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António Costa garante que Banif não ameaça alívio da austeridade

25 dez, 2015 - 09:47

Primeiro-ministro defende que a “troika” perdeu demasiado tempo com juntas de freguesia e municípios e deu pouca atenção aos problemas da banca.

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Os compromissos assumidos na campanha eleitoral vão ser cumpridos apesar do caso Banif e a “troika” perdeu demasiado tempo com freguesias e municípios e deu pouca atenção à banca, afirma o primeiro-ministro em duas entrevistas divulgadas esta sexta-feira.

“Nós assumimos compromissos com conta peso e medida relativamente ao Orçamento de 2016: é o IVA na restauração, a reposição da actualização das pensões, a reposição dos mínimos para o complemento solidário para idosos, rendimento social de inserção, a reposição dos vencimentos da função pública, a redução da sobretaxa de IRS para todos os contribuintes. Esses foram os compromissos que assumimos e esses compromissos vão ser honrados. Nada disto está abalado com esta situação do Banif”, assegura António Costa, em entrevista à CMTV.

O chefe do Governo defende a importância de diversificar as fontes de financiamento para reforçar os cofres da Segurança Social.

“Só nos últimos anos, fruto da emigração e do desemprego, a Segurança Social perdeu qualquer coisas como oito mil milhões de euros de receita. A grande aposta que nós temos de fazer para reforçar a sustentabilidade da Segurança Social é, por um lado, diversificar as fontes de financiamento e, por outro lado, o combate ao desemprego”, disse António Costa, numa entrevista em que anunciou que a sua primeira visita oficial será a Cabo Verde.

“Troika olhou pouco para a saúde do sistema financeiro”

Noutra entrevista ao “Jornal de Notícias”, António Costa defende que a “troika” perdeu demasiado tempo com juntas de freguesia e municípios e deu pouca atenção à banca.

Num momento de turbulência motivada pelo caso Banif, o primeiro-ministro sublinha que os credores pouco fizeram pela regulação do sector bancário.

“A troika perdeu muito tempo a olhar para freguesias, municípios e administração central do Estado e olhou pouco para onde devia ter olhado, como agora todos percebemos, que era para a saúde do sistema financeiro. Desde que a troika saiu já vamos em duas resoluções bancárias e isso significa para onde também se devia ter olhado.”

Nesta entrevista ao JN, o primeiro-ministro descarta um cenário de aumento de impostos apesar do caso Banif. “Sou o primeiro primeiro-ministro em muitos anos que não se estreia anunciado os aumentos de impostos que tinha prometido não fazer na campanha eleitoral. Pelo contrário”, salientou António Costa, enumerando a reposição das várias prestações sociais.

António Costa confirma que estava a falar do Banif quando admitia surpresas nas contas públicas.

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  • Rodolfo
    26 dez, 2015 Lisboa 00:05
    O Sr. António Costa garante tudo, não importa o quê.
  • António Pinto
    25 dez, 2015 V. N. de Gaia 12:34
    Neste dia de Natal, desejo que o menino Jesus lhe conserve a saúde, o Governo e as promessas!
  • Americo
    25 dez, 2015 Ansiao 12:31
    Pois, mas será o primeiro primeiro-ministro que sem ganhar as eleições é primeiro-ministro, será o primeiro sem legitimidade para o cargo, será o primeiro que teve um governo antes que preparou o País para haver essa folga. No entanto, não deite foguetes. Vamos esperar e fazer fé para que seja verdade. No entanto tenho sérias dúvidas, porque 2+2 continuam a ser 4.
  • Fernando Alves
    25 dez, 2015 Avanca 12:26
    Já chega de segredos Dr. António Costa, diga lá à malta onde é que afinal há petróleo na costa portuguesa! Ou ouro ou diamantes nalguma mina.
  • maria
    25 dez, 2015 Lx 11:56
    O 44 está livre para todo o Gov anterior; PC, PP, MLuis, Paulo M., mas que seja depressa.
  • Emanuel Oliveira
    25 dez, 2015 Porto 11:41
    Este Costa garante tudo!!! Fantástico. Deve ter aprendido na escola socrática do mentiroso do 44 a tudo garantir om mentiras até ao dia em que a verdade vier ao de cima e aí...voltamos à vergonha internacional. Aliás alguém conhece algum país onde esta política defendida por esta geringonça tenha dado resultado e resolvido os problemas de desemprego, investimento, igualdade social e crescimento económico?
  • Rui
    25 dez, 2015 Lisboa 11:21
    De algum modo fico convencido, que até serve para aliviar a austeridade....
  • Asco
    25 dez, 2015 Bragança 11:17
    Ao que parece, Passos deixou "almofada" suficiente para todas as "regalias" anti-austeridade. Os meus votos de Natal: - Que A. Costa, quando deixar o governo, possa "garantir" a mesma qualidade financeira nas contas públicas. Bom ano Novo. Nota: - É ele que diz...
  • Carlos Sousa
    25 dez, 2015 ESPINHO 11:01
    É + importante q alguém do GOVERNO Português, TRABALHE e mandar INVESTIGAR para colocar algumas PESSOAS na CADEIA, pq se alguém assalta uma entidade financeira é preso. Mas pelos vistos se alguém manda ou cria gestão danosa gerando falência NÃO É PRESO, preso é o mercado. É CARICATO, só mesmo em PORTUGAL. Mais ainda é q para salvar o q de errado os outros fazem, existe dinheiro, mas para pagar aos funcionários públicos o subsidio de NATAL é por DUO DÉCIMOS mesmo q estes não sejam a favor. Mas para usar o dinheiro público (das contribuições/impostos) em entidades privadas, geridas por privados e/a falir (já é o segundo (2º)) já existe dinheiro, mas para quem TRABALHA e TEM RESPONSABILIDADES NÃO existe SNatal mas DUO DÉCIMOS, eu pergunto se quando vou ás compras ou se posso ir trabalhar por duo décimos. Só falta começarem a salvar empresas de FALÊNCIAS TÉCNICAS (alegando criar postos de trabalho, pelo bem da NAÇÃO) de má Gestão/Incompetência e ainda receber REFORMAS chorudas. Temos muito MATO, ovelas nas florestas que necessitam de ser LIMPAS, muita gente recebe subsídios (necessidade outros para poder ir tomar pequeno almoço nas pastelarias), porque sai + em conta não ter trabalho, não ter gastos e o BURRO que TRABALHE pois é de fato interessante ser OVELHA. A OVELHA para eleger democraticamente, a "pulitica" para perfumar e remover dentro da legislação e manter tudo na mesma. As galinhas quando não põem ovos são removidas do GALINHEIRO. B. de Portugal, SIS e JUÍZes ATUAR.
  • Alberto
    25 dez, 2015 Funchal 10:51
    Ainda há 2 semanas, em Bruxelas, disse exactamente ao contrário. Está a pensar que fala para "tontos" , ou é doutorado nessa matéria?

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