Deputado Duarte Pacheco sugere candidatura do PS ao Nobel da Economia

10 nov, 2015 - 11:21 • Marta Grosso

Social-democrata faz intervenção cheia de ironia durante o debate sobre o programa de Governo, no Parlamento.

A+ / A-

Veja o debate em directo

O deputado Duarte Pacheco sugeriu, esta terça-feira, no Parlamento, uma candidatura do PS ao Prémio Nobel da Economia. Razão: conseguir, com menos receita e mais despesa, reduzir o défice.

“É um milagre? Sabemos que eles acontecem, mas será que acontecem nas contas públicas?” questionou, lançando uma primeira hipótese para que “o programa das esquerdas” consiga fazer o que promete.

Seguiram-se mais duas hipóteses: 1) “Será que o excel dos socialistas ainda é o mesmo do engenheiro José Sócrates? Aquele que, antes das eleições, baixava impostos, aumentava salários e nos conduziu à bancarrota?” 2) “Será que em 2016 os socialistas já estão a prever um crescimento superior àquele que estava previsto?”

As questões do deputado foram colocadas durante o pedido de esclarecimentos à ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, que tinha acabado de discursar e defender a política desenvolvida nos últimos quatro anos pelo Governo PSD/CSD.

A intervenção de Duarte Pacheco foi cheia de ironia. O deputado começou por questionar a ministra sobre a veracidade de este Governo ter herdado, “em 2010, um défice de 11%”; de Portugal estar “prestes a ter um défice de 3% e que isso significa juros mais baixos para as famílias e as empresas”.

“Seria criminoso que alguém que viesse a tomar conta das finanças públicas, viesse a pôr esta meta em causa”, afirmou então, para concluir que o programa das esquerdas consegue “uma coisa espantosa” – aquela coisa que o leva a sugerir uma candidatura ao Prémio Nobel da Economia.

Saiba Mais

Comentários

Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Paulo Magalhães
10 nov, 2015 Norte 16:39
Boas Tardes caros interlocutores. As contas publicas não foram postas em ordem como apregoam, o défice baixou nestes últimos 4 anos porque o governo fez constantes assaltos aos bolsos dos portugueses, que derivado das funções que exercem, não tiveram como fugir ao massacre dos impostos e da sobretaxa que foram aplicadas sobre os rendimentos das pessoas. Porque aqueles que levavam para casa um vencimento acima da média, mas que, os seus patrões para fugir aos impostos que este governo aplicou, declaravam oficialmente, apenas, que os seus funcionários ganhavam ordenados de cerca de 505€ mensais. Esses acham que o governo pôs as contas em ordem, porque não lhes eram aplicadas, a Sobretaxa e os escalões do IRS, e apenas descontavam nos seus vencimentos os 11% obrigatórios para a Segurança Social. Para esses o governo trabalhou muito bem nestes últimos 4 anos, porque, por inerência do governo, os patrões fugiam aos seus encargos (pagamento de impostos pelos valores que pagavam efectivamente aos seus trabalhadores), e os respectivos trabalhadores, puderam usufruir durante estes 4 anos da isenção das taxas moderadores, dos escalões de IRS (o que os levaria a pagar mais impostos sobre os seus rendimentos), de pagarem os livros e os almoços dos seus filhos na escola (para quem tem filho em idade escolar). Para mim, desculpem que os contrarie, mas este governo não fez mais nada do que Encher a gamela aos Directores do FMI, à Merkel, etc etc..) e aos seus comparsas de apoio governativo
eduardo
10 nov, 2015 palmela 14:17
jorge Frade... Foi posta ordem nas contas públicas? Ou as contas públicas cresceram como já foi demonstrado à custa de mais dinheiro retirado aos contribuintes? Basta ver o número de pessoas a mais que o passos contratou em relação ao Sócrates....
Jorge Frade
10 nov, 2015 Ribeira Grande 12:39
Caro Pedro Ferreira, krugman tinha razao?? O ultimo governo provou que Krugman estava errado. No caso de Portugal, com tanto dinheiro mal aplicado, a austeridade foi o caminho correto para por ordem nas contas publicas e comprova-se pelos numeros dos ultimos anos. O krugman apresentou uma teoria. O governo PSD pus em pratica algo que ia no sentido oposto da teoria de krugman e provou que krugman nao estava correto no caso portugues. Ja agora, menciona krugman e esquece de muitas outras figuras de renome da economia/finanças mundiais que apontavam a austeridade como o caminho correto. O dinheiro nao nasce em arvores
Mario
10 nov, 2015 Aveiro 12:32
Portugal melhorou muito com a Troika e o ultimo governo: Economia baseada em exportacoes e nao em consumo interno, logo balanca comercial positiva. Aumento consideravel do emprego e da confianca dos empresarios. Confianca dos mercados. O governo de esquerda a concretizar-se para colocar em causa o esforco coletivo dos portugueses apenas para beneficiar alguns (a clientela de esquerda) e apenas ate 'a proxima bancarrota.
PEDRO FERREIRA
10 nov, 2015 LAFARTO19@SAPO.PT 11:50
POIS O PS NÃO MERECE UM NOBEL DA ECONOMIA, MAS HÁ UM NOBEL DA ECONOMIA (PAUL KRUGMAN)QUE DIZ QUE O CAMINHO QUE PORTUGAL E OUTROS PAISES SEGUIRAM (O DA AUSTERIDADE)NÃO FUNCIONA,E COMO SE ESTÁ A VER PARECE QUE TINHA RAZÃO.