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PCP e Bloco a rejeitarem Governo PS? "O mesmo que meter os papéis do divórcio"

10 nov, 2015 - 17:34

Foi a resposta de Costa aos jornalistas, confrontado com a possibilidade de os partidos de esquerda apresentarem no futuro uma moção de censura ao Governo PS.

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O líder do PS, António Costa, diz que vai agora aguardar “serenamente” que o Presidente da República dê posse a um novo executivo, depois de o Governo PSD/CDS ter sido derrubado esta terça-feira, no Parlamento.

“A Assembleia da República pronunciou-se. Com disse o Presidente da República, a última palavra cabe à Assembleia da República. É clara a vontade do Parlamento, mas não nos cabe substituirmo-nos ao Presidente”, disse António Costa aos jornalistas, no final do debate.

Depois de derrubado o XX Governo Constitucional, Cavaco Silva "fixará agora os seus próprios termos e calendário", sublinha.

António Costa assegura que um Governo liderado por si, com o apoio do Bloco de Esquerda, PCP e Os Verdes, reflecte a vontade dos portugueses expressa nas eleições legislativas de 4 de Outubro e garante estabilidade ao país.

"Destas eleições resultou uma alteração substancial. A maioria deixou de o ser. Foi possível constituir alternativa com suporte maioritário na Assembleia da República. O programa resultante das negociações permite assegurar uma governação consiste. Os partidos comprometem-se a impedir moções de censura ou rejeição do PSD e CDS", adiantou.

Questionado sobre a falta de garantia de aprovação dos Orçamentos do Estado, Costa respondeu: "Como posso pedir a alguém que aprove o Orçamento de 2018 que ainda não conhece e não posso apresentar?". Será necessário "diálogo democrático e permanente".

Confrontado com a possibilidade de os partidos de esquerda apresentarem no futuro uma moção de censura ao Governo PS (algo que os acordos assinados não inviabilizam), Costa considerou que tal "é o mesmo que meter os papéis do divórcio". Significaria o fim do Governo de esquerda.

Os acordos assinados entre PS, Bloco, PCP e Verdes não representam "um cheque em branco" a um futuro Governo, nem escondem as diferenças entre os partidos, sublinha.

O Governo caiu esta terça-feira. A moção de rejeição ao programa do executivo de Passos Coelho e Paulo Portas foi aprovada com 123 votos a favor e 107 contra.

