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CDS. Ribeiro e Castro não entra “no carrossel” da liderança

29 dez, 2015 - 10:53

O antigo presidente do partido critica a decisão de Paulo Portas de não se recandidatar à liderança do CDS e deixa uma questão no ar.

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Ribeiro e Castro, antigo líder do CDS, garante à Renascença que não vai entrar na disputa da liderança do partido, agora que Paulo Portas anunciou a sua saída.

“Não entro nesse carrossel. Não faço parte dele. Estou na minha vida e considero negativo que o dr. Paulo Portas nesta altura, nestas circunstâncias, entenda tomar esta posição”, afirma em tom crítico.

O actual líder do CDS anunciou, na segunda-feira à noite, que será candidato a um novo mandato à frente do partido. Ribeiro e Castro lamenta que a decisão venha a ter efeitos quando o ciclo político já for a meio.

“Considero mal porque o ciclo político, quando se realizar o congresso, não só se iniciou como vai em velocidade cruzeiro e não tinha de ser assim. O congresso deveria ter sido no início de 2013 e acabou por ser no início de 2014, o que levou a que, por opção deliberada do dr. Paulo Portas e da sua direcção, o congresso se venha a realizar já com um novo ciclo político em pleno desenvolvimento”, começa por dizer.

“O partido não teve ocasião, como seria normal, de ter um congresso no início de 2015 e preparar-se para um novo ciclo político, escolhendo uma nova direcção se assim o entendesse, que teria disputado já as eleições legislativas e definido também uma estratégia para as eleições presidenciais. Nada disso foi feito e, portanto, o dr. Paulo Portas anuncia que se vai embora quando o ciclo político para que ele conduziu o partido já está em pleno desenvolvimento”, prossegue.

O antigo eurodeputado deixa no ar uma dúvida que gostaria de ver esclarecida: “A pergunta que cabe fazer é se tomaria esta mesma decisão na circunstância de o Governo minoritário da coligação, que chegou a ser apresentado à Assembleia da República, ter entrado em funcionamento. É uma dúvida que importa ter, porque se trata do mesmo ciclo político”.

Ao anunciar a não recandidatura, Paulo Portas abre caminho a um novo líder. Os nomes mais falados para o cargo são Assunção Cristas, Pedro Mota Soares e Nuno Melo.

A oposição interna, liderada por Filipe Anacoreta Correia, poderá ter uma palavra a dizer, mas para já congratula-se apenas com a decisão aparentemente irrevogável do ainda líder.

A liderança de Paulo Portas no CDS-PP começou em 1998, no congresso de Braga, e desde então só esteve dois anos fora da direcção centrista – entre 2005 e 2007, período em que José Ribeiro e Castro assumiu a direcção do partido.

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  • pedro
    29 dez, 2015 Lisboa 15:36
    Para o Luís: então é preciso levar umas pantufas para o velhinho Jerónimo, umas chupetas e bonequinhas para os meninos e meninas do BE e bilhetes de primeira classe para os ministros do PS viajarem na TAP
  • O Dupond Magalhães
    29 dez, 2015 port 14:41
    não se candidata? Seria mais um pavão de cauda aberta, para a liderança azul cueca!
  • Será irrevogavel?
    29 dez, 2015 lis 14:37
    de Portas nunca se sabe! No anterior governo juntaram-se 2 mentirosos assertivos e compulsivos, cada um à sua maneira! Portanto ver para crer como diz S. Tomé! Nuno Melo seria a pior das escolhas! É arrogante, convencido, e de uma falta de nivel insuportavel, nada parecido com o tio Eurico Melo!...
  • Luis
    29 dez, 2015 Lisboa 14:21
    Daqui para a frente o grupo parlamentar do CDS vai transformar a AR numa autêntica escola infantil. Os boyzinhos azul cueca, com a ambição de ocupar o lugar do grande lider "Portas" , vão nos debates tentar utilizar toda a sua "pertinácia e arreganho" (Alves dos Santos) para demonstrar que estão à altura de substituir o seu grande "Guru". Portas atento em cada debate irá pontuar a actuação dos seus "piquenos". Esperam-se no Parlamento, debates daqueles que fazem chorar as pedras da calçada e envergonhar os Portugueses dos politicos que têm. O espectáculo degradante de João Almeida no ultimo debate foi apenas uma pequena amostra do que nos espera. Só falta distribuir bibes escolares aos "mininos".
  • joaquim moreira
    29 dez, 2015 v.n.famalic~~ao 14:01
    falta ali um "nao", senhores
  • Asdrubal - Mirandela
    29 dez, 2015 12:18
    O que irá naquela cabecinha. !!!!!. Coisa boa não é de certeza. Será que é mesmo uma decisão irrevogável???!!!
  • José
    29 dez, 2015 Portimão 12:14
    Mas claro que não entra no carrossel da liderança. Já não há nada para liderar. Assim que quererá liderar, um descalabro.
  • Zé Povinho
    29 dez, 2015 Lisboa 12:12
    Falam tanto do que o António Costa fez com José Seguro e esquecem-se do que Paulo Portas fez a Manuel Monteiro e a Ribeiro e Castro? Este partido, só existe para servir coligações e nada mais do que isso!
  • Laranjeira
    29 dez, 2015 Lisboa 11:48
    Se o Portas fica, é porque se eterniza no poder. Se sai, não devia sair. O Ribeiro e Castro é um inútil.
  • Manuel Santos
    29 dez, 2015 Gondomar 11:29
    E ainda bem... ponham a antiga ministra da cultura... Ela fez um bom trabalho e merece a confiança

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