29 dez, 2015 - 20:02 • Eunice Lourenço
O dirigente do CDS e ex-secretário de Estado da Administração Interna João Almeida, um dos favoritos para a sucessão de Paulo Portas, não será candidato a presidente do partido, mas vai fazer uma moção de estratégia global.
O anúncio foi feito pelo próprio na rede social Facebook, onde se manifesta disponível para trabalhar com o futuro líder que seja escolhido para trabalhar na “organização, estratégia e programa político” do partido.
João Almeida, que já desempenhou várias funções no CDS, entre os quais a de porta-voz, começa por agradecer as manifestações de apoio que recebeu. “Como não gosto de tabus, prefiro falar no tempo certo, pela minha voz”, escreve.
“O próximo Congresso do CDS não se limitará a escolher a sucessão de Paulo Portas. Estou certo de que para isso há pessoas com vontade de concorrer e indiscutível capacidade para exercer o cargo. Terei todo gosto e empenho em trabalhar com quem o partido escolher”, continua João Almeida, para quem o mais importante é “ reflectir e tomar decisões sobre a organização, estratégia e programa político” do CDS.
“É neste segundo plano que me encontro empenhado e para o qual estou disponível”, diz João Almeida, que recorda que já em 2014 apresentou uma moção de estratégia global que continuou a ser discutida e actualizada ao longo deste tempo.
“Proponho-me assim reunir essas ideias numa nova moção de estratégia global. Num momento em que o CDS saiu de uma coligação de quatro anos e em que teve a mesma liderança em 16 dos últimos 18 anos, vai ser preciso fazer em 2016 o que Paulo Portas fez em 1997: abrir um novo caminho e fazer diferente”, conclui o antigo líder da Juventude Popular e actual deputado e um dos vice-presidentes do CDS.