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PCP sobre OE2016: “Aumentar impostos não é necessariamente mau"

22 fev, 2016 - 07:00 • João Carlos Malta , Teresa Abecasis , Rodrigo Machado (grafismo)

O líder parlamentar do PCP não gosta do termo “austeridade”. Esconde, segundo João Oliveira, “opções de classe”. Argumenta: se forem os bancos, os fundos imobiliários e de investimento a contribuírem mais, isso não é negativo.

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2016. Um orçamento, cinco perguntas, seis visões
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Num exercício proposto pela Renascença (um questionário de cinco perguntas), o líder parlamentar do PCP, João Oliveira, percorre os pontos mais importantes do Orçamento do Estado de 2016, que começa a ser discutido na generalidade esta segunda-feira, no Parlamento.

Elementos que dão respostas à devolução de direitos e de salários e a eliminação de impostos como a sobretaxa [de IRS]. Ou mesmo as alterações em sede de IRS que favorecem os mais desfavorecidos, os mais penalizados pela politica do último governo.

Falta de resposta aos constrangimentos externos, resultem eles da zona euro ou do garrote da dívida. Há um conjunto de constrangimentos a que o país continua agarrado e que a este orçamento não dá resposta. É um confronto que é necessário ter para dar resposta à melhoria de condições de vida do nosso povo.

É diferente e limitadamente esperançoso. Trava um ciclo de destruição económica e social, principalmente num quadro europeu, de destruir as economias e os países . Este OE dá um sinal de sentido inverso. Dá esperança porque devolve rendimento, mas é limitada por um quadro de constrangimentos.

Se olharmos para as opções dos últimos anos em matéria de política fiscal, em relação a cortes salariais, alargamento de horários de trabalho, agravamento da precariedade, encontramos sempre um elemento comum: foram os que têm menores recursos os mais penalizados. Este orçamento devolve o que foi retirado pelo outro governo.

Nunca gostamos muito do conceito de austeridade porque esconde opções de classe que estão presentes nas decisões. Quando se decide aumentar impostos não é necessariamente má. Aumentar impostos sobre a banca, sobre os fundos imobiliários, sobre os fundos de investimento, sobre os mais ricos, isso tem um sentido social justo. Não corresponde à ideia de austeridade a que está associado o aumento de impostos. O que houve nos últimos quatro anos foi uma política de exploração e empobrecimento com consequências dramáticas em termos familiares.

Há sempre opções estratégicas nas opções, nem que seja dar resposta aos problemas mais imediatos. Uma parte da estratégia do anterior governo foi não dar resposta aos problemas imediatos, como o desemprego e a pobreza.

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  • António
    22 fev, 2016 lisboa 22:52
    Se fosse a direita qie estovesse no poder era mau aumentar impostos assim como são eles já é bom. Esquerdalha facciosa...
  • Ana Cristina Maia
    22 fev, 2016 Amadora 17:35
    Deve ser das frases mais estúpidas alguma vez ditas por um comuna hahahaha acho que deve ficar para a historia, com direito a aparecer nos recapitulativos desta legislatura, quando for abaixo e se fizerem videos ou apresentações para recordar :-D
  • antonio
    22 fev, 2016 lisboa 17:21
    Até este sr comuna! Alteraram a classificação de quem é rico e toca a "malhar" .. não é mau aumentar impostos... desde que sua excelência seja dos que não pague. Este sr do PCP ou CDU? é dos últimos 40 anos o PIOR, pela dicção; pela linguagem; pela falta de clareza, enfim uma nódoa!
  • manuel
    22 fev, 2016 16:30
    aldrabão sou eu e não minto tanto. Basta olhar para os paises onde estais instalados para ver a miséria que fazeis. a vossa politica é e será sempre a do bota a baixo. daqui para a frente já não enganais mais ninguém
  • Frank
    22 fev, 2016 Idanha 12:05
    Este OE tem mais 500 milhões para o defunto BPN. Lembrem-se disso sempre que forem atestar o carro, quando forem ao supermercado pagar IVA a 23% ou quando chegar a carta do IMI.

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