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Passos quer revisão constitucional extraordinária

12 nov, 2015 - 20:08

Líder do PSD deixa o desafio ao PS por forma a acelerar a marcação de eleições antecipadas.

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O "reviralho" e os argumentos de Passos para a revisão da Constituição
O "reviralho" e os argumentos de Passos para a revisão da Constituição

O primeiro-ministro e presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, desafia o PS a aceitar fazer uma revisão constitucional extraordinária para que rapidamente possa haver novas eleições legislativas.

"Estou inteiramente disponível para dar o meu apoio a uma revisão constitucional extraordinária que garanta a possibilidade de o parlamento ser dissolvido para que seja o povo português a escolher o seu Governo", afirmou Passos Coelho, numa sessão pública promovida pelo PSD e pelo CDS, num hotel de Lisboa.

"Se aqueles que querem governar na nossa vez não querem governar como golpistas ou como fraudulentos, deveriam aceitar essa revisão constitucional e permitir a realização de eleições", acrescentou o chefe do executivo PSD/CDS, que foi demitido na terça-feira através de uma moção de rejeição aprovada pelos partidos da oposição.

Passos Coelho afirmou ainda que "um Governo não pode governar contra a maioria absoluta do Parlamento".

"E se o Parlamento não respeita a vontade popular, a vontade que os eleitores manifestaram nas urnas, em circunstâncias normais, esse Parlamento deveria ser dissolvido, para que fosse o povo a decidir que Governo desejaria ter", acrescentou o presidente do PSD e primeiro-ministro.

Passos acusa PS de "golpe político"

O líder do PSD considera que o executivo proposto pelo PS "representa uma fraude eleitoral e um golpe político" e não deveria "vir a nascer, nem na anormalidade" actual.

Este "não é um tempo normal" e "será muito difícil que algum dia o país aceite o resultado que se está a formar na Assembleia da República", sublinhou Passos Coelho.

A proposta de executivo do PS com apoio parlamentar de Bloco de Esquerda, Partido Comunista e Verdes, não corresponde a um "Governo estável, duradouro, coeso, consistente". "Portanto, nem na anormalidade do tempo que vivemos é normal vir a nascer um Governo mais minoritário do que aquele que se derrubou."

Passos Coelho argumenta que o líder do PS, António Costa, "disse que nunca inviabilizaria um Governo se não tivesse em alternativa um Governo estável, duradouro, coeso, consistente". Para o primeiro-ministro, "esse Governo não existe".

Comentários
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  • Ó Natalina
    13 nov, 2015 lx 19:46
    as eleições foram no dia 4 e tiveram os resultados que estão à vista!...Seja democrata e não pretenda gastar mais 10 milhões, em novas eleições, só para contentar os seus desejos!...Tão preocupados que vocês estão com o despesismo! Cambada de hipocritas!
  • Ó caminhante
    13 nov, 2015 port 19:41
    Põe-te ao caminho e não faças juizos de valor dos outros! Avalia primeiro a tua propria inteligencia!...
  • CAMINHANTE
    13 nov, 2015 LISBOA 17:32
    Até aceito que a solução encontrada por Antº Costa possa causar preocupação e ab initio, pareça pouco consistente, não exequível de durabilidade, apanhando grande parte dos eleitores "de surpresa"... Mas já não acredito que estes que votarm PS, se houvesse novas eleições, fossem votar "PàF"... e nomeio destas congeminações, esta declaração de Passos Coelho parece-me um bocado ressabiada, destemperada, quase desesperada... acho aconselhável ir uns dias de férias para recentrar-se na realidade. Talvez ir já vendo o que a sua fada Madrinha, Merkel, lhe arranja lá pela Europa do Directório...
  • Sempre me pareceu
    13 nov, 2015 Lx 17:10
    Que este primeiro ministro era mais um abencerragem do que um chefe de governo. Qualquer administrador de aldeamento africano faria melhor do ele. Assisti em Africa a chefes de aldeamento com muito mais senso e qualidades de chefia do que este rapazinho!
  • Observador
    13 nov, 2015 Fnc 17:05
    Há assuntos que afectam a vida dos cidadãos, das pessoas, do país, este não é de modo algum um deles, pelo que dar-lhe importância reveste-se de perda de tempo! A lei fundamental é demasiado séria, a Constituição demasiado importante! Quem porventura tiver presumíveis dificuldades em conviver com a democracia deve fazer por adaptar-se ou em alternativa emigrar à procura de outras paragens mais de acordo com os seus conceitos. É triste o espectáculo que alguns estão a transmitir para dentro e fora do país prejudicando-o! Grandes facetas têm os patriotismos de alguns!
  • jp
    13 nov, 2015 lx 16:14
    cá para mim foi aquele tipo do Borundi que lhe telefonou a dar a ideia pois quis fazer o mesmo e o resultado foi que acabaram todos aos tiros
  • 13 nov, 2015 15:22
    Este tipo nao quer largar o poder a todo o custo. Estou a ver qualquer dia uma grande revolucao nas ruas como esta a acontecer nas ruas da Grécia........e as forças armadas na rua...........
  • João Almagro
    13 nov, 2015 Santa-Clara-a-Nova 14:08
    As revisões constitucionais servem amplos consensos nacionais e devem consubstanciar princípios que se entendem dever ser preservados. Não devem dar resposta e ser solução para constrangimentos partidários ou estados de alma, de quem não soube merecer o beneficio da dúvida da maioria dos portugueses.
  • natalina
    13 nov, 2015 13:15
    De que tem medo o Sr. Anrónio Costa? Não pode ir a eleições quando tem a certeza que as ganhou? Porque diz estar o País a parar quando foi ele o próprio a criar esta confusão, em que se nota perfeitamente, que os portugueses estão completamente divididos e a confrontarem-se entre si em todos os diálogos, tanto no privado como nas redes sociais? O povo é soberano desde o 25 de Abril de 1974, então deixemos que o povo vá votar para dizer realmente o que quer.
  • O menino a fazer...
    13 nov, 2015 Lx 12:19
    O menino a fazer birras....que feio! Comporte-se como homenzinho que é, e aceite o que a Constituição diz. Você teria feito a mesma coisa.

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