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Ministro da Cultura demite presidente do CCB

29 fev, 2016 - 21:48

António Lamas foi substituído por Elísio Summavielle, antigo secretário de Estado da Cultura e director-geral do Património Cultural.

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O ministro da Cultura, João Soares, demitiu esta segunda-feira o presidente do Centro Cultural de Belém (CCB), António Lamas, e nomeou Elísio Summavielle para o substituir.

"O ministro da Cultura João Soares recebeu esta segunda-feira, 29 de Fevereiro, à noite, no seu gabinete, o Professor António Lamas, a quem entregou cópia do despacho da sua exoneração do cargo de presidente do Centro Cultural de Belém", refere em comunicado o Ministério da Cultura.

"O novo presidente do Centro Cultural de Belém será o Dr. Elísio Summavielle", acrescenta, o curto comunicado.

Na sexta-feira, João Soares afirmou aos deputados que, na segunda-feira, iria demitir o presidente do Centro Cultural de Belém.

Em causa, nesta discordância entre António Lamas e João Soares, está o projecto de gestão integrada do chamado "eixo Belém-Ajuda", cuja estrutura de missão foi extinta na semana passada, em Conselho de Ministros.

João Soares afirmou que não ter "a menor das hostilidades do ponto de vista pessoal" com António Lamas -- nomeado presidente do CCB em 2014 -, mas lamentou "uma gestão pouco prudente", dando como exemplo que "seis milhões [de euros] das reservas foram gastos nos últimos tempos".

Quem é o novo homem forte do CCB

O historiador Elísio Summavielle tem 59 anos. Foi secretário de Estado da Cultura no Governo de José Sócrates e director-geral do Património Cultural no executivo de Pedro Passos Coelho.

Em Fevereiro de 2012, foi nomeado director-geral do Património Cultural, sendo secretário de Estado da Cultura Francisco José Viegas, cargo do qual se demitiu a 5 de Novembro desse ano, após a saída do detentor da pasta.

Militante do PS, Elísio Summavielle candidatou-se em 2013 à presidência da Câmara de Mafra, que veio a perder, apesar de o partido ter registado uma subida de votação.

Nasceu em Lisboa e é licenciado em História pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, com especialização em História da Arte.

Depois de uma passagem de três anos pelo ensino secundário, todo seu percurso profissional tem sido feito na área do património.

Em 1982, trabalhou no então Instituto Português do Património Cultural (IPPC), até 1990, data em que foi requisitado pela Câmara Municipal de Lisboa, para exercer funções no gabinete do então vereador da Cultura, João Soares, e, posteriormente, no Departamento do Património Cultural.

Entre 1993 e 1994, no âmbito da Lisboa 94 - Capital Europeia da Cultura, foi administrador-delegado, por parte da Câmara de Lisboa, tendo sido responsável pela área de Intervenção Urbana, na qual foi comissário do projecto "Sétima Colina", e representante de Lisboa na Network of European Cultural Cities.

Coordenador da intervenção de recuperação do monumento a Luís de Camões, em Lisboa, que venceu o Concurso Nacional de Conservação e Restauro da secretaria de Estado da Cultura, em 1992, fez a programação de espaços municipais como o Museu da Cidade, o Palácio Galveias, o Arquivo Fotográfico, a Casa Fernando Pessoa e a Sala do Risco.

Em 1996, Summavielle foi nomeado subdiretor-geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais, cargo em que foi reconduzido em 2000.

Em 2005, foi nomeado presidente do Instituto Português do Património Arquitectónico (Ippar), a que se seguiu o cargo de director do Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (Igespar), resultante da fusão do Ippar com o Instituto Português de Arqueologia, em 2007.

Em Outubro de 2009, deixou o cargo de director do Igespar para assumir a secretaria de Estado da Cultura, sendo ministra Gabriela Canavilhas, cargo que ocupou até 2011.

Em 1995, Summavielle foi agraciado pelo Presidente da República Mário Soares com a Comenda da Ordem do Infante D. Henrique, pelos serviços prestados no âmbito de Lisboa 94-Capital Europeia da Cultura.

Docente convidado da Faculdade de Arquitectura da Universidade de Lisboa, é autor de diversas publicações, colaborador esporádico da imprensa diária e de diversas revistas temáticas.

Em 2015, Elísio Summavielle presidiu ao júri do Prémio Amália Rodrigues. Actualmente, exercia as funções de adjunto do gabinete de João Soares.

[notícia actualizada às 22h26]

Comentários
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  • Amós
    01 mar, 2016 Belém de Judá 21:25
    A maçonaria anda assanhada!!! Quem não for mação , rua. Será que eles se julgo donos do País? Tudo tem o seu tempo. Este é tempo do demónio.Boa noite.
  • inacio raposo
    01 mar, 2016 vila nova santo andre 17:59
    os únicos que põem esta familia no lugar ( deixam logo de piar) são os homens do MPLA. Porque será?
  • J Gabriel
    01 mar, 2016 Odia 16:41
    é o ministro da cultura ? ou é escritor de livros pornográficos ???
  • Mª Fernandes
    01 mar, 2016 braga 16:03
    usurpador. pagador de tachos. é uma ofensa, despeito, arrogância e abuso de Poder. o Homem é honesto e dedicado. não servia por isso para o PS gerir. emais, é filho na câmara, é o pai a usurpar os bens públicos na fundação...
  • Pedro Araújo
    01 mar, 2016 Muro - Trofa 13:12
    Só tachos
  • Margarida Sá
    01 mar, 2016 Lisboa 10:36
    Cá em casa, fizemos apostas quanto ao tempo que demoraria J.Soares a colocar "ses amis" em lugares de topo e claro,..."com todo o respeito" ....( frase muito "originalmente" usada por João Soares) Quantos ainda se vão seguir?Esta é a nossa nova aposta!!!
  • rosinda
    01 mar, 2016 palmela 00:24
    sente orgulho em ser capa de jornal este nogento!
  • Assunção Palma
    01 mar, 2016 Belas 00:02
    Que vergonhaaaaa!!! já se acha gente, uma COISA que tem sido uma NULIDADE
  • rosinda
    29 fev, 2016 palmela 23:46
    senhor lamas !levante -se dai que summavielle precisa de se sentar aqui quem manda sou eu .

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