Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

Passos. "Informei o Presidente das diligências para formar governo estável"

19 out, 2015 - 12:27

Passos Coelho saiu do Palácio de Belém pelas 12h25, sem responder a perguntas dos jornalistas acerca do conteúdo da conversa com Cavaco Silva.

A+ / A-
Passos. "Informei o Presidente das diligências para formar governo estável"
Passos. "Informei o Presidente das diligências para formar governo estável"

O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, já saiu da audiência com o Presidente da República. No fim do encontro revelou aos jornalistas que deu informou Cavaco Silva sobre "as diligências com vista a criar condições de estabilidade e governabilidade no país", lembrando que preside "ao partido mais votado nas últimas eleições".

Passos Coelho lembrou que "compete agora, depois de ouvir os partidos políticos, nos termos da Constituição, ao senhor Presidente da República proceder à indigitação de um futuro primeiro-ministro".

O líder da coligação Portugal à Frente saiu do Palácio de Belém pelas 12h25, sem responder a perguntas dos jornalistas acerca do conteúdo da conversa de cerca de 50 minutos com Cavaco Silva.

O encontro de Cavaco Silva com Pedro Passos Coelho aconteceu um dia antes de o chefe de Estado começar a receber os partidos políticos que elegeram deputados nas legislativas de 4 de Outubro.

Negociações à direita e à esquerda

Há quase duas semanas realizou-se a primeira audiência entre o líder do PSD e Cavaco Silva, realizada dois dias depois das eleições de 4 de Outubro. No encontro, o chefe de Estado encarregou Passos Coelho de desenvolver diligências para avaliar as possibilidades da constituição de uma "solução governativa que assegure a estabilidade política e a governabilidade do país".

Numa comunicação ao país nesse dia, Cavaco Silva disse que não se substituiria aos partidos no processo de formação do Governo, mas sublinhou que este "é o tempo do compromisso", em que a cultura da negociação deverá estar sempre presente.

Nos dias seguintes iniciaram-se as conversações entre os partidos políticos com vista à formação de um Governo.

O primeiro encontro entre a coligação PSD-CDS-PP aconteceu a 9 de Outubro, mas já no dia anterior o secretário-geral do PS, António Costa, tinha tomado a iniciativa de se reunir com o PCP.

Nos dias seguintes, sucederam-se as negociações à esquerda, numa sucessão de encontros do PS com o PCP e BE, além de uma reunião entre António Costa e o PAN. .

Na sexta-feira, em entrevista à TVI, o secretário-geral do PS, afirmou que as negociações com o PCP e o BE estão "a correr bem", embora seja prematuro dizer que vão acabar bem, salientando que quer um programa de Governo para a legislatura.

Entre a coligação PSD/CDS-PP e o PS as negociações chegaram a um impasse, com as críticas entre dirigentes socialistas e sociais-democratas e democratas-cristãos a subirem de tom nos últimos dias.
No domingo, o presidente dos sociais-democratas desafiou o secretário-geral do PS a enviar uma "contraproposta objectiva" para mostrar empenho nas negociações e a dizer com clareza se pretende entrar numa coligação de Governo com PSD e CDS-PP.

Na sexta-feira à noite, em entrevista à TVI, António Costa disse que a partir do momento em que os socialistas entregaram uma carta com a apreciação crítica às propostas apresentadas por sociais-democratas e centristas na reunião de terça-feira e que terminou sem acordo, compete agora à coligação "admitir ou não" o prosseguimento do diálogo político.

A Constituição da República estabelece que o primeiro-ministro é "nomeado pelo Presidente da República, ouvidos os partidos representados na Assembleia da República e tendo em conta os resultados eleitorais".

