18 fev, 2016 - 08:27
O PSD não quer abrir o jogo todo sobre o sentido de voto na discussão do Orçamento do Estado, mas também não deixa dúvidas sobre o que pensa do documento, que vai estar no centro das jornadas parlamentares que começam esta quinta-feira, em Santarém.
“Iremos fazer estas jornadas para discutir internamente o Orçamento do Estado e a seu tempo daremos conta do nosso sentido de voto, mas é público que este não é o nosso Orçamento do Estado, não espelha as nossas prioridades políticas e que, nesta primeira análise que já fizemos, motiva as nossas reservas e preocupações”, indica à Renascença Hugo Soares, vice-presidente da bancada do PSD.
Credibilidade é o mote destes dois dias de trabalho. “Foi com credibilidade que fechámos o memorando de entendimento assinado com a ‘troika’ e foi com credibilidade que cumprimos todas as metas a que nos tínhamos proposto”, justifica o social-democrata.
As jornadas vão ser divididas em várias sessões sobre educação, saúde, finanças e crescimento económico.
E vão ter um convidado especial: António Guterres vai falar aos deputados do PSD, durante o jantar, sobre fluxos migratórios.
Na sexta-feira, o presidente do partido, Pedro Passos Coelho, encerra os trabalhos – oportunidade talvez para anunciar o voto contra do PSD ao Orçamento do Estado para 2016.