25 dez, 2015 - 21:07 • Paula Caeiro Varela
Uma mensagem de esperança e confiança num futuro melhor. Na primeira mensagem de Natal enquanto primeiro-ministro, António Costa fala de 2015 como o ano em que a austeridade impôs ainda grandes sacrifícios aos portugueses, mas sublinha que foi também um ano de mudança, que diz já se começa a sentir e trará um “tempo novo para Portugal”.
“Uma mudança que permitirá virar a página da austeridade e colocar Portugal no caminho do crescimento. Uma mudança que permite quebrar o ciclo de empobrecimento e que devolve a esperança num futuro melhor”, define António Costa, acrescentando que os primeiros passos já foram dados, com as medidas de devolução de rendimentos às famílias.
O primeiro-ministro avisa que o caminho não será fácil, mas diz que não teme a missão que a que se propôs: “Não tememos a missão a que nos propusemos. Portugal apenas poderá preparar-se e vencer os desafios do Século XXI com mais crescimento, melhor emprego e maior igualdade. Um triplo desígnio em que estamos totalmente empenhados e para o qual contamos com a união, solidariedade e mobilização de todos os portugueses. A nossa capacidade colectiva tornará possível a construção de um tempo novo para Portugal.”
“Um tempo novo” é a expressão várias vezes repetida nesta mensagem onde só há uma breve alusão aos acontecimentos que levaram António Costa ao executivo.
“Como ficou provado pelos acontecimentos recentes na nossa democracia, temos confiança que, pelo diálogo, pela transparência e pelo compromisso, atingiremos uma plataforma comum que dê resposta às necessidades do país, com vista ao relançamento da economia e à geração de emprego”, afirma o chefe do Governo.
Essas são, segundo Costa, as bases para uma país mais desenvolvido, mas também para garantir a consolidação das contas públicas, objectivo que o primeiro-ministro mantém, garantindo que o seu Governo “prosseguirá através da trajectória de redução do défice orçamental e da dívida pública”.
Na mensagem de Natal, António Costa deixa uma palavra ainda para os refugiados. “Todos são bem-vindos e todos acolheremos de igual modo”, diz António Costa, que também deixa outra palavra para as comunidades de portugueses no mundo.
O primeiro-ministro promete empenho em criar condições para que possam querer regressar a Portugal todos os que se viram forçados a emigrar nos últimos anos por falta de oportunidades.