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Cavaco indigita Passos como primeiro-ministro e recusa alternativa "inconsistente"

22 out, 2015 - 20:08 • Carlos Calaveiras

Num discurso muito duro para PCP e Bloco, forças "antieuropeístas", o Presidente da República diz que a "última palavra" cabe agora aos deputados, que devem decidir "em consciência".

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Cavaco indigita Passos Coelho como primeiro-ministro e recusa alternativa "inconsistente" de Costa
Cavaco indigita Passos Coelho como primeiro-ministro e recusa alternativa "inconsistente" de Costa

O Presidente da República indigitou Pedro Passos Coelho como primeiro-ministro do novo Governo e arrasou a proposta apresentada pelo secretário-geral do PS. "Indigitei hoje, como primeiro-ministro, o dr. Pedro Passos Coelho, líder do maior partido da coligação que venceu as eleições do passado dia 4 de Outubro"

Numa curta declaração ao país, Cavaco Silva lembrou que sempre em "40 anos de democracia portuguesa a responsabilidade de formar Governo foi sempre atribuída a quem ganhou as eleições. Assim ocorreu em todos os actos eleitorais em que a força política vencedora não obteve a maioria dos deputados" e nunca o Executivo ficou dependente de forças "anti-europeistas". "Sigo a regra que sempre vigorou na nossa democracia. Quem ganha é convidado a formar Governo", lembra.

O Chefe de Estado rejeitou alternativa "claramente inconsistente" que lhe foi apresentada por António Costa e outras forças políticas, que não apresentou garantias para solução "estável, duradoura e credível".

Segundo Cavaco Silva, depois de Portugal ter saído de um programa de assistência financeira, este seria "o pior momento" para "alterar radicalmente os fundamentos do nosso regime democrático de uma forma que não corresponde sequer à vontade democrática expressa pelos Portugueses nas eleições" e apostar em partidos que estão contra a União Europeia, o Euro, o Tratado Orçamental ou a NATO. Teria consequências financeiras, económicas e sociais "muito mais graves". "Fora da União Europeia e do Euro o futuro de Portugal seria catastrófico."

"Lamento profundamente que, num tempo em que importa consolidar a trajectória de crescimento e criação de emprego e em que o diálogo e o compromisso são mais necessários do que nunca que interesses conjunturais se tenham sobreposto à salvaguarda do superior interesse nacional", afirmou o chefe de Estado que disse ter "receio da "quebra de confiança das instituições internacionais".

Cavaco deixou também uma palavra para os deputados porque é a eles que cabe a última palavra. "É, pois, aos deputados que cabe apreciar o programa de Governo que o primeiro-ministro apresentará à Assembleia da República no prazo de 10 dias após a sua nomeação e decidir, em consciência, e tendo em conta o superior interesse nacional se o Governo deve ou não assumir em plenitude as funções que lhe cabem". Lembra o Chefe de Estado que "a rejeição do programa do Governo, por maioria absoluta dos deputados em efectividade de funções, implica a sua demissão".

O Presidente da República lembrou ainda na sua declaração em Belém, que sempre apelou a um "entendimento alargado", entranhando que os partidos europeístas não se tenham conseguido entender. "Esta situação é tanto mais singular quanto as orientações políticas e os programas eleitorais desses partidos não se mostram incompatíveis, sendo, pelo contrário, praticamente convergentes quanto aos objectivos estratégicos de Portugal."

