Marques Mendes. “Só não há Governo à esquerda se não houver acordo"

Meus Caros. Eu estou absolutamente ciente de que o Governo da Coligação vai cair. Assim como estou ciente de que o Prof. Cavaco Silva chamará António Costa para governar. Estaremos cá para ver o resultado de um Governo PS, com o apoio de BE e PCP. Cada um de nós, de acordo com a sua perspectiva e a sua simpatia pessoal por uns ou outros, aguardará o sucesso ou o colapso desta solução. Chegados a este ponto, e sendo eu frontalmente contra a permanência de Passos Coelho num Governo de gestão, teremos de extremar as posições e tirar "a prova dos nove". Não há alternativa. Portugal tem de perceber quem é quem, quem garante o quê, quem salvaguarda melhor as pessoas, quem as atira para o abismo, etc. Temos de ver Costa em acção e aquilo de que é capaz. E, ACIMA DE TUDO, COMO É QUE SE FAZ A ARTICULAÇÃO COM AS REIVINDICAÇÕES DO PCP. Nunca subestimem a seriedade de Jerónimo de Sousa e a fidelidade do Partido Comunista Português a um ideário comunista que é dos mais puros e autênticos do marxismo-leninismo. Portanto, Costa terá mesmo de fazer a "quadratura do círculo". E nem me passa pela cabeça que Costa não governe. Eu, pessoalmente, ficaria muito aborrecida se não fosse dada a Costa a hipótese de governar. Garanto-vos! Não estou a ser boazinha, não se iludam. Quero, exijo que ele seja posto à prova. E, já agora, por favor não me mudem o género :-). Eu sou uma mulher :-).

Ao Calma mas... - Muito bem comentado! É isso mesmo! Esta coligação PSD/CDS já era...!...Má gestão de "pontes", prepotência exacerbada, autoridade descredibilizada...enfim...não têm hipótese..., principalmente contra uma esquerda suficientemente unida, inteligente, e a atuar com ponderação e tato. Se, como já muitas pessoas creem, a esquerda começar a apresentar resultados efetivos, e não resultados iguais aos da coligação Paf, que estão constantemente a ser descredibilizados, o que já é ridículo... a direita tão cedo não vai regressar ao poder.

A situação histórica que se vive, quanto a uma união dos partidos de esquerda, em torno de compromissos governamentais, é um cenário, que para a direita radera inimaginável! Nem o PR de alguns portugueses, Aníbal Cavaco, a teria analisado nos seus cenários, quando afirmou estarem todos contemplados! A ser possível como está cada vez mais evidente, é uma situação imparável! só se a esquerda fosse estúpida, é que deixaria perder uma oportunidade que levou 40 anos a concretizar-se! Basta cumprir no mínimo o que for acordado e que os portugueses comecem a sentir que, efectivamente há grandes diferenças, entre a esquerda e esta direita radical coligada, (que subverteu muitos dos valores da social democracia e da democracia cristã), nas varias vertentes sociais, para que a direita se mantenha em minoria por muitos anos! Por outro lado, os sinais ténues mas existentes, de uma alteração das politicas na União Europeia, nomeadamente quanto aos partidos da família social democrata e socialista, conjugados com as futuras eleições em Espanha, serão catalisadores para que para já, o futuro governo de esquerda em Portugal, tenha condições, para se manter durante uma legislatura! A seguir iremos assistir a um desmembramento da dita coligação de direita e ao inicio da fuga de muitos "ratos" que irão abandonar o navio, ou por falta de estarem no poder, ou por cobardia, aliás o que já é visível na formação do actual governo! Passos Coelho irá ser “preterido”! Falta-lhe estratégia e coordenação

Outro traidor, que está a cuspir no prato onde comeu. Já não existem pessoas crediveis. Pouca vergonha, devias enfiar a cabeça na terra.

Quando tudo corre bem, os interesses unem-se. Quando tudo começa a ruir, os interesses afastam-se, e começam as acusações. PSD e CDS vão afastar-se, e a coligação vai acabar de vez, assim vaticino eu. A esquerda, que está a trilhar um caminho inovador, inteligente e moderado, se calhar ainda vai ter o "cumprimento" do Paulo Portas, lembrando que "irrevogavelmente" não concordava eu muitas coisas com o Passos Coelho... Vamos esperar para ver.

Só não há outro comentador, porque ninguem está interessado em sê-lo.

Nem Passos Coelho, nem Paulo Portas se têm mostrado zangados com a vida. Nomeadamente Passos Coelho tem demonstrado uma calma olímpica. Aguardou o convite do Sr. Presidente da República, formou o seu Governo e vai apresentar um programa que procurou aproximar do programa do PS. Passos Coelho não anda nem nunca andou "aos bonés", e quando foi por demais evidente a má-fé e a chacota de Costa, pura e simplesmente, ao seu bom estilo de transmontano de gema, Passos Coelho colocou um ponto final em conversas de fachada. Não obstante, a sede de poder de Costa fará com que o Governo da Coligação seja derrubado. Todos o sabemos. A estratégia que se segue e que seguramente já está mais do que pensada e delineada, não passa por nenhum cenário de dissolução da Coligação que, acredito, está mais sólida e solidária do que nunca. O estádio seguinte será o "entrincheirar" na oposição, e deixar que Costa e o PS provem do próprio veneno. Ou seja, que mostrem o que é governar na EXCLUSIVA DEPENDÊNCIA de BE e PCP. Chegados a esse ponto, o PS não contará em circunstância nenhuma, acredito, com o apoio da Coligação para o salvar das mão de bloquistas e comunistas. E Costa terá de "beber até ao fim a taça de cicuta que arranjou". A Coligação, UNIDA, aguardará o colapso desta frente de esquerda sem cola possível (porque a não tem, por mais que Costa e Catarina tentem convencer que sim) e disputará as próximas legislativas com ENERGIA REDOBRADA. A Coligação vencerá com maioria absoluta.