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Os mercados são cada vez mais poderosos. A democracia está em risco?

05 nov, 2015 - 12:55 • João Carlos Malta

“Rating”, mercados e investidores nunca estiveram tão presentes na discussão pública. Até nos discursos do Presidente sobre o novo Governo eles apareceram. Num país que gera défices, logo dívida, o financiamento é fulcral. A conta a pagar é o poder crescente de quem empresta dinheiro. Isso tem consequências para a democracia? Respondem Eduardo Catroga, Basílio Horta, Ribeiro e Castro, Carvalho da Silva, Ricardo Paes Mamede e Octávio Viana.

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Será que os mercados toleram governos europeus que exijam a recuperação de rendimentos? E é isso legítimo? Nos últimos dias, a possibilidade de um governo PS, suportado à esquerda, agitou receios de que Portugal volte a estar na mira dos investidores. O Presidente da República referiu-se mesmo à percepção negativa dos financiadores de Portugal àquilo que chamou “de forças antieuropeístas”.

Ao indigitar Passos Coelho como primeiro-ministro, Cavaco Silva disse fazer parte das suas competências constitucionais, “tudo fazer para impedir que sejam transmitidos sinais errados às instituições financeiras, aos investidores e aos mercados, pondo em causa a confiança e a credibilidade externa do país”.

A questão mereceu amplo debate internacional, com vários órgãos de comunicação social de referência a falar no amplo conflito entre a democracia e a influência dos mercados que se trava na Europa, no qual Portugal é palco de uma batalha.

Eduardo Catroga, ex-ministro das Finanças e histórico dirigente do PSD, puxa de uma metáfora. “Às vezes, diabolizam-se os mercados, mas eles não são mais do que o sistema circulatório do corpo humano. Os mercados são instrumentos fundamentais. De vez em quando têm volatilidades, tal como há doenças no corpo humano. A doença manifesta-se nos corpos através da febre e nos mercados através da volatilidade do preço dos activos em função da taxa de risco”, compara.

Catroga insiste na imagem. “Não vamos condenar o nosso sistema circulatório quando há uma ingestão excessiva de álcool, como também não devemos condenar os mercados quando há acontecimentos internos ou externos que influenciam o preço do dinheiro ou de certos activos.”

“Os mercados são as pessoas”

Para o presidente do Conselho Geral e de Supervisão da EDP, Cavaco Silva tem a obrigação de chamar a atenção para o perigo de forças políticas que “ignoram a realidade económica do país”.

No entanto, há quem considere as palavras de Cavaco alarmistas e perigosas. Carvalho da Silva, ex-secretário-geral da CGTP, diz que houve imprudência de Belém ao passar para o exterior sinais que retiram “confiança e maturidade à democracia”. O investigador alerta para aprisionamento europeu “à lógica dos mercados e de poderes não credenciados [não eleitos]”.

Depois de quatro anos a liderar a agência de investimento externo (AICEP), o agora presidente da Câmara de Sintra eleito nas listas do PS, Basílio Horta, começa por reconhecer a importância dos mercados. Mas “isto não significa que se devam sobrepor à vontade das pessoas. Em democracia, a vontade do povo é que conta e não a dos mercados”. Se assim não for, o regime passa a ter outro nome: “oligarquia”.

A ideia sobre a negatividade de uma “oligarquia” do mercado é partilhada pelo centrista Ribeiro e Castro. Mas “os mercados são as pessoas. Resultam de todos os que aforram e aplicam as poupanças.”

Capitais móveis, estados imóveis. As consequências

Apesar da discordância sobre a forma e intensidade com que influenciam o poder, é quase consensual que os mercados têm influência real nas políticas dos governos. Que efeitos tem sobre a democracia?

O economista Ricardo Paes Mamede crê que são vários. A circulação de capitais alterou o poder negocial de cada um dos agentes económicos. As divisas “altamente móveis” conseguem mudar de país à procura de retornos elevados. Já os estados, ironiza, “são muito pouco móveis”, não andam a “mudar de país”. E os trabalhadores “têm maiores dificuldades de se mover de um país para o outro”.

