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Ligação entre Maria Luís e novo patrão começou no mês seguinte à queda do Governo

09 mar, 2016 - 18:17

Arrow Global reagiu esta quarta-feira à polémica causada pela contratação da antiga ministra das Finanças e actual deputada do PSD.

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A ligação entre o fundo Arrow Global e a antiga ministra das Finanças Maria Luís Albuquerque começou no mês seguinte à queda do Governo PSD/CDS, esclarece o fundo britânico.

Num comunicado com 15 pontos, a empresa de gestão de crédito e imóveis assegura que “não teve qualquer contacto ou ligação à Dra. Maria Luís Albuquerque até Dezembro de 2015”, sendo que o Governo PSD/CDS foi derrubado em Novembro pela maioria de esquerda.

Arrow Global reagiu esta quarta-feira à polémica causada pela contratação da actual deputada do PSD. Até ser contratada como administradora não-executiva, a antiga ministra “não esteve envolvida em qualquer contrato ou acordo comercial” com a Arrow Global ou a Whitestar, garante o fundo britânico.

Maria Luís Albuquerque vai trabalhar na Arrow Global a troco de 45 mil libras anuais, o equivalente a 58 mil euros. A remuneração foi declarada ao Parlamento de acordo com as regras em vigor.

A Arrow Global assegura que “não trabalhou com a Whitestar no concurso de venda da carteira de crédito do Banif em 2014, mas sim com uma empresa concorrente”.

A Whitestar, explicam os novos patrões de Maria Luís Albuquerque, “participou neste concurso com outro investidor e acabou por perder o negócio da gestão para uma empresa concorrente”.

A Arrow Global também garante que “não recebeu qualquer tipo de isenção de impostos ou benefícios fiscais em Portugal”.

A aceitação do posto na Arrow Global por parte da tribuna social-democrata mereceu fortes críticas por parte dos adversários políticos dos sociais-democratas, mas também dos agora comentadores e ex-líderes do PSD Manuela Ferreira Leite e Marques Mendes, entre outras figuras.

Os novos patrões de Maria Luís Albuquerque gerem em Portugal uma carteira de crédito de 5,5 mil milhões de euros, tendo entre os clientes os bancos Banif, Millennium BCP, Montepio, Santander, Banco Popular, entre outras entidades financeiras.

Maria Luís Albuquerque pediu à subcomissão de Ética do Parlamento para analisar se o seu novo emprego respeita a lei das incompatibilidades dos deputados.

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