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Arrow Global diz que não recebeu benefícios fiscais

09 mar, 2016 - 22:07

Novo patrão de Maria Luís Albuquerque dá explicações sobre vários pontos a propósito da polémica relacionada com a contratação da ex-ministra das Finanças.

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A empresa Arrow Global, que contratou a ex-ministra Maria Luís Albuquerque como administradora não executiva, garante que não beneficiou de isenção de impostos ou benefícios fiscais em Portugal.

Num comunicado divulgado esta quarta-feira, em que dá explicações sobre vários pontos a propósito da polémica relacionada com a contratação da ex-ministra, a empresa refere que "não recebeu qualquer tipo de isenção de impostos ou benefícios fiscais em Portugal".

Na terça-feira, o PCP e o Bloco de Esquerda pediram esclarecimentos adicionais ao actual Governo sobre as ligações ao Estado português da empresa que contratou a actual deputada Maria Luís Albuquerque, nomeadamente sobre a eventual concessão de apoios financeiros ou benefícios fiscais.

Já hoje foi noticiado por órgãos de comunicação social que as empresas Whitestar e Gesphone, especializadas em gestão de créditos em incumprimento e actualmente detidas pela Arrow, receberam cerca de 400 mil euros em benefícios fiscais até 2014.

A Arrow refere ainda que só adquiriu a Whitestar em Abril de 2015, acrescentando que a função dessa empresa é gerir carteiras de créditos e imóveis de outras entidades, não sendo proprietária desses activos.

A empresa britânica adianta que "não trabalhou com a Whitestar no concurso de venda da carteira de crédito do Banif em 2014, mas sim com uma empresa concorrente", tendo a Whitestar estado então envolvida nesse dossiê mas com outro investidor.

"A Arrow Global nunca trabalhou com a Whitestar antes da aquisição da mesma em 2015", reforça a informação enviada às redacções.

A polémica em torno da Arrow Global e dos negócios que fez em Portugal começaram depois de ser conhecido que o grupo britânico de gestão de crédito nomeou a ex-ministra das Finanças como administradora não executiva, com efeitos a 07 de março.

Em Portugal, a empresa gere uma carteira de crédito de 5,5 mil milhões de euros, tendo entre os clientes os bancos Banif, Millennium BCP, Montepio, Santander, Banco Popular, entre outros.

Neste comunicado, a empresa explica ainda porque avançou para a contratação de Maria Luís Albuquerque, referindo que o que a habilita para as funções são "a vasta experiência e o conhecimento dos mercados financeiros internacionais".

A Arrow refere que "não teve qualquer contacto ou ligação" com a ministra do último Governo PSD/CDS-PP até Dezembro de 2015 e que a governante "não esteve envolvida em qualquer contrato ou acordo comercial que envolvesse a Arrow Global ou a Whitestar". É ainda referido que Maria Luís não trabalhará na "originação e negociação de portefólios”.

Quanto ao salário que a Arrow pagará à ministra, é dito que o valor de 45 mil libras (cerca de 58 mil euros à taxa de câmbio actual) está alinhado com as "práticas de mercado" e que é "igual à remuneração de todos os administradores não-executivos da empresa".

A empresa refere também que não haverá bónus em função do desempenho.

Comentários
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  • TROX
    10 mar, 2016 lisboa 10:55
    É só fumaça da esquerda.......
  • Luis
    10 mar, 2016 Lisboa 08:28
    A Maria Luis pelos vistos é uma pequena que gosta muito de receber favores e só resta saber se também gosta de os fazer? Estão todos lembrados daquele favorzito, que foi noticiado, que a Maria Luis recebeu da Câmara de Cascais para as obras na sua casita? De igual modo estão também lembrados do cómico do Sr. Carreiras Presidente da Câmara de Cascais (outro PaFalhado) ter vindo logo a terreiro pôr em causa a noticia mas que mesmo assim ia logo exigir uma auditoria interna de forma a apurar responsabilidades e caso houvessem seriam punidas exemplarmente? Estão lembrados, não estão? Que é feito da tal auditoria? O Sr,Carreiras ainda é Presidente da Cãmara , não é? Da investigação do MP também nunca mais se soube nada. O mal não está apenas em quem as faz mas também nos "camaradas " que logos os defendem e protegem. Estamos bem entregues, estamos.

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