As consequências, na óptica deste professor do ISCTE, são duas: “Uma pressão em baixa dos salários e uma tendência de pressão também em baixa nos impostos sobre os lucros e nas empresas”. “São raríssimos os casos na UE em que não houve uma alteração muito substancial das fontes de financiamento e os impostos sobre as empresas não tenham baixado ao mesmo tempo que [os impostos] sobre o trabalho e o consumo não tenham crescido. Isto é reflexo dos novos poderes negociais”, conclui.

Para alimentar os défices e as dívidas, os estados estão muito dependentes do investimento externo. Por isso, o poder político fica refém. “Parece que o papel fundamental de um governo é garantir que esse financiamento continua a estar disponível. Isto limita de forma muito significativa a democracia”, resume.

“O argumento de que os investidores externos não gostam desta ou daquela deliberação não pode ser aceite”, defende o autor de "O Que Fazer Com Este País" (2015).

Direita ou esquerda? Tanto faz, os tratados defendem os investidores

Na direita e noutros sectores da sociedade portuguesa a ideia de que os mercados e os financiadores não aceitariam um governo viabilizado pelos partidos mais à esquerda tem sido repetida. A ideia tem fundamento? Octávio Viana, presidente da Associação de Investidores e Analistas de Mercados de Capitais, põe ciência no tema.

“Há vários estudos académicos que têm mostrado que a mudança de um governo de direita para um governo de esquerda não produz grandes efeitos nas decisões dos investidores nem nos retornos dos mercados. Não é de esperar um impacto com essa troca”, diz Viana.

“Os mercados privilegiam a estabilidade e medidas políticas económicas que vão ao encontro daquelas que são as suas expectativas”, diz. Mas a estabilidade é igual se for de esquerda ou de direita? “Sim”. Porque são iguais? Isso não interessa ao líder dos investidores e analistas. Relembra que não são tão poucos os casos em que um partido com “socialista” no nome executa políticas de direita.

“A discricionariedade dos governos não é assim tão lata. Vivemos na Comunidade Europeia e temos regras muito rígidas. Vão-se adoptar políticas de esquerda ou de direita? Não é assim tão fácil. A não ser que se queira, como se fez na Grécia, criar grandes cortes com a Europa. Aí sim, poderemos ser penalizados”, define.

Ricardo Paes Mamede também não acredita que as “balas” dos mercados se direccionem para Portugal, caso António Costa seja indigitado primeiro-ministro. Mas deixa alguns conselhos. “Tem de haver uma enorme inteligência e cuidado sobre as coisas que se fazem e como elas serão comunicadas para o exterior. Mas não me parece que vá começar um ataque feroz por parte dos investidores internacionais. Fazer crer nessa tese é criar um clima de medo que não faz sentido.”

Decisão é política, mas tem de incorporar a vontade dos mercados

Mas se o economista pensa que o deve e haver das consequências da livre circulação de capitais poderá não estar a ter um resultado muito favorável para as economias mundiais, o especialista em mercados Octávio Viana considera que os investidores são árbitros que ditam regras de comportamentos entre países.

Não é um poder excessivo? “Não, quem decide ainda é poder político. Mas há que comportar o interesse dos investidores com as questões sociais e políticas. Portugal está a concorrer com outros países [na captação de investimento]. Temos de perceber o que oferecem e competir com eles, porque é isso que fará com que os recursos que estão alocados noutros locais venham para o nosso país”, sublinha.

“Se não queremos atribuir poder aos investidores, temos de viver com a nossa poupança interna”, diz Eduardo Catroga. “O caminho é então aumentar a poupança tradicional bruta”, que engloba famílias, empresas e Estado.

Caso contrário, segundo Catroga, se o financiamento da economia necessitar de investidores externos, o país tem captar investimento. E nesse caso, quem investe “tem 300 locais para investir”. Conclusão: não há poder dos mercados, o que existe é a “necessidade de recorrer a eles”.

