07 dez, 2015 - 07:29
António Costa assume que “não tem condições financeiras para eliminar integralmente a sobretaxa de IRS para todos os contribuintes em 2016”, como defendem os seus aliados PCP e Bloco de Esquerda.
O primeiro- ministro explica, em entrevista ao jornal “Público”, esta segunda-feira, que a “questão está ainda a ser trabalhada no Parlamento, de forma a poder beneficiar o mais rapidamente possível um maior número de contribuintes”.
Costa insiste que vai repor as prestações sociais e garante que a direita “criou a mentira de que o Governo iria cortar prestações sociais”.
O primeiro-ministro diz ainda que quer dar fôlego à concertação social como um todo, sem excluir a CGTP, mas avisa que o diálogo com os parceiros não se sobrepõe ao Governo nem ao Parlamento.
Quanto ao financiamento da Segurança Social, António Costa diz que a diversificação e a rescisão conciliatória são medidas para negociar durante a legislatura e não agora.
Noutro tema - a TAP -, Costa afirma que já está a negociar com os donos da companhia para que o Estado seja maioritário.
Ao longo da entrevista de seis páginas, o primeiro-ministro diz também acreditar que irá conseguir cumprir a legislatura e que confia nos acordos com os partidos da esquerda, apesar das diferenças.
Costa responde ainda às críticas de PSD e CDS, afirmando que “percebe que a direita esteja irritada” e que “respeita até algum azedume”.
Para António Costa, governar será como conduzir um automóvel: não é ligar o piloto automático e não há automóveis apenas com travão e acelerador – o programa do Governo é para ir aplicando.