02 nov, 2015 - 16:27
Dizem-se apartidários e opõem-se a um Governo PS viabilizado à esquerda. O Movimento Compromisso Democrático foi criado por jovens e entregou esta segunda-feira, na Assembleia da República, um manifesto que conta com duas mil assinaturas.
Está agendado um cordão humano para a próxima quarta-feira, dia 4 de Novembro, que pretende assinalar que “ainda há tempo” e “não está tudo decidido” em relação ao acordo de Governo, afirmou à Lusa o porta-voz Tomás Almeida.
O movimento de cidadãos pretende fazer uma ligação, que “partirá em forma de estrela da Assembleia da República”, em direcção às sedes do PS (Largo do Rato), PSD (São Caetano à Lapa) e CDS-PP (Largo Adelino Amaro da Costa), em Lisboa.
Pedem um entendimento entre PSD, PS e CDS para o Governo. "Não acreditamos em soluções que em duas semanas sanam 40 anos de divergências doutrinárias profundas, da mesma forma que recusamos divisões artificiais entre partidos e programas que não diferem nos compromissos essenciais assumidos por Portugal", diz o manifesto.
“Aquilo que defendemos é que há mais em comum entre os programas do PS, PSD e CDS do que haverá entre o programa do PS e os partidos à esquerda do PS”, vinca Tomás Almeida, acrescentando que o movimento procura “compromissos em nome do bem comum e respeito pelas instituições democráticas”, como o Parlamento.
Segundo Tomás Almeida, o movimento nasceu há cerca de 15 dias de um conjunto de pessoas, entre os 20 e os 30 anos, “que não se reviam no clima de crispação e de divisão que se vive actualmente”.
"A leitura que fazemos do resultado das eleições, suportada pelos programas eleitorais dos partidos, é a de que a maioria dos portugueses quer um caminho de responsabilidade nas contas públicas, moderado por uma maior preocupação com o combate às desigualdades e à pobreza", lê-se no manifesto do movimento.