Partilha de soberania ou transferência de poder para quem não é eleito?

Mas para chegar ao ponto em que os mercados passaram a dominar muitas das escolhas políticas foi preciso percorrer um longo caminho. Carvalho da Silva faz do Tratado de Maastricht um marco. “Foram aí confirmados os compromissos que colocaram na mão dos mercados muitos dos aspectos estruturantes do projecto europeu. Acho que isso é uma aberração total.”

O ex-líder da CGTP diz que nos últimos anos estamos a assistir a discussões que defendem que Portugal ao pertencer a um projecto comum (União Europeia) tem de partilhar poderes. Mas não existe democracia nesse processo, critica. Porquê? “Essa transferência é feita para os mercados.”

Ainda que assuma um certo desequilíbrio entre poderes, Ribeiro e Castro é taxativo. “Prefiro viver numa sociedade aberta do que numa sociedade soviética.” Já Basílio Horta, recordando os casos recentes em que o país teve de acudir a banca (BPN, BES, BPP), critica: “Estamos a sacrificar interesses relevantíssimos dos nossos povos a especuladores financeiros. Isso repugna-me muito.”

Governo que não segue lógica dos mercados é possível na Europa?

O primeiro discurso de Cavaco Silva levou a Europa a olhar surpreendida para Portugal. Até o conservador diário britânico “Telegraph” escreveu que o país tinha entrado num período político conturbado: “Pela primeira vez desde a criação da união monetária, um Estado-membro deu um passo explícito para proibir os partidos eurocépticos de chegar ao governo invocando o interesse nacional. ”

A ideia leva a questionar se será ou não possível um governo chegar ao poder na Europa indo contra as lógicas dos mercados. Há uma unanimidade a responder afirmativamente entre os seis entrevistados da Renascença, mas a lógica das respostas é tudo menos uniforme.

Basílio Horta diz que um governo que concorde com tudo o que os mercados dizem nem sequer é governo. Para Catroga é simples: quem não acredita nos mercados e não quer respeitar tem sempre uma solução. “Não recorram a eles ou arranjem outros que os financiem”, explicita. Mas alerta: “recorrer a financiadores amigos” é ceder a “critérios de financiamento que são mais políticos do que de mercado”.

A Europa vai ter de conseguir desbloquear a aparente impossibilidade de uma maneira ou de outra, acredita Carvalho da Silva. Até porque, em vários países, começa a haver ensaios “que são mais significativos do que parece”. Para o histórico do sindicalismo nacional, haverá uma pressão europeia cada vez maior “para um debate de fundo que reformule as formas de financiamento da UE sob pena de desaparecimento”. “A subjugação da UE a lógicas de mercado não tem futuro.”

As pessoas votam e depois adaptam-se à realidade

O Syriza, segundo Ribeiro e Castro, prova que é possível a esquerda radical chegar ao poder. E manter-se no governo cumprindo o programa? “Não é possível governar contra a realidade”, define.

“Tsipras e o Syriza não se renderam a nenhum mercado. Eles renderam-se à realidade”, defende.

A frase abre espaço a uma pergunta: mas se as pessoas votam em programas de esquerda, não têm direito de os ver em prática? “Se fosse dinheiro deles com certeza. Se tivessem o dracma e não o euro podiam entrar numa política monetária irresponsável.”

Ribeiro e Castro conclui: a vontade das pessoas ”também se conforma à realidade”.

