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Entrevista à Renascença

Paulo Macedo: "Vou voltar ao sector privado"

30 out, 2015 - 17:20 • João Carlos Malta

O ex-ministro da Saúde falou à Renascença no final da tomada de posse do novo Governo com um desafio no mundo empresarial em mente.

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Chegou à pasta da Saúde com a aura de ser bom de contas. Paulo Macedo esteve quatro no Governo e sai com o sentimento de dever cumprido.

Em entrevista à Renascença no final da cerimónia de tomada de posse do novo Governo, Paulo Macedo defende que governou num período excepcional e que deixa o ministério melhor do que o encontrou.

Como é que avalia os quatro anos que passou no Governo?

O balanço dos quatro anos é extremamente positivo face às circunstâncias. Encontrei um Serviço Nacional de Saúde (SNS) sob ameaça de cortes de fornecimentos, um corte decidido de 2010 para 2011 de 12% no orçamento da saúde, que é uma coisa inimaginável e que, na altura, parece que ninguém que deu por isso.

Houve também a vinda da troika e nós conseguimos fazer face a essa situação com medidas e políticas de saúde, e com os dirigentes da saúde, para criar uma política assistencial. Para um menor número de portugueses temos mais cuidados de saúde, mais cirurgias.

Conseguimos resgatar o SNS dos credores, temos hoje uma dívida muito mais controlada e uma solvência maior das unidades de saúde, apesar dos inúmeros problemas que continuam a existir. O sistema é agora mais sustentável. E conseguimos melhor qualidade e criar pontes para o futuro, como são os centros de referência.

Sente que cumpriu a missão?

Face às condições que eram atípicas e extraordinárias e não eram comparáveis com nenhuma outra situação nos últimos 40 anos de governação, a missão foi cumprida. Mas é preciso haver possibilidade na área da saúde de continuar a construir. Como noutras áreas.

Fala-se sempre da força das corporações na saúde. Ganhou essa guerra?

Precisamos de pôr a saúde dos portugueses em primeiro lugar. As corporações têm o seu lugar, mas, quando falam e quando o fazem, têm de saber que estão a defender os interesses das corporações e não dos portugueses.

Politicamente, é um adeus ou um até já?

[risos] Agora, vou regressar ao sector privado, onde também se serve bem o país.

Comentários
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  • Claro!
    01 nov, 2015 lx 17:45
    Agora vai usufruir do que sacou ao SNS (Serviço Nacional de Saúde), com as ditas "poupanças", em favor dos seus amigos privados! Não esquecermos que ainda ontem vinha uma notícia sobre os milhares de milhões que o sector privado conseguiu arrecadar (enfrentaram bem a crise), durante os 4 anos em que este sr esteve à frente do ministério da saúde! Está tudo dito! Quem se tramou? Aqueles, que morreram nas urgências e estiveram amontoados nos corredores dos hospitais à espera de serem atendidos! E ainda por cima, tratados com a ironia daquele meio pêlo, que agora foi empossado para substituir este, no novo governo! Esta cambada anda a gozar connosco! Basta!
  • PC
    30 out, 2015 Oeiras 22:21
    Grande competência. Só foi pena ter estado 4 anos, porque os problemas de um ministério com a importância da Saúde precisa de pelo menos 2 mandatos (8 anos), no mínimo, para por a funcionar bem em quase todos os aspectos, mas isso só com grande competência como a do Dr. Macedo.
  • Manuel
    30 out, 2015 Lisboa 22:11
    Do melhor que este País tem, certamente não terá dificuldade alguma em encontrar colocação quer seja no público ou no privado. Bem haja Dr. O País deveria estar agradecido ao que fez pelo sector da saúde (e sei do que falo)
  • herminio santos
    30 out, 2015 ovar 21:36
    não entendo com tanto desemprego como um ministro despedido encontra "emprego" no privado
  • Panzerav
    30 out, 2015 Parede 21:19
    Tipos destes, com este aspecto, maus e feios, só devem estar Muito LONGE da Saúde. Um "ministro" que pugnou...pela doença das pessoas; Não pela saúide.
  • Joel
    30 out, 2015 V. Real 20:54
    A única coisa q o desculpa um pouco foi a fase q o pais atravessa com grande contenção orçamental. Ainda assim esperava muito mais. Pode ter feito muito, não duvido, mas a falta de médicos e enfermeiros, a falta de qualidade dos serviços prestados nos hospitais, concluindo pelo divisionismo cada vez maior entre os serviços de saúde públicos e privados... Demonstrando q existem cada vez mais servicos se saúde para ricos e para pobres.
  • bernardo
    30 out, 2015 ervideira 20:38
    A máfia da Banca espera-o.Não se esqueçam que este artista foi um dos braços direitos do jardim gonçalves, o tal da opus dei com aureola e tudo.
  • povinho
    30 out, 2015 zé 20:10
    Já preparou o terreno para agora mamar no privado. Políticos é tudo uma cambada de ladrões.
  • Bernardino Durães
    30 out, 2015 Barcelos 19:55
    É ESCUSADO FALAR? COMO TINHA FEITO O ARRANJINHO ENQUANTO MINISTRO DO DESGOVERNO PSD/CDS PP, NÃO IRIA ACEITAR FICAR A TRABALHAR EM TRABALHO PRECÁRIO E A PRAZO DESTE GOVERNO HOJE EMPOSSADO PELA MÚMIA!
  • jcr
    30 out, 2015 Lisboa 19:45
    O Dr Paulo Macedo, pertenceu à administração de uma empresa onde eu tambem exerci funções. Sei que é um grande profissional . É o único ministro do governo cessante, que eu gostaria de ver em futuro governo . Por onde tem passado tem deixado um bom serviço. Não tenho procuração nem cartão de militante, só para que conste.

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