05 fev, 2016 - 17:38 • José Pedro Frazão
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O ex-primeiro-ministro Pedro Santana Lopes saúda a aprovação do esboço do Orçamento de Estado português para 2016 pela Comissão Europeia.
No programa “Fora da Caixa”, Pedro Santana Lopes considera que Bruxelas e Lisboa “andaram bem“ num processo negocial que acaba com uma “boa notícia”.
“Importa salientar que o resultado a que se chegou é bom e positivo para os dois lados. Neste momento, seria inconcebível uma situação de conflito. Nada é proibido, podiam não chegar a acordo, mas é uma vitória do bom senso de parte a parte numa europa fustigada por várias incoerências”, salienta o antigo primeiro-ministro português no programa (para ouvir na Edição da Noite da Renascença desta sexta-feira).
Santana Lopes considera que seria “inimaginável” uma retirada de “rating” pela agência canadiana DBRS, que ainda avalia a notação da dívida pública portuguesa acima de lixo.
“Não vamos falar de cenários negros. Esta luz verde trava uma escalada que poderia ser negativa para o interesse de Portugal. Às vezes as luzes acendem-se, sentiu-se esta sexta-feira no mercado de capitais, houve uma reacção positiva. No geral é uma boa notícia, não há crise neste momento”, acrescenta Santana Lopes no debate semanal de temas europeus com António Vitorino.
Para o antigo líder do PSD, a versão final do défice estrutural inscrita no Orçamento “é importante para sabermos o que se vai passar a nível interno”. No quadro europeu, esta luz verde de Bruxelas ao orçamento português representa “um teste importantíssimo para outros países”, dado que “o défice estrutural anda em bolandas em variadíssimos países”, remata Santana Lopes.