22 out, 2015 - 10:45
O PS não revela os detalhes de entendimento com Bloco de Esquerda e o PCP, porque “negociar responsavelmente não é negociar na praça pública”, mas faz questão de responder à questão deixada pelo presidente da CIP, na Renascença.
“Deixe-me dizer-lhe que entre portugueses não há água e azeite, não há misturas porque somos todos portugueses e todos os portugueses valem o mesmo”, afirma Porfírio Silva, secretário nacional do PS, também entrevistado esta quinta-feira pela Renascença.
O presidente da CIP - Confederação Empresarial de Portugal, António Saraiva, desafiou o PS a tornar públicas as bases do acordo que está a negociar com o Bloco de Esquerda e o PCP. “Há aspectos que a todos importaria saber: como é que se vai juntar a água e o azeite nesta provável coligação”, questionou.
O presidente da CIP preferia também saber “já” o que tem estado a ser negociado, uma vez que se trata de “uma ligação entre partidos completamente diferentes, em termos do papel na Europa e do papel no mundo”.
Porfírio Silva sublinha que “o PS tem estado a respeitar o critério político determinado pelo senhor Presidente da República” e “não se coloca à frente dos passos definidos” por Cavaco Silva.
“No momento certo, responderá com inteireza, claramente, a tudo o que seja necessário, mas não vamos atropelar o processo institucional”, garante ainda.
Esta quinta-feira à noite, há reunião da Comissão Política do Partido Socialista.