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Carlos César

Governo PS gera "intranquilidade"? Não, a demora na posse de Costa é que intranquiliza

12 nov, 2015 - 15:28

Presidente do grupo parlamentar do PS diz que "não há razões" para que alguém tema um Governo socialista. E rejeita menorização da concertação social.

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Intranquilidade? "O único motivo de intranquilidade" que os socialistas detectam é a "demora na entrada em funcionamento" de um Governo liderado por António Costa.

“O único motivo de intranquilidade que hoje detectamos não é a perspectiva de um Governo do PS, é a demora na entrada em funcionamento de um Governo do PS", afirmou o presidente do grupo parlamentar do PS, Carlos César, aos jornalistas à saída da reunião do grupo parlamentar socialista.

O líder da bancada do PS afirmou ainda que "não há razões para que qualquer organização empresarial ou para que qualquer cidadão ache que um Governo do PS não coloca nas suas prioridades de diálogo social em Portugal a concertação social".

César falava depois de esta quinta-feira de manhã o presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP) ter dito, à saída de uma audiência com o Presidente da República, que os acordos entre PS, BE, PCP e PEV parecem querer "esvaziar a concertação social" e ameaçar "alguma da estabilidade" legislativa, fiscal e laboral.

O socialista quis sublinhar que "o primeiro acordo que se verificou sobre o salário mínimo nacional, e até de médio prazo, foi justamente impulsionado pelo PS e no âmbito da concertação social".

"Para a concertação social no seu sentido mais amplo são importantes outros instrumentos, desde a contratação colectiva até todas as medidas que os empresários devem estar empenhados, no sentido da melhoria dos rendimentos daqueles que hoje em Portugal vivem abaixo do limiar da pobreza e, por isso mesmo, penalizam muito actividades económicas pela falta de capacidade de consumo que têm junto de produtos comercializados por pequenas e médias empresas por esse país fora", disse.

O líder da bancada socialista referiu-se também ao apoio de BE, PCP e PEV às propostas do PS para reposição dos salários na Função Pública e da sobretaxa do IRS, afirmando que "não há nenhuma razão" para pensar que "essas iniciativas não terão o seu vencimento", afirmando que foi destacado um dos vice-presidentes da bancada para o diálogo e coordenação com esses partidos.

César pede "normalidade"

Questionado sobre a eventual indigitação do secretário-geral do PS como primeiro-ministro, por parte do Presidente da República, César respondeu: "A sucessão normal no plano institucional daquilo que tem acontecido é a indicação do doutor António Costa como primeiro-ministro".

"Não há nenhuma razão, não temos nenhum indício, de que a normalidade não continue a pautar a evolução política do nosso país. De resto, as próprias entidades externas também esperam isso", declarou.

César quis deixar uma mensagem de tranquilidade: "Este novo percurso que vamos fazer é um percurso que deve estimular todo o nosso país, que deve transmitir tranquilidade para todos os que operam no nosso país, desde os empresários aos trabalhadores, desde os profissionais de comunicação aos analistas, às entidades externas que nos avaliam.”

"O PS tem grandes responsabilidades para que esse sentido de normalidade, de tranquilidade, seja transmitido porque corresponde a uma posição tradicional e histórica do PS na vida política e económica portuguesa", afirmou.

Comentários
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  • Alberto Martins
    13 nov, 2015 Lisboa 12:33
    Calma que o anibal foi aconselhar-se com as cagarras...
  • António
    13 nov, 2015 Lisboa 02:10
    Para governar tem de existir apoio da maioria parlamentar. Existindo condições para assegurar essa maioria no parlamento o Presidente da República deve nomear para 1-o ministro o líder que tem o apoio da maioria parlamentar, respeitando a constituição e o cargo para o qual os Portugueses o elegeram! Não compliquem o que deve acontecer com a maior brevidade possível! O País precisa de serenidade e de um governo que governe, com apoio maioritário!
  • tex
    12 nov, 2015 altura 23:13
    the mafia is back watch out,
  • Mario Mota
    12 nov, 2015 Rio de Janeiro 23:07
    A proposito desse acordo inusitado entre as esquerdas, impensável para um cidadão comum: Digamos, eleitor de Centro do PS, ou, por outro lado, o eleitor, radical Roxo das esquerdas raivosas. Francamente, se o acordo fosse postulado antes das eleições, e a leitura do resultado se fosse o que aconteceu, não haveria muito o que discutir, no sentido de que o POVO PORTUGUES assim decidiu. Mas, o povo foi traído. Parte dos eleitores do PS jamais concordariam com o conchavo à esquerda. Por outro Lado, os verdadeiros eleitores da esquerda mais radical, jamais concordariam com esta união à DIREITA Socialista. Assim, o que se pretende é um golpe. Façam nova eleição radicalizando posições esquerda e direita. Pessoalmente não concordo ( deveria prevalecer a tradição, ao vencedor o governo, aos perdedores a critica construtiva pelo bem do País) mas pelo menos não haverá malandragem, trapalhadas etc, Deveriam mirar-se em exemplos de malandragem marqueteira e conchavos parlamentares que elegem dirigentes pelo mundo a fora, inclusive na América Latina que literalmente estão levando os países à ruina financeira e jogando suas populações na miséria, pela demagogia distributiva daquilo que não tem. Venezuela, por exemplo tem possivelmente a segunda maior Reserva de Petróleo do Planeta mas por causa dos políticos, não consegue dispor de papel higiénico para a população. Os candidatos à Presidência devem pensar o País, uma vez eleitos, na caça de votos, paciência, são políticos.
  • rosinda
    12 nov, 2015 palmela 20:24
    podem ficar mas como disse passos coelho vao ficar tatuados para sempre!
  • ernesto
    12 nov, 2015 esmoriz 20:13
    que sede de poder deste costa com os reumáticos da esquerda ao lado dele
  • e sousa
    12 nov, 2015 ovar 19:46
    Se bem percebo, mesmo que tenha que ser nomeado governo de facção PS, tendo em vista que se enquadrou com BE, PCP e verdes, poderá o prresidente não nomear António Costa. A democracia se está a mudar, no que era tradição mas já não é, pode muito bem o Snr. Presidente nomear outro que não o Snr. Costa, mesmo que tenha que ser do PS. E se fosse o Snr Assis, por exemplo?
  • jd
    12 nov, 2015 TN 19:43
    E porque terá de ser o António Costa e não a Catarina Martins?
  • Joao Aguiar
    12 nov, 2015 Paris 19:41
    Acho que o PS vai continuar a esquecer-se dos jovens, e para mim é o maior problema no futuro para Portugal. Pelo contrario sao os que menos precisam que vao ser beneficiados, funcionarios e reformados da funçao publica. Esses a que estam com pressa!
  • rosinda
    12 nov, 2015 palmela 19:27
    golpe de estado em democracia!!

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