29 out, 2015 - 18:39
O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, diz que uma eventual moção conjunta - com PS e Bloco de Esquerda (BE) - de rejeição ao Governo não foi ainda discutida nas reuniões à esquerda.
Tal questão, indicou o líder comunista, "nunca esteve presente nas reuniões bilaterais" feitas com outras forças políticas à esquerda, nomeadamente PS e BE.
Jerónimo de Sousa falava na sede do PCP, em Lisboa, no final de um encontro com a Federação Nacional dos Professores (Fenprof).
Questionado sobre o porquê de não se apresentar uma eventual moção conjunta, o secretário-geral do PCP devolveu: "E porque não uma moção separada?".
Antes, o BE, pelo líder parlamentar Pedro Filipe Soares, demonstrou "disponibilidade" para uma moção conjunta.
Em declarações aos jornalistas no Parlamento, citadas pela TVI 24, o bloquista diz haver a "possibilidade real" de tal suceder: "Temos ainda tempo para o fazer. Diz o regimento que a moção de rejeição deve ser apresentada nos dias do debate [do programa do Governo, a 09 e 10 de Novembro]. Falta mais de uma semana até lá, por isso temos tempo para fazer uma boa moção de rejeição", afincou.
Jerónimo de Sousa foi também questionado sobre o ponto das negociações com o PS, nomeadamente em torno da devolução ou não de rendimentos (salários e pensões) aos portugueses, e realçando que esse é um ponto "importante" reiterou que em prol da "honestidade e seriedade" das conversações não é ainda altura de detalhar um eventual acordo.
"Estamos a discutir a necessidade de medidas urgentes que reponham aquilo que foi cortado aos trabalhadores, reformados, empresários. Como é que chegamos lá? É este o ponto em que nos encontramos", sustentou.