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Portas. Qualquer tentativa para chegar ao poder "na secretaria" está "ferida de ilegitimidade

31 out, 2015 - 01:05

Líder centrista reafirma que "não é uma questão de legalidade, mas de legitimidade".

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O vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, diz que qualquer tentativa da esquerda para chegar ao poder "na secretaria" estará "ferida de ilegitimidade desde o primeiro dia".

"O que está em causa é saber hoje se o voto dos portugueses prevalece face a tentativas de secretaria, como no tempo do PREC (Período Revolucionário Em Curso) havia quem dissesse que a legitimidade revolucionária se sobrepunha ao voto", vincou Paulo Portas.

O líder centrista disse que "não é uma questão de legalidade, mas de legitimidade" e que "se querem tentar na secretaria chegar ao poder, [tal Governo] estará ferido de ilegitimidade política desde o primeiro dia".

Portas justificou ter tomado posse porque a coligação ganhou as eleições e o PS perdeu e essa é a regra em democracia.

"Sem maioria absoluta e, por isso, a coligação entendeu que deve governar e procurar compromissos em diálogo com o maior partido da oposição", porque foi esse o sinal que o eleitorado deu.

Para Portas, os resultados das eleições legislativas de 4 de Outubro passado transmitiram um sinal de continuidade, "porque os portugueses disseram que não querem mais aventuras com o défice e com a dívida", e de evolução, no sentido de uma política realista e gradualista de recuperação de rendimentos.

Salientando que "mais de 80% dos deputados eleitos acredita no projecto europeu", o líder do CDS disse que "muitos portugueses estranham o que está a acontecer e temem o impacto negativo e as consequências económicas" que daí possam advir.

Paulo Portas, que falava no primeiro jantar do CDS após as eleições, para dar posse à concelhia da Feira do partido, referiu-se ainda às "negociações muito pouco públicas" entre o PS, PCP e BE, para lembrar António Costa de que afirmou que só bloquearia um Governo da coligação se conseguisse transformar a maioria negativa no parlamento em maioria positiva de executivo.

Portas questionou, por isso, onde estão os sinais consistentes de estabilidade e duráveis para tal, sublinhando as diferenças acentuadas entre o PS e o PCP em matérias como o Tratado Orçamental, as metas do défice ou mesmo a presença no euro.
Comentários
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  • tudo o que este
    01 nov, 2015 pt 18:56
    personagem tem dito ao longo da sua vida politica e não politica merecia ser compilada num anedotário! Efectivamente é como um camaleão! Veste a côr que melhor se adequa ao tempo em que está! Se analisarmos os discursos, as tomadas de posição e os actos praticados, concluiremos por uma incoerencia desmedida e uma acentuada pratica inserida na intriga, na suspeição e na insinuação! São atributos que fazem parte do ADN deste figurão! Ele joga com o tempo e com a memória curta de muita gente!...
  • Quantos milhares?
    01 nov, 2015 lis 14:44
    de fotocopias de documentos comprometedores, vai, este irrevogavel, fazer numa noite, antes de deixar a "secretaria" da sua zona de conforto?...
  • As sete vidas
    31 out, 2015 lx 23:54
    de um camaleão politico!
  • Ó Paulinho
    31 out, 2015 Lx 19:24
    Estás aflito? Vais perder a imunidade? Evora espera por ti!
  • Este intriguista
    31 out, 2015 Lis 19:14
    Não se conforma em ser corrido do poder! Já não se lembra do que disse ao seu chefe Passos Coelho em campanha eleitoral de 2011. A maioria no parlamento é que define quem governa! Tudo o resto são tretas e desabafos de quem perdeu 700 mil votos e 26 deputados! Basta de tanta areia para os olhos! Resumam-se agora à vossa minoria dêem lugar a quem tem maioria para poder governar e sejam democraticos!
  • Vermelhão
    31 out, 2015 Évora 14:05
    Já estive mais preocupado com o meu Benfica. Acho que com um bocadinho de sorte e engenho vamos conseguir ficar em 2º lugar e portanto, vamos ser campeões. Basta para isso, que com o 3º classificado consigamos somar mais pontos que o 1º classificado, o que não vai ser muito difícil.
  • Observador
    31 out, 2015 Fnc 11:53
    Tem tanta legitimidade como têm as forças à esquerda do parlamento para derrubar o governo desta coligação, nem mais nem menos! A esquerda não está a usar há qualquer tentativa de chegar ao poder através de meios ilegítimos, deixe-se de demagogia, de retórica, de jogar com a inteligência das pessoas, a esquerda está a optar por uma das premissas que a democracia admite, consagrada na lei fundamental e que se traduz na tradução prática da vontade de uma maioria, que no presente caso tudo indica está apostada em derrubar este governo de coligação com fim anunciado. A isto se chama a democracia a funcionar! Nem mais nem menos!
  • Antonio Cruz
    31 out, 2015 Coimbra 11:41
    E essa falta de legitimidade que eu considero ter havido em toda a governação anterior. Ou seja menos de 10% dos votos acabaram por decidir a forma como fomos vítimas de um governo, nos últimos anos...
  • Gabirú
    31 out, 2015 Caldas 10:46
    Legitimidade é o que tu não tens, és irrevogável e mentiroso, etc (e ficamos por aqui)! Zarpa enquanto é tempo, porque muito provávelmente vais ser apertado e engavetado (cas o PS chegue ao poleiro), esse é o teu verdadeiro medo!
  • Pedro
    31 out, 2015 Lisboa 10:26
    Está a dizer que qualquer tipo de acordo parlamentar é ilegítimo ?

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