18 nov, 2015 - 16:42
Marcelo Rebelo de Sousa assegura que se for eleito não irá prescindir de nenhum dos poderes presidenciais, incluindo o de convocar eleições antecipadas. Mas o candidato a Belém lembra que só depois da sua eventual eleição tomará uma decisão.
“O Presidente da República não pode prescindir de nenhum dos seus poderes. Eu não prescindirei de nenhum dos meus poderes mas avaliarei caso-a-caso, no momento oportuno, aquilo que devo fazer”, esclareceu o candidato à margem de encontro com o presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz.
“O fundamental neste momento é a Europa saber que Portugal mantém, em todas as circunstâncias, em todos os cenários, uma aposta europeia, no euro e numa visão reformista e voluntarista da Europa”, sublinhou.
O candidato presidencial em Bruxelas que, também a nível económico, é “fundamental a conclusão da formação do Governo”, para prevenir o risco de “interrupções económicas e financeiras”.
Segundo Marcelo Rebelo de Sousa, “é importante que Portugal não possa neste momento ter factores que ponham em causa aquilo que foi um processo de recuperação financeira que se espera que se vire em mais crescimento económico e emprego”.
Também sobre um alegado mal-estar no PSD e no CDS-PP relativamente às suas posições quanto ao processo de formação de Governo e de estar a “aproximar-se” à esquerda, o candidato escusou-se a alimentar o que classificou como "fait-divers".
"Sabe, eu tenho impressão que há coisas importantes na vida e coisas que não são. Importante na vida eu acho é o facto de o presidente Martin Schulz e eu próprio estarmos em sintonia sobre o empenhamento de Portugal na Europa. Isso é importante, porque é consistente, estável e duradouro. O resto são fait-divers", observou.
Ainda sobre o encontro com o presidente da assembleia europeia, que o recebeu “de uma forma muito simpática” num breve encontro, Marcelo Rebelo de Sousa destacou a sintonia de pontos de vista.