Comentários
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  • Teresa Filipe
    10 nov, 2015 Funchal 23:00
    Antes tínhamos um governo sem dinheiro mas com experiência, agora vamos ter um governo sem dinheiro e sem experiência e que vai ter de começar do zero, levar meses a inteirar-se dos dossiers e conhecer os "cantos à casa" e ganhar a confiança (o que leva anos) da Europa e do mundo. Portugal e os portugueses não têm tempo para isso e por isso votaram maioria PSD/CDS, mas, parece que a luta pelo poder falou mais alto e os interesses do país e dos portugueses foram simplesmente ignorados, infantilmente e imaturamente. E aqui a responsabilidade dos que não votaram nem manifestaram claramente a sua vontade. Os mesmos que depois virão pedir ao Estado que os tire do fundo do poço. Esperemos não chegar lá. Há quem diga no entanto que o crescimento mais eficaz e profundo é assim muitas vezes conseguido. Boa noite.
  • rui vieira
    10 nov, 2015 ourem 21:58
    o povo português so merece a sorte que todos os povos dos países de esquerda tem, fome e miséria.
  • ISABEL GOMES
    10 nov, 2015 MATOSINHOS 20:53
    O povo português tem a memória curta. Desde o 25 de ABRIL que houveram moções de rejeição. Caíram governos por isto mesmo. O que fez o PSD/CDS ao governo Sócrates? Que promessas foram feitas ao povo para se ganhar eleições no ano de 2011? Foram cumpridas essas promessas? Não. Foram tributados os rendimentos dos mais ricos? Não. Então quem sofreu com este governo? Os que estavam remediados e os pobres. Ou seja : os remediados ficaram pobres e os pobres tornaram-se "SEM ABRIGO E MENDIGOS". Mais uma vez os pobres foram iludidos. Aplicando uma equação de matemática pura, é licito dizer: Se existem mais pobres que ricos, o PSD/CDS ganhou com o voto dos pobres. Simples. A deslocação dos votos do PSD/CDS foi para o BE. O que esperavam? Facilidades? De que têm medo? Que acabem os lobys e tenham que vir trabalhar 12 ou 14 horas por dia e nem o salário mínimo ganharem? Ou ouvirem o patrão dizer:" Se queres trabalhar tens que aceitar estas condições, senão a porta da rua é serventia da casa"? Bem hajam os corajosos.
  • Vitorioso
    10 nov, 2015 Lisboa 20:22
    Vitória perdeu-se uma batalha mas ganhou-se a guerra. Fora com Passos e o cínico do Portas.
  • jouo
    10 nov, 2015 aveiro 19:54
    os assaltantes são serenos até a policia aparecer neste toma poder é só esperar por eleiçoes e depois mas austeridade como a grécia
  • A verdadeira
    10 nov, 2015 pt 19:31
    democracia da direita e os conhecimentos sobre as suas regras, é sintomática nos comentarios que por aqui se lêem! O desespero, leva ao pensamento ultramontano!...
  • Animador
    10 nov, 2015 Lisboa 19:11
    Ora cá está...chegou a época natalícia e o circo já está montado. Regressaram os melhores palhaços para nos dar animação, saberemos oportunamente os horários dos espectáculos.
  • João Lopes
    10 nov, 2015 Viseu 19:02
    Tudo isto foi um episódio da Telenovela "Ambições e traições". O episódio real vai ser assim: O Presidente da República não irá dar posse ao Governo PS e assim Costa vai ter a maior frustração da sua vida. A coligação de derrotados: PS-PCP-BE vai sofrer uma grande desilusão. Portugal não pode ser entregue a estes “artistas” marxistas-oportunistas da esquerda radical, populista e fundamentalista. Não concebem a bondade da iniciativa privada porque só sabem viver à custa do contribuinte!
  • O Zé
    10 nov, 2015 Pt 18:55
    Ao ouvir e ver o pressuposto debate do Programa do Governo, que não passou de ataques entre Grupos Políticos, ficou-se a saber, porque estes valores não foram publicitados, que o PSD apenas ficou à frente do PS com 6 deputados, e que o CDS teve menos eleitos que o BE e que atá o PAN é um Partido de esquerda, a avaliar pela sua aprovação da moção do PS. Ficou-se também a saber, porque tal como eu, a maioria poderá estar esquecida, que estas moções não são novidade e que o Governo do Guterres foi sujeito a uma moção igual e que apenas não caiu porque detinha exatamente 115 deputados, não obstante que conseguiu cativar o Voto Limiano para aprovar o OE desse ano. Bem aplicou-se a Democracia conforme preceituado na Constituição da Republica, o Povo votou contra o Governo que havia sido empossado por ter tido mais votos nas Eleições Legislativas. Mas como não elegeu o n.º suficiente de deputados (representantes do Povo) para constituir um Governo com capacidade Governativa, acabou por não conseguir resistir à maioria que o Povo elegeu, ou seja, a maioria dos Portugueses que foi votar não votou no Partido mais votado visto que votaram contra o novo Governo 123 representantes do Povo contra 107 desse mesmo Povo. Como Português, o POVO espera que esta rejeição seja coisa séria e que daqui a 4 Anos fique demonstrado que este novo espetro Politico seja o novo método de Gestão de um País. O Povo confiou nesta alternativa e espera que seja uma verdadeira ALTERNATIVA e que mostre ao POVO que confiou nela que sabe dirigir um País com responsabilidade, devolvendo a confiança ao POVO com as decisões que tomar sem comprometer o País no seio das instituições onde Portugal se encontra (UE, EURO, NATO, UN etc...) demonstrado que afinal NÂO SÂO NECESSÁRIAS MAIORIAS ABSOLUTAS para existir boa Gestão e Governação. Olhe-se aos Países Nórdicos que tanta vez servem de exemplo, a Dinamarca.
  • Fragomar
    10 nov, 2015 Peso da Regua 18:49
    Finalmente temos um primeiro ministro que se auto-elegeu. Fantastico não é ?

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