BE exige explicações ao Governo sobre reforma “imoral” de Salgado

06 nov, 2015 - 16:08

"Não permitiremos que depois de todo este processo de falência os seus gestores sejam recompensados com complementos de reforma imorais", afirma a deputada Mariana Mortágua.

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O Bloco de Esquerda (BE) pede explicações à ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, sobre os complementos de reforma aos ex-gestores do BES, que considera “imorais.

"Estão ainda por apurar os custos da factura da falência do Banco Espírito Santo. No que cabe ao Bloco não permitiremos que depois de todo este processo de falência os seus gestores sejam recompensados com complementos de reforma imorais", declarou a deputado bloquista Mariana Mortágua.

As declarações da deputada, no Parlamento, seguem-se à notícia de quarta-feira da TVI na qual é referida a possibilidade de vários ex-administradores do Banco Espírito Santo verem reposto o montante que recebem a título de reforma, com efeitos retroactivos, dando o exemplo de Ricardo Salgado, que poderia ver triplicado o valor da sua reforma mensal para 90 mil euros brutos.

Em causa, ainda, estaria a anulação de uma decisão de Vítor Bento, último presidente executivo do BES, que, com base no n.º 2 do artigo 402.º do Código das Sociedades Comerciais, limitou o valor das pensões pagas aos ex-membros da comissão executiva dos últimos quatro anos do BES ao salário mais alto pago a um administrador efectivo.

Banco de Portugal, Fundo de Resolução e Novo Banco, tudo "entidades públicas", devem prestar uma "clarificação rápida" sobre a matéria, acrescentou Mariana Mortágua.

"Quem de facto vai pagar e terá a responsabilidade de pagar os complementos de pensão aos antigos administradores e gestores do BES?", interrogou, acrescentando que a notícia de quarta-feira motivou "grande preocupação e grande desconforto social" nos portugueses.

A Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) considerou na quinta-feira que compete à sociedade gestora do Fundo de Pensões BES a decisão de pagar ou não a totalidade da reforma aos seus pensionistas, designadamente a Ricardo Salgado.

Com efeito, a sociedade gestora do Fundo de Pensões BES, a GNB Pensões, informou a ASF, em Setembro de 2014, que entendia que aquele articulado "não permitia a redução das pensões em pagamento pelo plano dos Administradores Executivos do Fundo de Pensões do BES", como comunicou esta sexta-feira a ASF.

Além da Operação Marquês, Ricardo Salgado já foi constituído arguido em três outros casos, incluindo a megaoperacão do Ministério Público para a investigação de alegadas irregularidades na gestão do BES; o caso “Monte Branco”, que remonta a 2011 e se refere a uma investigação a uma empresa suíça, a Akoya, por corrupção e branqueamento de capitais, e ainda a investigação ao buraco de 1,2 mil milhões de euros na Espírito Santo Investments (ESI) no Luxemburgo.

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Maria
07 nov, 2015 Braga 00:26
Só se pode dizer: ISTO É UMA VERGONHA
paz
07 nov, 2015 braga 00:03
Uma vergonha neste país os corruptos que enganam os portugueses são os mais beneficiados com reformas milionários, enquanto milhares de portugueses com uma reforma de miséria , acho bem que o povo se revolte isto é uma ofensa ao povo e que se mude as leis o mais rápido, e que sigam alguns países por ex: a suiça e outros, que todos os políticos paguem impostos eu me pergunto não são portugueses? acabem com as mordomorias é uma vergonha,ver o que se vê nas redes sociais e assim haveria trabalho para todos
Aletras
06 nov, 2015 Lx 22:57
Todas as pessoas que têm conta no Novo Banco, seguros em seguradoras ligadas ao BES, ququer tipo de aplicação financeira ligada a está corja, está a financiar as pensões destes criminosos !!!
06 nov, 2015 22:41
Explicações ao governo !?!?!
Antonio Rodrigues
06 nov, 2015 Luxembourg 22:20
Eu devo estar a sonhar, so pode ser, mas se esta aberração for confirmada, então sim, definitivamente tenho que voltar as costas ao meu Pais, porque não me merece, assim como não merece a boa gente que tém, uns tèem licença para roubar os infelizes que mal ganham para viver decentemente, e estes se cometem o minimo erro, por exemplo se devem um euro as finanças, é desencadeada uma perseguição tão brutal como estupida, espero que isto não passe de um pesadelo, e que ao acordar, não seja mais que isso, um pesadelo.
João
06 nov, 2015 Lisboa 22:05
Parece impossível como se pode ser tão demagogo! Então o governo, tem alguma coisa a ver com os Fundos de pensões da Banca? Uma entidade privada e cujo descontos, foram feitos por privados? Pode ser injusto ou não, mas, não é al governo que esta gente tem que pedir explicações! Deixem-se de demagogia e aproveitar tudo e mais alguma coisa para tapar os olhos ao povo!
Tiago Campos
06 nov, 2015 Belgica 21:51
Penso que a crise portuguesa acabará quando a incoerência dos deputados e demais políticos pagar imposto! Estes senhores bloquistas indignam-se com a reforma deste homem, mas esquecem-se que, em primeiro lugar, ela é paga pelo fundo de pensões do banco e não pela segurança social, e em segundo lugar, são contra o plafonamento da segurança social que tem como principal objetivo evitar precisamente este tipo de situações mas pagas por todos nós. Decidam-se!!! Isto de ser sempre do contra terá de acabar agora que passarão a ter responsabilidades na governação. Estou curioso para saber qual a faceta que vai prevalecer....
ANONIMO RIOLANHE
06 nov, 2015 21:11
JÁ estao todos com medo. psd cds e até alguns do ps . BE ePCP para frente acabar com estes bandos de ladroes..as reformas churudas é para calarem aboca.
Dias
06 nov, 2015 Lx 20:05
Realmente e uma vergonha, mas o cadilhe e uma vigarice, ao nivel daquilo que ele sempre foi, essa reforma sim, espero que o BE agora que vai ser governo resolva todos estes disparates.
Olhos Abertos
06 nov, 2015 Lisboa 19:47
E o que tem o governo a ver com isso minha cara? Se calhar seria mais eficaz alterar o destinatário para o seu camarada Costa, ou não foi no governo em que este foi numero dois, no qual se injectava capital desacerbadamente do orçamento de estado para as contas desse senhor... Veja lá que se pressionar um bocadinho até descobre mais coisas!