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Governo com os dias contados

30 out, 2015 - 00:13 • Eunice Lourenço

Os próximos passos depois da posse e as opções do Presidente da República.

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O novo governo tem os dias contados, mas tenta dar alguns sinais de que é um Governo a sério. Por um lado, com a criação do Ministério para a Modernização Administrativa, entregue a Rui Medeiros, professor de direito administrativo e constitucional. Por outro, com a elevação de novo da Cultura a Ministério, agora a cargo de Teresa Morais, que foi secretária de Estado dos Assuntos Parlamentares e da Igualdade.

São duas decisões que querem dar o sinal de que a coligação aceita propostas e ideias do PS, mas que não chegam para salvar este XX Governo da rejeição anunciada por todos os partidos da esquerda.

A rejeição deve confirmar-se no dia 10, último dia do debate do programa de Governo. Por essa altura, o PS irá revelar o seu acordo – ou acordos – com os partidos à sua esquerda. Isto se o debate começar mesmo no dia 9, o que só acontecerá se o Governo entregar o programa até sexta-feira, dia 6.

A confirmar-se a rejeição do programa de Governo no dia 10 essa é a forma mais fácil e rápida de derrubar um executivo. E a bola volta para as mãos do Presidente da República, que deve reiniciar todo o processo, voltando a ouvir os partidos.

Cavaco Silva terá, então, basicamente, três opções: nomear António Costa para formar Governo, não nomear ninguém e manter o Governo em gestão ou escolher um terceiro nome – que não Passos Coelho nem António Costa – para tentar construir consensos e formar Governo.

Há ainda uma quarta hipótese, mas mais improvável: uma revisão extraordinária e cirúrgica da Constituição que torne possível a convocação de novas de eleições antes de Abril.

Comentários
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  • Ao José Soares Pinho
    30 out, 2015 Lis 10:06
    Cuidado, sabe que dentro de casa podemos andar a discutir uns com os outros, mas para fora, os nossos, são sempre os melhores do mundo. Entende? E por muito distante que algumas fações de esquerda sejam, em determinados pontos, sempre são melhores que qualquer direita, para quem é ideologicamente de esquerda. Ainda vos pode sair o tiro pela culatra, com novas eleições (das quais eu sou claramente a favor), porque se Portugal ainda não tinha percebido a importância do voto útil, agora já está muito claro.
  • Observador
    30 out, 2015 Fnc 09:24
    Por vezes é imperativo alterar a praxis, quebrar com a tradição, o paradigma é outro no contexto actual, não faz sentido nomear uma força minoritária para formar governo sabendo-se que este será de imediato derrubado no parlamento. Há três forças políticas na ala esquerda maioritária que em conjunto ou individualmente apresentarão sem sombra de dúvida uma moção de rejeição a este governo a empossar ainda hoje. A disciplina de voto que a coligação de direita espera ver quebrada não o será, nem pelo PS, BE ou CDU, o que significa dizer que nas actuais circunstâncias esta nomeação é um exercício perdido.
  • José Soares de Pinho
    30 out, 2015 Gafanha da Nazaré 09:05
    Como jáo houve mais do que um referendo sobre determinadas questões, gostaria que se realizassem novas eleições, para averiguar se os que votaram em determinados partidos ou coligações, mantêm a mesme intenção, depois de serem traídos com estes casamentos de conveniência.
  • 30 out, 2015 Alverca 08:39
    Presidente vai engolir um sapo do tamanho dum crocodilo.

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