A coligação Portugal à Frente (PSD/CDS-PP) venceu as legislativas de 4 de Outubro sem maioria absoluta e obteve 107 mandatos (89 do PSD e 18 do CDS-PP). O PS elegeu 86 deputados, o BE 19, a CDU 17 (dois do PEV e 15 do PCP) e o PAN um.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • Joana
    20 out, 2015 Vila Real 09:18
    Agradeço a quem me responder a este inquérito, para a minha dissertação de Mestrado em Ciências da Comunicação. É sobre Marketing Político nas Eleições Legislativas de 2015 e demora menos de 5 minutos a responder. Obrigada! http://goo.gl/forms/fHg3l59g6g
  • a tropa de choque
    19 out, 2015 fa 17:46
    dos coligados foi recrutada a toda a força, para andar aqui a marketear! Nisto são eles habilidosos!...
  • Patrícia Almeida
    19 out, 2015 Porto 14:17
    Mas qual ´o problema? O PS tb não teve uma minoria na AR e não governou (mal e porcamente diga-se) durante 3 longos anos, com o beneplácito do PSD que se absteve em todos os OE que Sócrates apresentou? Já agora, e que o BE e o PCP sempre rejeitaram? Mais, cabe lembrar que estes senhores até apresentaram uma moção de censura ao governo de Sócrates em Março de 2011 que, mais uma vez, só sobreviveu porque o PSD se absteve. Pelos vistos os inimigos de ontem são os amiguinhos de hoje. E Costa não tem vergonha na cara nem memória política para perceber o q tem de fazer, `é a sobrevivência a todo o custo uma vez que, politicamente, está morto. Está morto para a CM de Lisboa (o Medina quer lá continuar) e para o PS (a quem já proporcionou 2 derrotas vergonhosas, a das regionais da Madeira e a das Legislativas). Vai daí, agarra-se a tudo sem olhar a meios. Uma vergonha!
  • José Maia
    19 out, 2015 Charneca do Lumiar 14:17
    Foram a votos vários partidos e uma coligação. O PS e a coligação PaF tinham os seus lideres como candidatos a PM. Os portugueses disseram que o candidato António Costa não servia para 1º Ministro e ao candidato da Paf disseram que seria o 1º Ministro mas com minoria.. Não foi a votos uma coligação de direita e uma coligação de esquerda.Se o tivesse sido então a coligação de esquerda poderia ter sido a mais votada.E digo poderia, porque nada diz que em coligação o PS teria os mesmos votos ou que essa coligação de esquerda seria a soma dos votos alcançados pelos três partidos.Só depois dos votos é que aparece uma suposta coligação de esquerda. Com os votos alcançados o PS estremeceu, ficou chocado e alguns disseram queremos congresso e directas. António Costa não tem alternativa.Com o barco a afundar agarra-se a duas tábuas de salvação . As duas têm muitos espinhos (pregos) e estão podres.Passos Coelho não deveria ter oferecido lugar a António Costa.Deixá-lo à deriva é o que merece, depois do que fez a Seguro e mostrou que não acrescentou valor a PS
  • falcao
    19 out, 2015 PORTO 14:06
    Estas eleições, quanto a mim, não foram sérias. O processo ficou inquinado com aquelas estúpidas projeções diárias e mais projeções, só para induzir em erro muitos eleitores que votam como se se tratasse de um grande benfica. Este primeiro ministro fará tudo por tudo por permanecer no poder e, continuar com a sua adorada política de austeridade porque é nesse território que ele se sente bem.
  • Jucaral
    19 out, 2015 Bragança 13:49
    A última coisa que queria era que aqueles que nos massacram durante estes anos fossem corridos definitivamente. Sejamos honestos e sinceros e digam-me qual é percentagem dos portugueses que estão de acordo com este governo? A nossa comunicação tão "isenta" lá nos vai empurrando para abismo
  • madla
    19 out, 2015 évora 13:41
    Só a coligsção é que deve formar governo. Teve a maioria e em democracia é assim. Agra cista wue derrube o governo, vamos a eleições e dará a maioria ao psd/cds. As últimas sondgens já dão 3 % a mais á coligação, ficando já com maioria e com a ajuda do costa....Força .... a caravana passa!
  • Condado Portucalense
    19 out, 2015 Lousada 13:28
    última sondagem da Intercampus: PSD/CDS - 41% PS - 28%
  • grandes diligencias!
    19 out, 2015 lx 13:14
    Transpirou durante uma semana para a montanha parir um rato!...Se tivessemos um PR a serio, e que não fosse partidário este Coelho já estava a ir à vida, há muito tempo! Voltava à Tecnoforma e era obrigado a pagar à Segurança Social o que lhe resta da divida. A xico-espertice está-lhe na mente!
  • Governo estavel?...
    19 out, 2015 pt 13:02
    Devia de ter dito ao PR que "desafiou Costa a dizer se quer ir para o Governo"! Só podia ser!...O que é para rir!

Destaques V+