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João Duque. “Não há volta a dar. Se aumentarmos a despesa pública, temos que subir os impostos"

02 nov, 2015 - 09:33

O economista diz que medidas como a reposição de salários da Função Pública e o fim da sobretaxa do IRS em apenas um ano podem implicar “uma perda de receita que pode chegar aos 3.600 milhões de euros”.

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O economista João Duque considera que para que o programa de esquerda seja cumprido, sem que se comprometa a subida do défice, é necessário que se pensem em medidas para o aumento da receita pública.

A reposição de salários da Função Pública, o fim da sobretaxa do IRS em apenas um ano, a descida do IVA na restauração são algumas das medidas que o governo de esquerda pode vir a promover, segundo a comunicação social.

João Duque afirma que isso pode implicar “uma perda de receita que pode chegar aos 3.600 milhões de euros”.

Para colmatar essa quebra de rendimento público, é necessário que se pensem noutras soluções para gerar receitas. “O total destas medidas tem que ser compensado, aumentando os impostos ou fazendo-se uma redução das despesas. Ainda assim, é uma coisa difícil acontecer, uma vez que já temos cortado bastante”, afirma.

Para o professor catedrático, no programa socialista já estavam previstos alguns “efeitos de compensação a estas medidas, tais como o imposto sobre sucessões e doações ou até sobre os rendimentos mais elevados da sociedade portuguesa, por via do IRS”.

A porta-voz do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, revelou, no fim-de-semana, que já há acordo para a o “descongelamento” das pensões. Ainda assim, João Duque diz que Martins foi “limitada na informação que deu, porque só falou das pensões mais baixas”, quando "a questão é saber onde aumentam”.

O efeito no fim dos cortes das pensões pode rondar os 250 milhões euros, de acordo com a última estimativa apresentada pelo economista.

Comentários
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  • Aida Vasconcelos
    06 nov, 2015 38&5 Esmoriz 13:54
    É triste é muito muito preocupante. Já está vamos a recuperar e agora? Vamos entrar de novo em recessão? Como vamos continuar a investir se por tradição esses partidos de esquerda hostilizam os empresários, apelidando-os de exploradores, para além de q as leis laborais são. altamente penalizadoras ? Pelo sim pelo não vamos deixar tudo em stand. by.,
  • para zéribeiros
    03 nov, 2015 açorlindo 10:39
    Oh Zé ribeiro muda de discurso que este já está muito repetitivo, o cd está riscado, mete este cd para o lixo. O que este país precisava era de produzir, mas muitos dos grandes detentores de riqueza metem o seu dinheiro nos ofshores, haver menos corrupção, mas como estás incluído numa europa, tu nunca vais passar de um portugueszinho, sempre mais baixinho que os outros. É com esta mentalidade da treta que muitos iguais a ti têm que este país é um triste como se vê, sem dignidade, sem pátria, subjugado a esta europa. Olha vai plantar batatas para produzires mais, mas vende estas a preço mais baixo que aquelas que vêm dos outros países para ficares com a batata a apodrecer. Oh pá cala-me esta boca que não dizes nada. O dinheiro dos, o dinheiro dos outros, o dinheiro dos outros.... Esta já cansa, muda de cd
  • Miguel
    03 nov, 2015 Lisboa 09:29
    Não é preciso aumentar impostos... basta fazer como a Grécia fez... exigir mais dinheiro da europa e afins... e já está..... Depois quem vier a seguir que resolva o problema de uma divida ainda mais insustentavel... hahahahahaha Entretanto o povo fica feliz !!!!!
  • Este personagem
    02 nov, 2015 lis 18:26
    Só aparece de vez quando, para dar umas lapaliçadas...O Correio da manha, hoje trazia na primeira pagina, que os funcionarios publicos "contribuiram" com 5 mil milhões, para a "crise"!...Tudo dito! Para onde foram?...
  • Zé Ribeiro
    02 nov, 2015 Freixelas 15:02
    Oh, Sr. Luís Duque! Lá na taberna onde a Catarina aprendeu economia, as contas não se fazem assim... que foi mais ou menos o mesmo que aprendeu o Socretino no restaurante Papa Açorda: Primeiro gasta-se o que não se tem; depois pede-se mais emprestado a quem quiser emprestar e, quando estiver a chegar o momento em que a gaveta fica vazia, deixa-se governar alguém que pague as contas!!!
  • Alberto Martins
    02 nov, 2015 Lisboa 12:29
    E isto como se chama? "Estado é accionista maioritário do banco com sede no Funchal desde 2012, ano em que injectou 700 milhões de euros. "Fundo imobiliário gerido pelo Banif à beira da insolvência com 26 milhões de dívidas." O Estado pode não recuperar o dinheiro que injectou no Banif. A Lei permite vender o banco com prejuízo. Segundo as condições do contrato celebrado com o banco, os 700 milhões de euros injectados em acções deveriam ser recuperados pelo tesouro, com juros, no entanto, o Estado poderá fixar um preço diferente e a posição poderá ser alienada abaixo deste valor, segundo avança o “Jornal de Negócios”. Estes senhores gurus da economia só vêm gasto e despesa nas pensões e nos salários. Então os BPN, os BES, os Banif, os BCP e outros pelos quais estamos a pagar juros usurários dos 12 mil milhões do resgate da troyka reservado aos bancos? Cambada de mentalmente vendidos estes gurus...
  • Eduardo
    02 nov, 2015 Almada 12:10
    Sr. Economista, se TODOS os portugueses sofrerem cortes de forma equitativa, se TODOS os portugueses pagarem impostos de forma equitativa, estamos de acordo.
  • CAMINHANTE
    02 nov, 2015 LISBOA 12:07
    Ai há alternativas há... só que não querem tocar onde deveriam tocar ( cá dentro do País)... o Merkelianismo não é solução para o desenvolvimento da Europa e bem estar dos seus cidadãos, na globalidade... estamos num regime ao estilo dos Sovietes ... caminho único sem discussões admitidas... e saque à classe média ... mantendo uma Nomenklatura intocável e cheia de regalias... quanto a taxar mais os depósitos a prazo ( que já rendem a nível zero)como diz por aqui um comentador é um total disparate sob o ponto de vista económico-financeiro e agravamento de toda a situação - já temos um nível muito baixo de poupanças e disparar o consumo é um perigo. Há cada "marmelo" ...
  • Eduardo
    02 nov, 2015 Almada 12:04
    Muito bem, de acordo. Para começar, reduziremos o seu salário para metade. Vai ver como os impostos baixam logo...
  • Luis
    02 nov, 2015 lisboa 12:02
    O que interessa agora é ajudar os 3 milhões de pobres e os 1,5 milhões de desempregados.

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