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Incerteza política preocupa empresários

06 nov, 2015 - 10:04

É o ​"Manifesto dos 100 Empresários". Mais de uma centena subscreve um manifesto no qual se expressa preocupação face à situação que o país atravessa e se apela "à união de todos", porque "a confiança" é "determinante para a recuperação económica".

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"Manifesto dos 100 Empresários"

Empresários contra a incerteza política no país

Mais de cem empresários subscrevem um manifesto no qual se manifesta preocupação face à situação de incerteza que o país atravessa, apelando-se "à união de todos", porque "a confiança" é "determinante para a recuperação económica".

Entre os subscritores estão nomes como Peter Villax, Vasco de Mello, Francisco Van Zeller, João Pereira Coutinho, Pedro Teixeira Duarte, Manuel de Mello Champalimaud, Alexandre Relvas, João Portugal Ramos, Duarte Champalimaud ou Filipe de Mello. .

Fazendo parte da Associação das Empresas Familiares, os empresários começam por afirmar que os últimos quatro anos foram penosos, mas que foram estabelecidas bases para "um crescimento económico fundado não sobre o investimento público, mas sim sobre a iniciativa e ações do setor privado".

Quando o país regista um crescimento "a recuperação não pode ser posta em causa pela incerteza que Portugal atravessa e que, caso se mantenha, vai levar a orçamentos defensivos, adiamento de projetos de investimento e suspensão da contratação", acrescenta o documento.

Peter Villax, primeiro subscritor do "Manifesto dos 100 empresários" e presidente da associação, explicou à agência Lusa que a incerteza está a levar os empresários a adotar uma "postura extraordinariamente defensiva em relação aos seus orçamentos para 2016, aos seus planos de investimento e aos seus planos de contratação".

"Temos agora um Governo que está a dias de ser rejeitado e não sabemos qual o novo Governo, que o vai substituir, e quais as suas políticas. O PS, o PCP e o Bloco de Esquerda já há quatro semanas que estão a discutir e não há meio de nos dizerem quais vão ser as políticas do próximo Governo. Isso é muito preocupante para nós", disse.

O empresário afirmou-se ainda preocupado por PCP e Bloco de Esquerda serem "estatutariamente contra a iniciativa privada", pelo que duvida que com os dois partidos no Governo, ou num acordo parlamentar, "se consiga fazer uma recuperação económica do país".

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  • Magda Ribeiro Dreibh
    07 nov, 2015 Bad Honnef 15:36
    É mais que evidente que um governo nao pode desenvolver a sua economia sem iníciativas privadas. Mas, tudo o que funciona com fraudulentos negócios, corrupcoes a alto nível, etc., Nao é aceitável para um país pequeno, como Portugal, que nao tem "Ressources" nem riquesas no sub-solo. A àgua e azeite nunca se podem" juntar " assim como "Uma política séria ", " creditável "nao se pode juntar com uma política " Corrupta", "Fraudolenta". Possívelmente as privatizacoes feitas ultimamente em Portugal nao tenham sido as melhores opcoes. Tudo isto nao é aceitável pelo povo Portugues. Nem por ninguém, que defenda a miséria financeira da maior parte do povo Portugues !!!!!. Os partidos de esquerde querem uma mudanca, pois qualquer dos outros partidos nao ofereceu até aqui estabilidade no país. A economia estabilizou, o que é importante para os mercados. O "Schäuble", ministro Alemao, está contente com Portugal.... MAS, mas, o povo é um ESCRAVO do país. E a escravidao tem o seu preco para o desenvolvimento da economia, num país pequenissímo como Portugal. Os governos e todos esses empresários ignoraram esses ESCRAVOS que sao o "MOTOR " principal da nossa economia. Daí, dou razao ao patriarca: "Os trabalhadores devem ser tratados como família. Mas isto nao chega. Isto deveria querer dizer abrir portas para o trabalho, dar-lhes formacao e, trata-los como família .Vivo na Alemanha, e esses sao pontos importantes para o seu desenvolvimento económico.
  • sempre os mesmos
    06 nov, 2015 lx 13:08
    Nas alturas de pressão politica, cá estão eles, os da patologia do reumatico, de nomes sonantes, chefiados pelo mesmo de sempre! Será que só há 100 empresarios em Portugal? Será que, estes srs, são representativos da totalidade da classe empresarial portuguesa? Que interesses defendem estes srs, que tenham a ver com os dos medios e pequenos empresários? Isto, que estes srs expressam, só significa que eles quando não se sentem seguros, (segurança, na optica deles), estão-se borrifando para o país que dizem defender, deixando de investir, ou seja, boicotando a economia do país! Valha-nos expressarem esta sua malfeitoria...ficamos a saber o que são na realidade! Ora, isto é inadmissivel e de uma gravidade extrema! Só mostram que estão dispostos a investir quando estão em jogo apenas os seus proprios interesses de grupo corporativo! Será isto admissivel? será que os restantes milhares de empresários estão dispostos a continuar a suportar esta gente hipocrita e desleal para com o país? Põem em causa a democracia quando desprezam partidos que fazem parte dela, mas não colocam em causa por exemplo os negocios com empresarios estatais, de partidos ditos comunistas/maoistas? Por isto, só mostram ter dois pesos e duas medidas!...Para eles, o dinheiro não tem côr!

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