25 nov, 2015 - 16:57
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Ana Sofia Antunes, presidente da Associação de Cegos e Amblíopes de Portugal (ACAPO), vai assumir a pasta da Inclusão das Pessoas com Deficiência, tornando-se a primeira governante deficiente invisual em Portugal.
Candidata pelo círculo de Lisboa nas legislativas de Outubro, Ana Sofia Antunes, 34 anos, vai estrear-se no cargo de secretária de Estado, numa área a que tem dado voz, defendendo que “um país que não respeita os seus deficientes não tem respeito por si próprio”.
Nasceu com deficiência visual e tem dedicado a sua vida à luta pelos direitos dos deficientes, nomeadamente na ACAPO, onde assumiu o cargo de presidente em Janeiro do ano passado.
Jurista de profissão, Ana Sofia Antunes exerceu funções de assessoria jurídica na Câmara de Lisboa, colaborando directamente com o Pelouro da Mobilidade, entre 2007 e 2013, período em que António Costa era o presidente da autarquia.
Neste período, adquiriu ainda experiência nas áreas da contratação pública, bem como em matérias conexas com a Mobilidade e a Acessibilidade em meio urbano, assegurando a interacção com os munícipes sempre que as questões apresentadas versassem conteúdos jurídicos.
Em Julho de 2010, assumiu a responsabilidade pelos trabalhos do Plano de Acessibilidade Pedonal de Lisboa, coordenando a Comissão de Acompanhamento e o Painel Consultivo, deste plano.
Três anos depois, transitou para a Empresa Municipal de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa (EMEL), onde é provedora do cliente.
Numa entrevista a um jornal, Ana Cristina Antunes disse que para um cego andar na Assembleia da República não é complicado, mas alertou que, para um cidadão em cadeira de rodas, isso se torna “um problema”, porque o edifício é pouco acessível. Disse ainda que o acesso à informação escrita é o seu maior problema.