28 dez, 2015 - 22:06
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Paulo Portas não se vai recandidatar à liderança do CDS-PP. A "decisão definitiva" foi anunciada esta segunda-feira à noite, numa reunião da comissão política do partido.
"Ao fim de 16 anos, não me podem pedir mais. Chegou a hora de uma nova geração", disse Paulo Portas aos restantes dirigentes do CDS.
Foi convocado um conselho nacional do CDS para 8 de Janeiro, para agendar um congresso. No CDS os congressos são electivos. Será nessa reunião magna que vai escolhido o novo líder do partido.
Para esta segunda-feira à noite é esperado um comunicado do CDS.
Paulo Portas está na presidência do CDS há oito anos, mas já tinha presidido anteriormente aos destinos do partido.
É o líder partidário há mais tempo em funções. A sua liderança no CDS-PP começou em 1998, no Congresso de Braga. Desde então, só esteve dois anos fora da direcção centrista, o período entre 2005 e 2007
Entre 2002 e 2005, integrou os Governos de coligação com
o PSD, liderados por Durão Barroso e Pedro Santana Lopes. Nesse período, ocupou as pastas de ministro de Estado e da Defesa
Nacional e de ministro de Estado, da Defesa Nacional e dos Assuntos do Mar.
Com a vitória do socialista José Sócrates com maioria absoluta nas eleições legislativas de 2005, Paulo Portas demitiu-se da liderança do CDS e foi substituído por Ribeiro e Castro.
Em 2007 voltou à presidência do CDS. Em 2011, após a queda do Governo de José Sócrates e da chegada da troika, fez uma coligação pós-eleitoral com o PSD de Pedro Passos Coelho. Nesse Governo ocupou as funções de ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, onde apostou no conceito de diplomacia económica.
O Verão de 2013 foi quente. Em Julho desse ano, apresenta a sua "demissão irrevogável". devido à escolha de Maria Luís Albuquerque para o lugar de Vítor Gaspar no Ministério das Finanças. Passos Coelho não aceita e Portas é promovido a vice-primeiro-ministro.
O Governo PSD/CDS resiste até ao final da legislatura e vence as eleições legislativas de Outubro deste ano. Mas o executivo dura poucos dias. Sem maioria, acaba por ser derrubado pela esquerda no Parlamento e Paulo Portas passa de ministro a deputado da oposição.
[notícia actualizada às 03h09 - conselho nacional marcado para 8 e não 7 de Janeiro]