Comentários
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  • Paulo
    09 nov, 2015 vfxira 20:38
    Será devido a estes "mercados" e "outros", aos especuladores,aos agiotas,aos ratings etc...á ganância desenfreada,que a politica irá mudar num futuro não muito longe para politicas extremistas,de esquerda ou de direita e o colapso das sociedades como nós as conhecemos.A luta pela sobrevivência tem milhões de anos,a luta pela dignidade humana e pelo direito da vida está a crescer muito rapidamente por todo o mundo e não há nada que a páre.
  • Caravela
    09 nov, 2015 Porto 18:43
    Os mercados!?...Em democracia só são válidos rostos e ideias, não é? Os mercados são o estado islâmico da economia global...usam máscaras, decapitam vidas e esperanças e vendem aos seus admiradores sonhos e ilusões... É pena que haja tanta gente, que ainda acredita que os mercados somos todos nós...e que vale a pena trocar a nossa vida pelos nossos juros... A vida das sociedades atuais só depende do valor do dinheiro, não era assim na primeira fase da idade medieval ? O senhor tinha o dinheiro, decidia a vida do povo e depois dava um pão e uma não vida... Independente das preferências politicas de cada um, a pergunta, qual de nós não quer combater o novo "estado islâmico" ?
  • m. paulo
    09 nov, 2015 almada 18:36
    Os mercados dirigidos pelas multinacionais e por especuladores sem rosto são amigos do Cavaco, do Portas, do Coelho. Os mercados nunca são amigos dos Estados, dos países e dos seus povos quando estes lutam por uma vida digna e pela manutenção das suas condições de vida dignas: o direito à educação pública, o direito à saúde, o direito à segurança social, o direito a salários dignos e justos, o direito à justiça imparcial nos tribunais e o direito à justiça social. É por isto que o triunvirato Cavaco, Portas e Coelho, actuando em nome dos patrões têm andado a meter medo aos portugueses com outro governo que não o deles e de seus patrões: FMI, Banco Mundial e os manipuladores de mercado.
  • DOISIDIOTASTUGAS
    06 nov, 2015 RQTPARTA 14:51
    Então onde está o meu comentário em que respondi aos dois idiotas que aproveitam este espaço para debitar asneiras. Um diz que as familias gastam acima das suas possibilidades, com reformados a ganharem reformas que nem sequer lhes permite comprar medicamentos, outros foram para o desemprego e deixaram de pagar as suas dividas, mas para os idiotas é indiferente, é porque eles é que tiveram a culpa, e ainda os que ganham tão pouco que nem dá para pagar a luz. mas é porque também vivem acima das suas possibilidades. O outro, este é amigo dos alemãs, os alemãs é que são os bons, só não se percebe é porque é que ele não se junta a eles. Quanto a estes dois, queria os ver no lugar de muitos, a ver se estes dois bufavam da mesma maneira. Infelizmente de parvos está este país cheio
  • Horacio
    06 nov, 2015 Lisboa 07:53
    É incrível a ingenuidade das pessoas da esquerda neste país. Reclamar dos alemães porque vendem carros e lucram etc. reclamam dos credores porque eles querem garantias para emprestar dinheiro..sinceramente o que é que os senhores esperavam. Que a Alemanha fosse um país de incompententes e não aproveita-se o mercado europeu para vender mais ou que se calhar desse os carros de graça aos menos favorecidos .se calhar esperavam que os países credores emprestassem sem condições ou garantias. Ou melhor doarem logo o dinheiro a fundo perdido até que eles também fossem para o buraco . Deixem se de ilusões .quem não quer ser dependente e controlado trata de traçar o próprio destino.nao gasta mal não joga dinheiro forra ,produz melhor e não vive acima do seus recursos. Ninguém respeita um irresponsável que está sempre de mão aberta a pedir.
  • José Silva
    05 nov, 2015 Lisboa 22:12
    O poder dos mercados é proporcional à nossa dívida para com esses mercados. Estado, empresas e famílias não podem continuar a viver a gastar mais do que os rendimentos que obtém. Isso significa estar constantemente a pedir emprestado, o que tem custos elevados, implica estar sujeito aos humores de quem empresta e acima de tudo é uma situação que não pode durar eternamente. Penso que até uma criança entende isto.
