12 nov, 2015 - 00:24
O líder do CDS, Paulo Portas, diz que PCP e BE "deviam corar de vergonha" por um aumento de 0,3% das pensões mínimas, preocupando-o a visão internacional de que o Governo está dependente de reuniões do comité central comunista.
No Porto, no primeiro dia das jornadas "Portugal caminhos do futuro", organizadas por PSD e PP, Paulo Portas manifestou-se "obviamente preocupado" com o facto de internacionalmente se estar a estabelecer a percepção de que o Governo de Portugal "está a ficar dependente de reuniões do comité central do PCP, que toda a gente sabe legitimamente é anti-euro, anti-União Europeia e anti-NATO".
"Nós já conhecemos hoje a primeira notícia da geringonça. O tal aumento de pensões vai ser de 0,3%", disse o também vice-primeiro-ministro, considerando que "o Bloco de Esquerda e o Partido Comunista deviam corar de vergonha" pelo que disseram sobre a coligação no passado em relação a este tema.
Portas recordou: "Lembram-se do que eles diziam quando nós, apesar da troika, aumentámos sempre as pensões mínimas 1% ou mais, acima da inflação? E eles diziam é uma vergonha, é uma malga de sopa, é um café".
Segundo o líder centrista, a proposta de um eventual Governo de esquerda é "aumentar as pensões de 262 euros, que são as pensões mínimas, em 0,3%, nós era 1% ou mais".
"O nosso aumento eram 37 euros por ano, o deles é 10 euros por ano. O aumento que eles acabam de anunciar, os tais 0,3%, não dá um euro por mês, são mais ou menos dois cêntimos por dia", disse Portas.