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Parlamento vai ouvir 20 entidades sobre semana de 35 horas

11 fev, 2016 - 23:15 • Susana Madureira Martins

Audições começaram esta quinta-feira. Parceiros de esquerda consideram que há sinais evidentes que PS quer atrasar processo.

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As audições sobre a reposição das 35 horas de trabalho na função pública começaram esta quinta-feira no Parlamento. Serão ouvidas duas dezenas de entidades num grupo de trabalho criado para o efeito e dirigido pela deputada socialista Wanda Guimarães. Mas continua a incógnita sobre quando é que a medida entrará em vigor.

Dentro da coligação à esquerda há o entendimento de que o PS está a tentar empatar o mais possível o processo de reposição das 35 horas de trabalho. O facto de ter sido constituído um grupo de trabalho no âmbito da respectiva comissão parlamentar e também o facto de os socialistas terem apresentado uma longa lista de audições são sinais evidentes de que está a ser feita uma tentativa de fazer atrasar o processo, como disseram à Renascença deputados do PCP e do Bloco de Esquerda. Sobretudo os comunistas garantem que, se for mesmo essa a intenção do PS, essa vontade será travada.

O grupo de trabalho é coordenado pela deputada e secretária nacional do PS Wanda Guimarães que, em declarações à Renascença, não é taxativa sobre a data de entrada em vigor a 1 de Julho. Apenas admite que é uma data possível. Recorde-se que o primeiro-ministro já disse que a medida entraria em vigor a 1 de Julho, mas esta semana mudou a formulação e afirmou que espera que possa entrar.

“A questão do 1 de Julho é um marco com alguma probabilidade. É um prazo possível, diria”, afirma Wanda Guimarães.

A dirigente socialista afasta a ideia de que as audições na especialidade que começaram esta quinta-feira sejam uma forma de acelerar ou adiar o processo. Acontecem porque, no mínimo, são exigíveis neste caso. E acrescenta que em quatro semanas, o mais tardar, estarão terminadas.

Wanda Guimarães afasta ainda a ideia de que as audições sirvam para dar tempo ao PS e ao governo para fazerem contas sobre os custos da reposição das 35 horas de trabalho.

“A questão das audições não tem nada a ver com o aspecto financeiro. Aliás o que diz o programa do PS é que ‘globalmente não implique um aumento de custos’. E quando diz ‘globalmente’ não quer dizer que, num determinado serviço, não seja preciso fazer uma admissão, o que se diz é que globalmente a reposição das 35 horas não pode acarretar custos no Orçamento”, justifica a deputada socialista e dirigente nacional do partido, convicta que este processo de reposição das 35 horas de trabalho será sereno e sem grandes convulsões.

Comentários
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  • jocas
    23 fev, 2016 lisboa 12:35
    vê-se mesmo que a vera não sabe o que diz!!! sabe que o ordenado é pago ao mês e consoante o contrato as horas de trabalho. e se o seu patrão lhe aumentasse essas horas para mais uma diária e lhe pagasse o mesmo no fim do mês, gostava??? por favor não diga asneiras!
  • Vera
    12 fev, 2016 Palmela 21:46
    Eu dava-lhes as 35 horas de trabalho e reduzia-lhes o salário... Eu explico melhor: façam as contas a pagar a cada trabalhador, por cada hora de trabalho e paguem ao fim de semana em vez de pagar ao mês! porque há pessoas que quando vêem o dinheiro na mão, não se lembram que o mês tem 30 dias! só os pensionistas é que sabem que têm que dividir o pouco que recebem por 4 semanas, senão só comem durante 15 dias! estes levaram um aumento de 1,14 euros porque, ninguém que vai para o governo, percebe que a percentagem de aumentos não pode ser igual para todos, tem que ser por escalões: quem recebe uma pensão equivalente a dois salários mínimos, não deve receber o mesmo aumento que um pensionista que recebe só o equivalente a metade do salário mínimo! isto é tão lógico... e não conseguem entender??? O Dr. António Costa até entende, só que o partido comunista português estraga sempre tudo! sabem por quê? porque para eles (comunas)têm sempre emprego garantido nas câmaras e nas juntas de freguesias!!! ao passo que os outros, que são enganados pelas ladainhas deles, contam cêntimos, em vez de euros como eles! que vão aos restaurantes, porque lá em casa, ninguém sabe fazer comida como deve de ser! e por isso nem sequer sabem o preço dos alimentos que estão no mercado! mas sabem taxar no consumo da água, aquelas taxas malucas, que ultrapassam o preço do valor da água que se consome. Reparem: não precisamos de votar no PR nem no PM porque é na AR que tudo se resolve, contra vontade do PM.
  • 12 fev, 2016 LISBOA 15:29
    NÃO É INCONSTITUCIONAL??? UM PAÍS COM TRABALHADORES A REFORMAREM-SE MAIS CEDO. MAIS REGALIAS, EMPREGO PARA SEMPRE, MENOS HORAS??? E OS OUTROS??? TRABALHAM PARA ESTES??? OU ENTÃO DIVIDE-AM O PAÍS AO MEIO!!... E AÍ CADA TRABALHOR ESCOLHE A PARTE PARA ONDE QUER TRABALHAR E FAZER OS SEUS DESCONTOS E BENEFICIAR DOS MESMOS!!!, ASSIM ACHO INCONSTITUCIONAL HAVER NUM PAÍS TRABALHADORES DE PRIMEIRA E OUTROS RASCAS!!
  • JOCA
    12 fev, 2016 LISBOA 13:41
    ESTA CONVERSA JÁ CHEIRA MAL. POR CAUSA DE UNS VÃO PAGAR OUTROS NÃO! JÁ NÃO BASTA AS CAMARAS E OS TRIBUNAIS SEREM ESPECIAIS DE CORRIDA.
  • Carlos Marques
    12 fev, 2016 Viseu 00:37
    E porque não 38hrs para todos os trabalhadores, público e privado? Se não dá para todos os trabalhadores, então não é para ninguém.

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