  • CARLOS ANDRE
    05 nov, 2015 PORTO 19:41
    EU sou um estupido um analfabeto.fui trabalhador por contra de outros até que fui para a guerra em 1961 para ANGOLA ..até que resolvi pedir dinheiro ao banco e formei uma empresa ..pequena hoje quem lá trabalha são filhos netos e mais alguém mas os bisnetos esses estudam mas eu ainda decido alguma coisa...eu pergunto com esta idade já muita .PORQUE????porque não se fez neste país há beira mar O QUE AS PESSOAS DA ISLANDIA FIZERAM SOMOS BURROS OU SOU SÓ EU OU NÃO ENTERESSAVA AOS SRS CORRUPROS POR AQUI ME FICO PORQUE ME VEJO HÁ RASCA PARA ESCREVR CARLOS ANDRE
  • Barros
    05 nov, 2015 Amarante 19:40
    Do 80 para o 80. No século passado ouve muita gente em especial na Europa ocidental e estados Unidos que se bateram, eu incluído, por uma maior liberalização da economia. Porque na verdade os estados tinham em seu poder, salvo alguns deles, o monopólio do controle sobre quase tudo . Acontece que os estados neste momento não controlam praticamente nada . Isto é segundo a constituição europeia os estados devem funcionar como árbitros do sistema económico e financeiro . A pergunta é óbvia. Como podem os estados cumprirem tal papel se não têm meios para o exercer? Daí entre outras coisas os cidadãos perderam a vontade de participar nas decisões dos seus países. Como sabemos temos um parlamento europeu eleito apenas por cerca de 40% dos cidadãos de todos os estados , e os governos onde o voto é voluntário não anda muito acima disso. E dos que ainda participam mais de metade dizem que os partidos e políticos são todos iguais . E porquê ? Porque na verdade os políticos não mandam nada . Se votam á direita naturalmente tudo está bem, se votam á esquerda governam á direita e se votarem na estrema esquerda nem conseguem governar. Quem dita o preço dos bens de primeira necessidade e outros não são os governos mas sim o capital.E assim vai continuar enquanto os políticos estiverem de acordo com esta politica que lhes diz todos os dias, vós não mandais nada.
  • Barros
    05 nov, 2015 Amarante 19:38
    Do 80 para o 80. No século passado ouve muita gente em especial na Europa ocidental e estados Unidos que se bateram, eu incluído, por uma maior liberalização da economia. Porque na verdade os estados tinham em seu poder, salvo alguns deles, o monopólio do controle sobre quase tudo . Acontece que os estados neste momento não controlam praticamente nada . Isto é segundo a constituição europeia os estados devem funcionar como árbitros do sistema económico e financeiro . A pergunta é óbvia. Como podem os estados cumprirem tal papel se não têm meios para o exercer? Daí entre outras coisas os cidadãos perderam a vontade de participar nas decisões dos seus países. Como sabemos temos um parlamento europeu eleito apenas por cerca de 40% dos cidadãos de todos os estados , e os governos onde o voto é voluntário não anda muito acima disso. E dos que ainda participam mais de metade dizem que os partidos e políticos são todos iguais . E porquê ? Porque na verdade os políticos não mandam nada . Se votam á direita naturalmente tudo está bem, se votam á esquerda governam á direita e se votarem na estrema esquerda nem conseguem governar. Quem dita o preço dos bens de primeira necessidade e outros não são os governos mas sim o capital.E assim vai continuar enquanto os políticos estiverem de acordo com esta politica que lhes diz todos os dias, vós não mandais nada.
  • Albertino Costa
    05 nov, 2015 Vila Nova de gaia 19:21
    Em democracia o Presidente da Republica devia indigitar Passos Coelho para formar governo. Este só devia aceitar e o Presidente dar posse depois de dialogar e ter a certeza que podia formar governo estável. Caso contrario não devia aceitar. Faltou esta exigência ao Presidente para que em tempo oportuno pudesse exigir diálogo entre partidos. Todo o tempo de indefinição fica a dever-se ao presidente que não soube gerir esta situação. Veja-se o que se passa por essa europa fora.

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