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PSD. "Este Governo e primeiro-ministro estão feridos na sua legitimidade”

02 dez, 2015 - 16:08

Luís Montenegro lembra que Costa esteve no Governo de Guterres e Sócrates: um deixo o país num pântano; o outro nas mãos da troika.

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Montenegro questiona "legitimidade" e espera "factura"
Montenegro questiona "legitimidade" e espera "factura"

O líder parlamentar do PSD foi o primeiro a usar da palavra após a intervenção de António Costa. Luís Montenegro aproveitou para lembrar que o povo não escolheu este primeiro-ministro.

“Este Governo e primeiro-ministro estão feridos na sua legitimidade política. O povo não escolheu António Costa para primeiro-ministro. O povo também não escolheu o programa do Bloco e do PCP para serem a base do programa de Governo. O povo escolheu o CDS e o PSD”, disse na Assembleia da República, na discussão do programa do XXI Governo Constitucional, que termina na quinta-feira.

Rejeitar este programa no Parlamento não é mais do que expressar a genuína vontade dos portugueses expressa nas últimas eleições, concluiu o líder parlamentar social-democrata.

“Dou-lhe uma resposta que creio que é simples e clara: só precisa de pedir confiança quem não tem confiança", retorquiu o primeiro-ministro, aplaudido pelas bancadas da esquerda. "Senhor deputado, lamento desiludi-lo, este é um Governo que se apresenta na Assembleia da República confiante - e confiante, desde logo, no suporte parlamentar maioritário que lhe dá legitimidade para estar aqui”, acrescentou António Costa.

Mais à frente na sua intervenção fez um passeio ao passado para recordar que Costa esteve no Governo de António Guterres e "contribuiu para deixar o país num pântano", esteve no Governo de Sócrates e “contribuiu para deixar o país nas mãos da troika e na bancarrota”.

Luís Montenegro aproveitou para elogiar os resultados do anterior Governo PSD/CDS: Conclui o programa da troika; reduziu o desemprego; mais exportações; mais equidade social; tarifas sociais que protegeram sempre os mais fracos e pediram sempre um esforço maior aos mais fortes.

"Portugal é hoje um país credível, respeitado e elogiado no exterior, um país que cumpre os seus compromissos. O programa que os derrotados unidos hoje aqui apresentam põe muitas destas conquistas em causa. Não traz a factura, mas ela virá, a factura de uma dívida que vai crescer, de um défice que não se percebe como não vai aumentar, a factura desta aventura e de um experimentalismo perigoso", concluiu.

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