02 dez, 2015 - 17:13
O secretário-geral do PCP acusa a oposição PSD/CDS-PP de se dedicar à "guerrilha política", sem aceitar a expressão popular dos portugueses nas urnas, e alerta para eventuais "surpresas desagradáveis" deixadas pelos executivos anteriores.
"A precariedade do trabalho e da própria vida de milhares de portugueses continuam a ser desprezadas por PSD e CDS, que preferem alimentar uma estéril guerrilha política", afirmou Jerónimo de Sousa, no primeiro de dois dias de debate parlamentar sobre o programa do XXI Governo Constitucional, liderado pelo socialista António Costa.
O líder comunista sublinhou que os partidos que formaram os dois anteriores executivos recusam "aceitar essa expressão popular", de terem perdido cerca de 700 mil votos, "um CDS inteiro", e avisou para eventuais "surpresas desagradáveis" como os problemas com os cálculos de devolução da sobretaxa do IRS, o nível de execução orçamental ou suposto "buraco" financeiro no Banif.
Quanto ao programa do Governo do PS, que foi apresentado neste debate, Jerónimo de Sousa manifestou esperança, ressalvando que não se trata de um programa comunista. “Este programa de Governo, ainda que de forma limitada, pode melhorar a vida de milhões de portugueses", defendeu o líder do PCP, Jerónimo de Sousa, que subscreveu um acordo com o PS.
"Está aberta uma janela de esperança, aquela esperança que não fica à espera. Estará de acordo, senhor primeiro-ministro, que é preciso concretizá-la", afirmou.