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Passos remete para Costa responsabilidade de formar Governo

20 nov, 2015 - 10:32

Ouvido pelo Presidente, o líder do PSD criticou o "irresponsável" PS que derrubou o Governo. É aos socialistas que cabe agora construir "uma maioria estável, duradoura e credível", que "ainda não tem".

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Pedro Passos Coelho remete para o PS a responsabilidade de formar Governo. Foi o que o primeiro-ministro e líder do PSD disse ao Presidente da República esta sexta-feira de manhã, numa audiência em Belém.

"Cabe ao PS construir uma solução de Governo que corresponda àquilo que o próprio PS disse que era indispensável e sem o que não derrubaria o Governo que saiu das eleições, ter uma maioria estável, duradoura e credível que ainda não tem", afirmou.

Passos ressalvou que se as circunstâncias constitucionais o permitissem o PSD defenderia a convocação de eleições antecipadas. Estando "essa possibilidade está vedada", cabe então nesta fase ao PS "apresentar ao país e ao Presidente da República uma tal alternativa".

O líder do PSD criticou o PS que considerou ter agido de forma "irresponsável" derrubado o executivo, cabe-lhe agora construir uma solução de Governo com "uma maioria estável, duradoura e credível", que "ainda não tem".

A audiência com os sociais-democratas estava marcada para as 9h30, seguindo-se pelas 10h30 o PS e, às 11h30, o BE. O último partido a ser ouvido durante a manhã será o CDS-PP, às 12h30.

À tarde, o primeiro encontro do chefe de Estado, Cavaco Silva, será com o PCP, às 15h30. Pelas 16h30, Cavaco Silva irá receber o Partido Ecologista Os Verdes, e para as 17h30 está agendada a última audiência, com o partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN).

Desde a semana passada, o Presidente da República já recebeu em Belém mais de 20 entidades e personalidades, na sequência da aprovação a 10 de Novembro de uma moção de rejeição ao programa do Governo. A aprovação do documento, com o voto de toda a oposição, implicou a demissão do executivo de coligação PSD/CDS-PP, liderado por Pedro Passos Coelho.

Comentários
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  • Domingos
    20 nov, 2015 Covilhã 16:37
    Na verdade não é bem Passos que remete para Costa a responsabilidade de formar governo. Infelizmente foi a maioria dos portugueses ao votarem, que disseram não querer que o Pedro continuasse como primeiro ministro. A consequência lógica do resultado eleitoral, infelizmente, leva a que vá haver regresso de alguns socráticos ao poder, mas essa é uma consequência lógica do sistema parlamentarista que temos. Seria diferente se os eleitores votassem em deputados em vez de votarem em partidos, mas infelizmente é o sistema que temos e é este sistema que temos de respeitar. Antes das eleições quando do debate televisivo Passos/Costa escrevi que não fizeram a única pergunta que era fundamental ser feita "e se nenhum partido ou coligação ganhar as eleições com maioria absoluta com quem se coligarão? quem será o próximo primeiro-ministro?" Na verdade sou daqueles que aceita as derrotas e respeita os resultados eleitorais, ainda que desfavoráveis, porém neste caso concreto penso que a ausência daquela pergunta favoreceu a Paf, pois se a resposta do Costa fosse: formarei/viabilizarei um governo de esquerda, estou convencido que nesse caso até os quase mortos votariam e o resultado da votação poderia resultar numa maioria constitucional de esquerda. Como essa pergunta não foi feita, então, os já descrentes continuaram em casa, nos lares, hospitais e outros locais e a maioria de esquerda ficou-se pela maioria de governo (maioria absoluta) em que o PS é dominante. Menos mau? Insuficiente?
  • Emigrante
    20 nov, 2015 Londres 14:42
    Os deputados de esquerda reclamam que tem maioria para governar, ao mesmo tempo atacam o presidente, por não lhes dar o poder imediato, esquecem que o único órgão público com legitimidade democrática, eleito com a maioria dos votos dos portugueses é o presidente, ao contrário os deputado são escolhidos pela direção dos partidos.
  • 20 nov, 2015 castanheira 13:46
    Quem derrubou o governo psd/cds foram a maioria dos deputados da A.R. O Paf foi a coligação que teve mais votos,mas não tem a maioria de deputados,será assim tão difícil de entender? Se e quando houver novas legislativas o psd/cds terão menos votos e a dita esquerda terá mais deputados,o futuro assim o dirá e não é preciso ir á bruxa.
  • Finalmente!
    20 nov, 2015 Lx 13:21
    Foi até ao limite, até que viu que não lhe restava outra alternativa....Entretanto o PR ainda continua a estudar os cenários....Os tais que disse já ter todos bem estudados, e que até faltou aos festejos do 5 de Outubro para rever os estudos. Palavras para quê? É o presidente de todos os portugueses... com a graça de Deus, só até 24 de Janeiro...
  • Domingos
    20 nov, 2015 Ancora 12:45
    Palavras de bom senso.
  • O grupo
    20 nov, 2015 lx 12:44
    dos conspiradores anti Constituição, do Tivoli!...Fazem o mal e acaramunham!
  • 24 de Janeiro
    20 nov, 2015 pt 12:31
    Dia da libertação presidencial, de direita radical!...
  • João Lopes
    20 nov, 2015 Viseu 12:24
    Por mim, desejo um governo de gestão, seguido de eleições livres e claras: PàF de um lado; e do outro a “coligação marxista”: BE, PCP e PS. Basta de fraude eleitoral com jogos enganadores, encenados pelo criativo, ambicioso, e grande derrotado Costa, que nas “costas” dos eleitores, inventou um “teatrinho” onde ele representaria o papel de primeiro-ministro e a CGPT batia palmas ou assobiava conforme o comando do PCP.
  • Manuel
    20 nov, 2015 Moura 11:35
    Que incompetente é este Presidente da República, faltou às comemorações do 5 de Outubro para estudar o assunto ( constituição do novo governo ) já passaram quase dois meses e continuamos na mesma.

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