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Comentários
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  • Álvaro de Jesus
    25 out, 2015 Porto 15:23
    Só se pode compreender que não tenha sido possível esse entendimento entre os Partidos Europeístas, se dermos crédito ao que corre nos bastidores, sobre a obsessão de o Dr. António Costa querer ser PM. A ser isto a Verdade desse Dr., então os tempos que aí vêm serão mesmo de absoluta dificuldade, e direi eu que PORTUGAL não merece sofrer por tal obsessão. Ao dizer PORTUGAL, estou a referir-me o seu POVO, a todos Nós.
  • jcosta
    24 out, 2015 viladoconde 16:53
    parabéns sr presidente.....falou com muita coragem,muita verdade....quem ganhou eleições ,governa ....quem perde vai para a oposição.....mas costa para sobreviver no partido socialista,quer tomar o poder de assalto......uma vergonha costa ...traiçao a antonio seguro....agora mais grave ainda traiçao ao povo que votou nele...e a todos os portugueses.....crise com um responsável....antonio costa
  • Temos aqui
    23 out, 2015 port 17:18
    Um mau exemplo daquilo que não poderá haver mais na presidencia da republica! nas proximas eleições presidenciais há que sacudir os candidatos que são semelhantes a este personagem! Presidencia da Republica tomada por esta direita é sinal de instabilidade de regime! Aliás, basta conhecer os antecedentes desta gente, e os do Cavaco, têm andado por aí a passar e não são bons!...deu o que deu!
  • Estou curioso
    23 out, 2015 pt 17:13
    Para saber quem serão as "sumidades", que irão aceitar ser ministros e secretários de estado, por uma semana!...A tentação desta gente da direita pelo poder, é tanta, que até aceitarão, só para efeitos curriculares! Este "governo" que aí vem deve ser uma maravilha em "competências"! Já ouvi dizer que os imbermes "assessores", dos gabinetes ministeriais, tropa de choque, do chefe e do seu acólito irrevogável, aceitarão aqueles cargos!...
  • inconsistente
    23 out, 2015 lx 17:11
    É esse Anibal, presidente da direita radical! Ele é o grande responsavel e aquele que menos cumpriu e fez cumprir a Constituição, que jurou defender! Chega ao fim do seu mandato como sendo o pior dos presidentes da Republica, em regime democratico!
  • Alentejano
    23 out, 2015 Évora 13:19
    É verdade, que o PS tem ansia de poder. E o PSD e CDS, não? Ontem era só elogios de altos dirigentes destes dois partidos ao PS. Estão em pânico. Espero que a coligação de esquerda resulte e se isso acontecer a direita estará muito tempo afastada do poder. Esmifraram as pessoas durante 4 anos e apenas tiveram coragem política para cortar salários, reformas e aumentar impostos. O que fizeram relativamente á agregação de municípios, o que fizeram em relação ás Fundações e Observatórios. Nada! As tais gorduras de que falava o Pedro, eram salários e reformas. E com isto tudo aumentaram a dívida pública em 30 mil milhões de euros. Rua! Quanto mais depressa, melhor!
  • Isabel
    23 out, 2015 Almada 12:57
    Comentários para quê??????? Deste sujeiro já nada me surpreende. Eu teria vergonha de o ter na minha familia, visto que irá ficar na historia como sendo o PIOR presidente. E não é certamente o presidente de todos os portugueses, pelo menos eu não o considero como tal. Visto não ter votado nele. Não foi bom ministro das finanças, não foi bom 1º ministro NUNCA poderia ser um bom presidente . Não ouvi o discurso porque assim que ele começa a falar seja na televisão ou radio eu mudo imediatamente de canal
  • Se repararmos bem...
    23 out, 2015 Lis 10:44
    De direita ou de esquerda, quem é que acha que Cavaco Silva foi um bom presidente???? Não conheço ninguém! Já todos ouvimos altas individualidades da nossa praça, até convictos de direita, a chamarem nomes feios a Cavaco Silva. Não chegando a tanto, mas eu sou mesmo abrigada a concordar com o James - Ao Dr. Cavaco Silva deveria ser atribuído o cognome de " o inútil".
  • NUno
    23 out, 2015 Aveiro 09:16
    Diz-se que o Costa vendeu-se barato,concordo...mas e a quem se vendeu o Passos e o PSD para ganhar estas eleições e as anteriores?! A um Portas que so quem quer ser cego e não ver é que não percebe que estamos perante um dos politicos mais corruptos que senta o traseiro na assembleia...sou jovem, não passei pelo 25 de Abril, mas não quero acreditar que as 2 gerações acima de mim, combateram pela liberdade para que mimados, sim é esta a expressão, meninos mimados (autêntica canalhada), governarem um povo que ja passou por tanto, e continua a passar, não defendo nenhum deles, PS,PSD, BLOCO, PCP,etc; so querem uma coisa cada um deles, servir os seus interesses pessoais e de 1/2 dúzia de empresários em Portugal, e o POVO continua a definhar...enfim...
  • antonio casmarrinha
    23 out, 2015 grandola 09:14
    a decisão do Srº PR , sendo constitucional e injustificada uma vez que o Srº 1º Ministro teve 15 dias para apresentar um acordo e não o conseguiu. A posição sobre o BE e o PCP , e um claro desrespeito por cerca de um milhão de portugueses que elegeram livremente os seus representantes na AR, pois estes são para o SrºPR deputados de segunda. O Srº PR desrespeitou claramente a CONSTITUIÇAO DA REPUBLICA que jurou defender quanda da tomada de posse: -D

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