14 jan, 2016 - 16:09 • Eunice Lourenço
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Assunção Cristas será candidata à liderança do CDS, anunciou a própria na rede social Facebook, quase ao mesmo tempo que foi anunciada a marcação de uma conferência de imprensa para as 20h00 desta quinta-feira, na sede do CDS.
“Sou candidata à liderança do CDS”, escreveu a ex-ministra na sua página no Facebook. "A decisão foi amadurecida com a minha família e amigos, e beneficiou do conselho e do estímulo de muitas pessoas de dentro e de fora do CDS.”
Assunção Cristas escreve que, na conferência de imprensa entretanto marcada, terá oportunidade de explicar as razões que a levam a dar este passo e que, nas próximas semanas, irá preparar uma moção sólida para levar ao congresso do CDS”.
“Esta é uma caminhada que faremos juntos, com tranquilidade e muito entusiasmo! Por Portugal. Sempre”, conclui Cristas na sua mensagem.
Chega, assim, a hora de Assunção Cristas, horas depois de Nuno Melo ter também falado na sede do partido para dizer que não é candidato à sucessão de Paulo Portas.
Melo e Cristas concertados
Melo disse que não avança devido à circunstância de ser eurodeputado e não deputado na Assembleia da República. E afirmou, desde logo, o seu apoio a uma candidatura de Assunção Cristas. Aliás, os dois vice-presidentes conversaram, inclusive esta quinta-feira de manhã, de forma a coordenaram as suas opções e comunicações.
Tanto Nuno Melo como Assunção Cristas tinham vontade e disponibilidade para se candidatarem à liderança do CDS, no congresso que vai decorrer nos dias 12 e 13 de Março. E o eurodeputado fez questão de dizer mesmo que tinha apoiantes para uma candidatura.
“Porventura desiludirei muita gente que gostaria que me apresentasse ao congresso, não tenho dúvidas disso. Mas, se esse for o preço a pagar para garantir que o CDS não se balcanizará com conflitos, se puder ser como quero um factor de unidade que dê mais força ao CDS, assim será e é isso que farei”, afirmou Nuno Melo, depois de explicar que defende que o líder do partido deve estar no Parlamento e ele não está e para que estivesse era preciso dispor de mandatos que não são só o seu.
“As circunstâncias são estas neste momento e foi neste momento que tive de avaliar estas circunstâncias. Foi neste momento que o dr. Paulo Portas decidiu deixar a liderança do partido”, disse ainda o eurodeputado, denotando alguma pena por ser este o momento e estas as circunstâncias.
Melo anunciou o seu apoio a uma eventual candidatura a Assunção Cristas, que agora se confirma.