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António Costa não quer alimentar “fait-divers"

30 nov, 2015 - 17:00

Primeiro-ministro não esclareceu porque não falou na cimeira em Paris e recusou culpar o anterior Governo por o que considera ser um “incidente burocrático”.

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O primeiro-ministro desvaloriza o facto de não ter discursado na Cimeira do Clima (COP21), que arrancou esta segunda-feira em Paris. António Costa esteve presente na sessão de abertura dos trabalhos, onde estão os chefes de Estado e de Governo de todo o mundo, mas não usou da palavra no painel de intervenções dos líderes políticos. Um incidente "burocrático".

Esta manhã o gabinete do primeiro-ministro disse que Costa não ia falar porque não tinha sido possível inscrevê-lo a tempo, o que levou a especular sobre a forma como o assunto tinha sido tratado pelo anterior Governo.

Mais tarde o ex-ministro do Ambiente, Moreira da Silva, fez um comunicado a esclarecer que tudo tinha sido combinado com a ONU para permitir que o novo primeiro-ministro fizesse uma inscrição de última hora.

Uma fonte do anterior executivo disse à Renascença que Costa chegou a inscrever-se mas, não gostando da ordem das intervenções, optou por não discursar.

Em declarações em Paris, o novo primeiro-ministro afirmou que não quer alimentar “fait-divers” e não deu mais explicações, dizendo perante a insistência dos jornalistas que se trata de “um incidente burocrático, que às vezes acontece nas transições de Governo”.

O novo primeiro-ministro fez questão também de não criticar o anterior executivo por causa deste assunto. “Não tenho a menor das dúvidas que ele fez um excelente trabalho na preparação da COP e que Portugal tem todas as razões para ter orgulho na forma como se apresenta.”

A COP 21 - Cimeira do Clima arrancou esta segunda-feira e vai prolongar-se durante duas semanas. Em Paris estão quase 150 chefes de Estado e de Governo.

Comentários
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  • Vasco
    01 dez, 2015 Santarém 22:36
    Mas pelo menos já deu para o homem ir a Paris dizer que a Turquia é um dos membros fundadores da NATO e trocar a data da sua fundação, assim os seus parceiros ficaram melhor esclarecidos e devem ter ficado a pensar de que o ensino por cá é coisa levada a sério.
  • 30 nov, 2015 23:19
    ao mais alto nivel do beicinho... "Assim não vale, estão sempre a imbirrar comigo! O primeiro misistro sou eu quer ganhe quer perca! Eu falo em primeiro senão... não falo!" Pensas que lá fora é como aqui? Não falas, falasses!
  • Ao André
    30 nov, 2015 lx 18:49
    Tem lógica sim senhor! Então não é como o ministro de Passos Coelho disse - "que só não discursa porque não quer..." ...enfim, mais disparates...nada que já não estejamos todos mais que habituados
  • Parabéns António Cos
    30 nov, 2015 Lisboa 18:41
    Cá está António Costa, com a sua habitual diplomacia e Bom senso....Aqui se vê a diferença entre alguém maturo e consistente, e Passos Coelho e Paulo Portas, que agem sempre com raivinhas, sarcasmozinhos, risinhos ao canto da boca, intrigazinhas, indirectazinhas...e mais inhas e inhos....dos seus egos insuflados...quando há tanto para fazer em Portugal! Parabéns António Costa. Realmente a política não é para meninos!
  • A. Moural
    30 nov, 2015 Lx 18:25
    Mas ia dizer o quê? O clima não está na agenda das preocupações dele. Até ficou contente por não ter que fazer um discurso, foi menos trabalho. Se fosse qualquer coisa de animais, sim, já se justificava por causa do PAN!
  • André
    30 nov, 2015 Lisboa 17:58
    O que aconteceu até é simples de explicar: quem estava inscrito era Passos Coelho. Ao ter sido substituído, a ordenação dos oradores foi feita com ele, sendo que a troca de pessoa tem de ser feita até 2 semanas antes do discurso (regras da ONU). Daí ser impossível de resolver, pois este governo não está em funções dentro desse tempo. O anterior ministro pode ter pedido a possibilidade de trocar de orador, só que não é possível de realizar. Já aconteceu o mesmo com a Bélgica numa cimeira da defesa europeia. Quando o novo primeiro ministro foi nomeado, não pode discursar, porque os panfletos tinham o nome do anterior.
  • rip
    30 nov, 2015 lx 17:55
    “fait-divers” - Mais um que acha que não deve explicações aos portugueses.
  • Paulo
    30 nov, 2015 Lisboa 17:47
    O discurso é simples perguntar aos lideres mundiais se vão abulir os combustiveis fosseis e acabar com a industria do ferro como principal motor de economia já amanhã? Não! então podem voltar todos para casa que estão a gastar o dinheiro do povo desnecessariamente.
  • Fernando Carapinha
    30 nov, 2015 Montijo 17:36
    Parabéns àqueles que, como eu, ainda fazem questão de ler a expressão "fait-divers" com pronúncia inglesa. Somos os verdadeiros "mergulhadores combatentes".

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