05 mar, 2016 - 23:43
O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, foi reeleito líder dos sociais-democratas com 95% dos votos, a maior votação em qualquer eleição com candidato único no partido, anunciou o presidente do Conselho de Jurisdição.
Passos Coelho afirma que o partido inicia "um novo ciclo na vida política portuguesa", com um "compromisso reformista" e as eleições autárquicas e regionais açorianas no horizonte.
"A partir de hoje, o PSD inicia um novo ciclo na vida política portuguesa. Sendo o maior partido português com assento parlamentar, tendo vencido as últimas eleições legislativas, é também o maior partido da oposição, a quem compete fiscalizar o Governo e, na Assembleia da República, promover um compromisso reformista com o país que foi o que apresentei aos militantes e ao país", afirmou Pedro Passos Coelho.
Numa declaração na sede do PSD, em Lisboa, depois de ter sido reeleito com 95% dos votos, Passos Coelho referiu que os próximos dois anos de mandato à frente dos sociais-democratas incluem as eleições regionais dos Açores, neste ano, e as eleições autárquicas de 2017, para as quais o partido deve preparar-se para "apresentar as melhores candidaturas".
"A partir de hoje, o PSD na oposição faz um compromisso reformista com o país, colocando os cidadãos, os portugueses, no centro da acção política e Portugal acima de tudo", declarou.
O líder social-democrata afirmou que "é fundamental que o país nos próximos anos possa ter uma alternativa a este Governo, que no essencial tem apresentado um programa de reversão, de desfazer o que o anterior Governo fez, de, no fundo, andar para trás, gerindo de forma populista e facilitista as aspirações dos portugueses".
Por oposição, o PSD é um partido "que não quer gerir o dia-a-dia, que não quer andar para trás, que não quer populisticamente procurar aquilo que é mais fácil ou mais demagógico", mas trazer, com "mais algum esforço, um futuro melhor" para as actuais e futuras gerações, argumentou.
Para Passos Coelho, as últimas semanas de campanha interna para as directas no partido, às quais foi o único candidato, permitiram "mostrar que PSD está vibrante, mobilizado e coeso em torno da sua liderança".
"A eleição que hoje decorreu no PSD foi realmente uma eleição com uma grande participação e isso vai ao encontro daquilo que foi a campanha que desenvolvi durante os últimos 30 dias, e que procurou confrontar os militantes com a situação que o país vive nesta altura e, em particular, com as escolhas a ser feitas para futuro", disse.
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