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Jerónimo. Orçamento “deve ser visto pelo que impede"

12 mar, 2016 - 23:41

Líder comunista reafirma, no entanto, que “o Orçamento poderia e deveria ir mais longe na promoção do desenvolvimento do país e na melhoria das condições de vida" dos portugueses.

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O secretário-geral do PCP disse este sábado que o Orçamento do Estado para 2016 é "limitado e insuficiente", considerando que este "que deve ser visto, não apenas pelo que vale, mas também pelo que impede".

"E o que impede é o aprofundamento do desastre a que conduziram o país e o contínuo prosseguimento da sua agenda de empobrecimento dos trabalhadores e do povo, que estava em curso", disse Jerónimo de Sousa na sua intervenção na comemoração dos 95 anos do partido, que se realizou no Edifício da Alfândega, no Porto.

Para o secretário-geral do PCP, "o Orçamento poderia e deveria ir mais longe na promoção do desenvolvimento do país e na melhoria das condições de vida" dos portugueses, "se liberto das imposições Europeias e de outros constrangimentos externos, nomeadamente dos que resultam dos encargos da dívida, da submissão ao euro e ao capital monopolista que domina o país".

"Em todo este processo, seguiremos o caminho de honrar a palavra dada na posição convergente e, acima de tudo, honraremos o nosso compromisso com os trabalhadores e com o povo na defesa dos seus interesses e das suas justas aspirações a uma vida melhor", acrescentou.

Jerónimo de Sousa disse que o partido tem consciência de que "a vida e a solução dos problemas dos portugueses e do país não se confinam, apesar da sua efectiva importância, a um orçamento, nem tão pouco a acção e intervenção do PCP se esgota na sua elaboração".

Já antes, Jerónimo de Sousa tinha admitido que os avanços alcançados eram limitados, insuficientes, mas questionou: "Num desafio à nossa inteligência, o que é que estaríamos a discutir, que Orçamento estaríamos a votar se PSD e CDS continuassem no Governo?".

Jerónimo de Sousa Considerou que todos os dias há "um novo folhetim, onde entram à vez e em escala organizada, os que cá dentro e lá fora querem manter vivo o enredo desestabilizador, as pressões e a chantagem, para inviabilizar a concretização de qualquer medida positiva, por mais pequena que seja, que ponha em causa o seu projecto de concentração e centralização da riqueza, da exploração e do empobrecimento".

"Sim, se PSD e CDS fossem ainda hoje Governo o que se estaria a debater na Assembleia da República era mais um Orçamento de forte agravamento de injustiças e das desigualdades sociais, de acentuado sofrimento para a maioria dos portugueses, como o foram todos os Orçamentos do Governo PSD/CDS", frisou.

Jerónimo de Sousa lembrou que "o Orçamento que está em discussão, e ainda não está fechado, é da responsabilidade do PS, que, apesar de expressar ou poder a vir a expressar os compromissos que foram assumidos no quadro das posições conjuntas, está e continua marcado pela matriz essencial das opções dos seus autores e que contém medidas que não acompanhamos".

"Mas, sendo assim, é, contudo, um Orçamento com sinais de inversão de um rumo que não se pode subestimar. É um Orçamento que ousa, apesar do Governo aceitar os critérios e orientações determinadas por Bruxelas, a devolver salários e direitos e que assumiu, na sua proposta inicial, um conjunto de medidas que dão concretização à posição conjunta estabelecida entre PCP e PS ou a propostas entretanto avançadas pelo PCP", sustentou.

O dirigente comunista disse que o partido irá dar continuidade ao seu trabalho "que acrescenta a perspectiva de medidas como a introdução progressiva da gratuitidade dos manuais escolares, ou a redução da taxa máxima do IMI, medidas dirigidas à agricultura familiar e à pesca artesanal e costeira, ou o reforço das verbas da cultura e de apoio às artes, poderem vir a ser consagradas nos próximos dias".

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  • fatima noronha
    16 mar, 2016 PVARZIM 11:16
    morre tanta gente que faz imensa falta ao país , só este desgraçado velho é que não morre , no dia que isso acontecer vou vestir vermelho .
  • A. FERREIRA
    13 mar, 2016 QUEIJAS 11:19
    Então vamos pedir mais dinheiro e não pagar os juros da divida. E que nos empresta nesta condições? Podíamos deixar de isentar os partidos de impostos como o IMI. Talvez aí o PC não goste pois é dono de muito património imobiliario. comerçar por taxar
  • João
    13 mar, 2016 Lisboa 10:50
    Muita visibilidade dão a estes atrasos de vida, liderados por múmias paraliticas! Eis a imagem de gente que não evoluiu, parada no tempo, sempre disposta a criar a divisão entre os Portugueses! E a sua múmia paralitica mor sempre a mandar perdigotos! Pobre país!

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