26 fev, 2016 - 15:54 • Paula Caeiro Varela
O CDS deve ir a eleições sozinho nas próximas legislativas, mas a moção do vice-presidente do partido Diogo Feio não exclui a hipótese de formação de um novo governo dentro do actual quadro parlamentar.
Perante o que considera ser a volatilidade da situação política, o CDS tem de estar preparado para eleições antecipadas nos próximos dois anos, defende a moção.
Se isso acontecer, o partido deve apresentar listas próprias, para afirmação e consolidação da nova liderança, mas estando consciente de que a nova realidade política mostra que o centro-direita só volta a governar com maioria absoluta. Por isso, defende Diogo Feio, os projectos de cada partido devem ser por isso distintos, mas conciliáveis.
A moção, subscrita também pelo ex-secretário de Estado dos Assuntos Fiscais Paulo Núncio e pelo advogado Francisco Mendes da Silva, abre, no entanto, outra hipótese: dentro desta mesma legislatura e da actual composição do parlamento, o CDS não deve excluir aliar-se outra vez ao PSD e formar um governo alternativo.
Esta proposta de estratégia partidária olha para as últimas eleições presidenciais, como a demonstração de que está ao alcance do centro-direita a maioria absoluta, se os partidos se apresentarem com discursos abrangentes, moderados e positivos.
As eleições autárquicas, já no próximo ano, defendem os subscritores desta moção, são uma oportunidade para o CDS se poder afirmar no novo ciclo político, as coligações com o PSD podem e devem ser aprofundadas, mas o objectivo do CDS deve ser o de apresentar candidaturas próprias. E, concluem, é preciso aproveitar a ocasião para abrir o partido a novos protagonistas.
O congresso do CDS vai decorrer a 12 e 13 de Março, em Gondomar. O prazo para entrega de moções termina esta sexta-feira.