29 dez, 2015 - 00:59
A decisão de Paulo Portas de não se recandidatar à liderança do CDS "revela uma grande maturidade política" e deve ser respeitada, afirma Filipe Anacoreta Correia.
"Mais uma vez Paulo Portas revela uma grande maturidade política. Faz isto com certeza porque compreende que é um momento pessoal, mas também porque entende que isso vai ao encontro do interesse do país e do partido", disse à agência Lusa o membro do conselho nacional do partido.
"Essa noção de saber sair que é tão rara na política não pode deixar de ser vista como um elogio a Paulo Portas", acrescentou Filipe Anacoreta Correia, líder da tendência Alternativa e Responsabilidade, cuja lista teve mais de 16% no último congresso do CDS/PP.
Questionado se vai apresentar candidatura à liderança do partido no próximo congresso, Filipe Anacoreta Correia disse que "é cedo" para falar sobre o assunto e considerou que o actual momento "deve ser visto como uma oportunidade no partido".
"Acho que os portugueses pedem de facto alguma renovação e acho que o partido deve encarar este momento como uma oportunidade de crescimento, de amadurecimento e no partido vamos encontrar soluções", disse, salientando que vai estar empenhado no processo e participar no debate interno que se vai iniciar.
O presidente do CDS-PP, Paulo Portas, comunicou esta segunda-feira à comissão política nacional centrista que não se recandidatará à liderança do partido,
O Conselho Nacional, órgão máximo entre congressos, reunirá a 7 de Janeiro para marcar a reunião magna centrista, que será electiva da liderança do partido em 2016.
Paulo Portas é o líder partidário há mais tempo em funções. A liderança de Paulo Portas no CDS-PP começou em 1998 no Congresso de Braga. Desde então, só esteve dois anos fora da direcção centrista, o período entre 2005 e 2007, na presidência de José Ribeiro e Castro.