe falta neste momento. Qualquer intervenção pública que venha a fazer, neste momento, só servirá para desorientar a população. Ou então o senhor Presidente teima em faze-lo e fica claro (ainda mais) a solução que quer defender. Não o aconselho senhor Presidente. Remeta-se ao seu silêncio. às vezes o silêncio vale mais do que mil palavras.

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