15 out, 2015 - 13:16
Pelo menos no discurso, o secretário-geral socialista, António Costa, está cada vez mais longe de PSD e CDS e mais perto de Bloco de Esquerda e PCP. A esquerda garante está em condições de oferecer estabilidade.
Em Bruxelas, à margem da reunião do Partido Socialista Europeu, Costa diz que a coligação de direita ainda não entendeu que houve uma mudança em Portugal.
"Há forças políticas que têm percebido que é preciso trabalhar para construir soluções de governo estável, e há outras, como o PSD e o CDS, que infelizmente, até agora, ainda não demonstraram ter compreendido o que é que significa os resultados eleitorais, e não têm feito os esforços suficientes para poderem contribuir para uma solução que crie estabilidade", declarou à chegada para a reunião.
António Costa sublinhou que "esse esforço tem existido à esquerda, mas infelizmente não tem existido por parte da coligação de direita e isso limita muito as soluções de governo que podemos ter no país".
"Como é manifesto, a coligação de direita tem tido muitas dificuldades em adaptar-se ao novo quadro parlamentar e ainda não compreendeu que houve uma mudança muito significativa em Portugal: a maioria deixou de ser maioria, e não pode pretender governar como se nada tivesse acontecido", acrescentou.
Em Bruxelas, está também Pedro Passos Coelho, para a reunião do Partido Popular Europeu e para o Conselho Europeu, e Catarina Martins, líder do Bloco de Esquerda, para o encontro do grupo parlamentar da Esquerda Unitária.